quinta-feira, 16 de julho de 2015

Participe das plenárias para as eleições do Conselho Participativo das subprefeituras


Nos mesmos dias das audiências para elaboração da Proposta de Lei Orçamentária 2016 (PLOA), a Secretaria Municipal de Relações Governamentais promoverá as plenárias para a formação das Comissões Eleitorais Locais do Conselho Participativo Municipal

No último dia 30, a prefeitura publicou o decreto que regulamenta o processo eleitoral do Conselho para o período 2016-2018. Com isso, fica autorizada a eleição de 1.162 conselheiros, sendo que pelo menos 581 deverão ser mulheres. Eles atuarão nas 32 subprefeituras da cidade com o objetivo de fiscalizar ações e gastos públicos, além de apresentar demandas, necessidades e prioridades de suas comunidades. Os eleitos cumprirão mandato de dois anos, com início em janeiro de 2016.

Veja as datas, horários e locais das audiências públicas

Confira a programação das Plenárias do dia 18 de julho de 2015

HORÁRIO
SUBPREFEITURA
ENDEREÇO DA PLENÁRIA

11:00 às 12:00 h
Aricanduva/Vila Formosa/Carrão
Auditório da Subprefeitura de Aricanduva/V. Formosa - Rua Atucuri, n. 699, Vila Carrão

11:00 às 12:00 h
Casa Verde
EMEF  Professora Dona Angelina Maffei Vita –  Rua Zilda, 193 - Casa Verde Alta

11:00 às 12:00 h
Penha
Auditório da Subprefeitura da Penha - Rua Candapuí, n. 492

11:00 às 12:00 h
Santana/Tucuruvi
Auditório da Subprefeitura de Santana/Tucuruvi -Avenida Tucuruvi, n. 808

11:00 às 12:00 h

Auditório da Biblioteca Mario de Andrade - Rua da Consolação, n. 94, Centro

11:00 às 12:00 h
Cidade Tiradentes
CEU Água Azul - Av. Dos Metalúrgicos n°1262

11:00 às 12:00 h
Ermelino Matarazzo
Auditório do Hospital Professor Dr. Alípio Correa Neto (Ermelino Matarazzo) –
Alameda  Rodrigo de Brum  n. 1989.

11:00 às 12:00 h
Itaim Paulista
Auditório da subprefeitura de Itaim Paulista - Avenida Marechal Tito, nº 3012 – Jd Miragaia

11:00 às 12:00 h
Perus
CEU Perus – Rua Bernardo José Lorena s/n

16:00 às 17:00 h
Itaquera
Auditório da Subprefeitura de Itaquera - Rua Augusto Carlos Bauman, n. 851

16:00 às 17:00 h
Jaçanã/Tremembé
Auditório do Hospital Geriátrico - Avenida Luis Stamatis, n. 103 - portão 02 - Jaçanã

16:00 às 17:00 h
Guaianases
CEU Lajeado – Rua Manuel da Mota Coutinho, n. 293.

16:00 às 17:00 h
Vila Maria/Vila Guilherme
Auditório da Sub V.Maria/V.Guilherme - Rua  General Mendes,111

16:00 às 17:00 h
São Mateus
Auditório da Subprefeitura de São Mateus - Rua Ragueb Chofhi, n. 1400

16:00 às 17:00 h
São Miguel Paulista
Auditório da Subprefeitura de São Miguel - Rua Dona Ana Flora Pinheiro de Souza, n.76

16:00 às 17:00 h
Pirituba/Jaraguá
Auditório da Subprefeitura Pirituba/ Jaraguá - Rua Luiz Carneiro, n. 193 – 3º andar

Confira a programação das Plenárias do dia 25 de julho de 2015

HORÁRIO
SUBPREFEITURA
ENDEREÇO DA PLENÁRIA

11:00 às 12:00 h
Butantã
C.E.U. BUTANTÃ- Av Eng. Antonio Heitor Eiras Garcia, 1 700

11:00 às 12:00 h
Jabaquara
Associação Cultural Assistencial Nipo Brasileira (AJAB), localizada à Rua das Nhandirobas, 388 – Jabaquara - São Paulo

11:00 às 12:00 h
Santo Amaro
Auditório da Subprefeitura de Santo Amaro - Praça Floriano Peixoto, n. 54, 1º andar

11:00 às 12:00 h
Vila Mariana
Auditório do Colégio Santa Amália - Avenida Jabaquara, n. 1673

11:00 às 12:00 h
Campo Limpo
Universidade  Anhanguera (antiga Uniban) - Estrada do Campo Limpo, n. 3677.

11:00 às 12:00 h
Capela do Socorro
CEU Vila Rubi - Endereço:  Rua Domingos Tarroso nº 101 CEP 04823-090 – Vila Rubi

11:00 às 12:00 h
Freguesia do Ó/Brasilândia
Auditório da subprefeitura Freguesia do Ó/Brasilândia -Avenida João Marcelino Branco, n. 95, Vila Nova Cachoeirinha

16:00 às 17:00 h
Lapa
Auditório da Subprefeitura da Lapa -  Rua Guaicurus, n. 1000, Sede

16:00 às 17:00 h
Mooca
Auditório do Sesc Belenzinho – Avenida Álvaro Ramos, 991

16:00 às 17:00 h
Pinheiros
Auditório Chico Mendes - Av. Frederico Hermann Jr., n. 595

16:00 às 17:00 h
Cidade Ademar
Salão de eventos da subprefeitura Cidade Ademar - Av. Yervant Kissajikian,  n. 416

16:00 às 17:00 h
M Boi Mirim
Auditório da subprefeitura M’ Boi Mirim -Avenida Guarapiranga, n.1695

16:00 às 17:00 h
Parelheiros
Auditório da Subprefeitura de  Parelheiros - Avenida Sadamu Inoue, n.5252

16:00 às 17:00 h
Vila Prudente
Auditório da Subprefeitura de Vila Prudente – Avenida do Oratório, n. 172 – Jd. Independência

16:00 às 17:00 h
Ipiranga
Auditório da Subprefeitura de Ipiranga - Rua Lino Coutinho, n. 444

16:00 às 17:00 h
Sapopemba
CEU Sapopemba – Rua Victória Marconato  Zonta s/n,  Jardim Sapopemba

Participe das audiências públicas para a elaboração da Lei Orçamentária 2016


As audiências públicas para a elaboração da Proposta de Lei Orçamentária 2016 (PLOA) serão iniciadas a partir deste sábado (18/7) em 16 subprefeituras das zonas norte e leste da cidade de São Paulo. 

No dia 25 (sábado), novos encontros serão realizados nas demais 16 subprefeituras localizadas, em sua maioria, nas regiões oeste e sul da capital paulista. Além dos encontros presenciais, os cidadãos poderão fazer suas contribuições à Proposta de Lei Orçamentária por meio da internet, no portal PlanejaSampa, a partir do dia 18 deste mês. 

Após esse processo de consulta, em que os cidadãos poderão opinar sobre a destinação de recursos públicos para obras e políticas municipais, o Executivo sistematizará as sugestões apresentadas. Os resultados dessas consultas serão discutidos dentro do Conselho de Planejamento e Orçamento Participativos (CPOP) e formarão o texto do projeto de lei que deverá ser encaminhado para a Câmara Municipal até o dia 30 de setembro para apreciação dos vereadores.

No dia 18 de julho, entre às 9 e 11 horas da manhã, os encontros acontecerão nas regiões de Aricanduva/Vila Formosa/Carrão, Casa Verde, Penha, Santana/Tucuruvi, Sé, Cidade Tiradentes, Ermelino Matarazzo, Itaim Paulista e Perus. As subprefeituras de Itaquera, Jaçanã/Tremembé, Guaianases, Vila Maria/Vila Guilherme, São Mateus, São Miguel Paulista e Pirituba/Jaraguá receberão, simultaneamente, as audiências públicas entre às 14 e 16 horas.

No dia 25, entre às 9 e 11 horas, as audiências ocorrerão nas regiões do Butantã, Jabaquara, Santo Amaro, Vila Mariana, Campo Limpo, Capela do Socorro e Freguesia do Ó/Brasilândia. A partir das 14 horas até as 16 horas, os encontros acontecerão na Lapa, Mooca, Pinheiros, Cidade Ademar, M’Boi Mirim, Parelheiros, Vila Prudente, Ipiranga e Sapopemba.


Convocação das Audiências Públicas para a elaboração da Proposta de Lei Orçamentária 

Confira a programação das Audiências Publicas do dia 18 de julho de 2015

HORÁRIO
SUBPREFEITURA
LOCAL DA AUDIÊNCIA PÚBLICA

09:00 às 11:00 h
Aricanduva/Vila Formosa/Carrão
Auditório da Subprefeitura de Aricanduva/V. Formosa - Rua Atucuri, n. 699, Vila Carrão

09:00 às 11:00 h
Casa Verde
EMEF  Professora Dona Angelina Maffei Vita –  Rua Zilda, 193 - Casa Verde Alta

09:00 às 11:00 h
Penha
Auditório da Subprefeitura da Penha - Rua Candapuí, n. 492

09:00 às 11:00 h
Santana/Tucuruvi
Auditório da Subprefeitura de Santana/Tucuruvi -Avenida Tucuruvi, n. 808

09:00 às 11:00 h

Auditório da Biblioteca Mario de Andrade - Rua da Consolação, n. 94, Centro

09:00 às 11:00 h
Cidade Tiradentes
CEU Água Azul - Av. Dos Metalúrgicos n°1262

09:00 às 11:00 h
Ermelino Matarazzo
Auditório do Hospital Professor Dr. Alípio Correa Neto (Ermelino Matarazzo) –
Alameda  Rodrigo de Brum  n. 1989.

09:00 às 11:00 h
Itaim Paulista
Auditório da subprefeitura de Itaim Paulista - Avenida Marechal Tito, nº 3012 – Jd Miragaia

09:00 às 11:00 h
Perus
CEU Perus – Rua Bernardo José Lorena s/n

14:00 às 16:00 h
Itaquera
Auditório da Subprefeitura de Itaquera - Rua Augusto Carlos Bauman, n. 851

14:00 às 16:00 h
Jaçanã/Tremembé
Auditório do Hospital Geriátrico - Avenida Luis Stamatis, n. 103 - portão 02 - Jaçanã

14:00 às 16:00 h
Guaianases
CEU Lajeado – Rua Manuel da Mota Coutinho, n. 293.

14:00 às 16:00 h
Vila Maria/Vila Guilherme
Auditório da Sub V.Maria/V.Guilherme - Rua  General Mendes,111

14:00 às 16:00 h
São Mateus
Auditório da Subprefeitura de São Mateus - Rua Ragueb Chofhi, n. 1400

14:00 às 16:00 h
São Miguel Paulista
Auditório da Subprefeitura de São Miguel - Rua Dona Ana Flora Pinheiro de Souza, n.76

14:00 às 16:00 h
Pirituba/Jaraguá
Auditório da Subprefeitura Pirituba/ Jaraguá - Rua Luiz Carneiro, n. 193 – 3º andar

Confira a programação das Audiências Públicas do dia 25 de julho de 2015

HORÁRIO
SUBPREFEITURA
LOCAL DA AUDIÊNCIA PÚBLICA

09:00 às 11:00 h
Butantã
C.E.U. BUTANTÃ- Av Eng. Antonio Heitor Eiras Garcia, 1 700

09:00 às 11:00 h
Jabaquara
Associação Cultural Assistencial Nipo Brasileira (AJAB), localizada à Rua das Nhandirobas, 388 – Jabaquara - São Paulo

09:00 às 11:00 h
Santo Amaro
Auditório da Subprefeitura de Santo Amaro - Praça Floriano Peixoto, n. 54, 1º andar

09:00 às 11:00 h
Vila Mariana
Auditório do Colégio Santa Amália - Avenida Jabaquara, n. 1673

09:00 às 11:00 h
Campo Limpo
Universidade  Anhanguera (antiga Uniban) - Estrada do Campo Limpo, n. 3677.

09:00 às 11:00 h
Capela do Socorro
CEU Vila Rubi - Endereço:  Rua Domingos Tarroso nº 101 CEP 04823-090 – Vila Rubi

09:00 às 11:00 h
Freguesia do Ó/Brasilândia
Auditório da subprefeitura Freguesia do Ó/Brasilândia -Avenida João Marcelino Branco, n. 95, Vila Nova Cachoeirinha

14:00 às 16:00 h
Lapa
Auditório da Subprefeitura da Lapa -  Rua Guaicurus, n. 1000, Sede

14:00 às 16:00 h
Mooca
Auditório do Sesc Belenzinho – Avenida Álvaro Ramos, 991

14:00 às 16:00 h
Pinheiros
Auditório Chico Mendes - Av. Frederico Hermann Jr., n. 595

14:00 às 16:00 h
Cidade Ademar
Salão de eventos da subprefeitura Cidade Ademar - Av. Yervant Kissajikian,  n. 416

14:00 às 16:00 h
M Boi Mirim
Auditório da subprefeitura M’ Boi Mirim -Avenida Guarapiranga, n.1695

14:00 às 16:00 h
Parelheiros
Auditório da Subprefeitura de  Parelheiros - Avenida Sadamu Inoue, n.5252

14:00 às 16:00 h
Vila Prudente
Auditório da Subprefeitura de Vila Prudente – Avenida do Oratório, n. 172 – Jd. Independência

14:00 às 16:00 h
Ipiranga
Auditório da Subprefeitura de Ipiranga - Rua Lino Coutinho, n. 444

14:00 às 16:00 h
Sapopemba
CEU Sapopemba – Rua Victória Marconato  Zonta s/n,  Jardim Sapopemba

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Câmara aprova LDO 2016; PPS aponta diversas falhas da gestão Haddad

No começo do mês de julho a Câmara Municipal aprovou a LDO para o ano de 2016. Segundo estimativas do texto apresentado pelo governo, o Município terá uma receita de 50 bilhões de reais, em face de um Orçamento em execução, em 2015, de 51 bilhões de reais. Ou seja, queda nominal de 2,66%.

Pela proposta aprovada, a dívida da cidade de São Paulo passará dos R$ 79 bi para 48 bi - redução líquida de R$ 31 bi. Para os pagamentos anuais, há um teto de 13% da receita líquida real. Em 2014, a cidade de São Paulo pagou R$ 4,5 bilhões, e a previsão de pagamento para este ano é de R$ 4,3 bi, que cairá para R$ 3,1 bilhões/ano em 2016, gerando a economia citada acima, desde que haja o acordo com a União e o assunto saia da esfera judicial.
  
A Liderança do PPS na Câmara apontou as diversas falhas da atual gestão e que estão apresentadas na LDO: 

A LDO traz as 123 metas da Prefeitura, mas somente 21 foram concluídas;

60 Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) - apenas um foi entregue;

Ampliação da rede CEU em 20 unidades - nenhuma foi entregue;

Construção de 65 Escolas Municipais de Educação Infantil e de um Centro Municipal de Educação Infantil - até agora apenas 21 foram concluídos;

Instalação de 32 unidades da Rede Hora Certa, mas somente 11 foram entregues até agora;

Construção e instalação de 43 unidades de saúde - só quatro foram concluídas,

Implantação de 30 Centros de Atenção Psicossocial (Caps) - somente um foi inaugurado;

Produção de 55 mil unidades habitacionais - menos de seis mil foram entregues;

Implantação de oito novas Unidades de Referência à Saúde do Idoso e de 15 Centros Dia destinados à população idosa - nenhuma entregue;

Conclusão das fases 1 e 2 do Programa Mananciais, mas nada foi concluído até agora;

Plantação de 900 mil árvores em passeios públicos - apenas um terço do total foi realizado.


quarta-feira, 1 de julho de 2015

Young critica a Prefeitura e diz que Uber surge no vácuo da legislação de táxis na cidade


Foto - Luiz França/CMSP

Membro da Comissão de de Trânsito, Transportes, Atividade Econômica, Turismo Lazer e Gastronomia, o vereador Ricardo Young (PPS) votou favorável ao Projeto de Lei 349/14, de autoria de Adilson Amadeu (PTB), que proíbe o uso do aplicativo Uber na cidade. O projeto foi aprovado por 48 votos a favor e 1 contra - Police Neto (PSD) e voltará em segunda discussão provavelmente em agosto. Se passar em segunda, vai à sanção. 

O parlamentar, que é um entusiasta das inovações tecnológicas, criticou a leniência na Prefeitura na liberação de novos alvarás para taxistas e disse que o aplicativo cresce no vácuo de uma legislação ultrapassada. Segundo ele, a Uber é a expressão de uma deformação que há hoje no serviço de táxi desta cidade. 

“Eles (os taxistas) não têm alvarás; são obrigados a comercializar alvarás no mercado paralelo; não têm condições de trabalho; são onerados pelos impostos; são onerados por jornadas de trabalho imensas. E o que começa a acontecer? Eles não têm condições de expandir, de simplificar a sua atividade, e nesse vácuo da legislação começam a surgir iniciativas como a Uber, os táxis clandestinos ou os perueiros. A Uber é uma demonstração de que precisamos rever profundamente a legislação sobre táxis na Cidade”. 

“Se queremos uma cidade menos congestionada, menos em colapso, precisamos dobrar, triplicar o número de táxis em São Paulo, e não permitir que atuem num vácuo de regulamentação. Isso acabaria criando uma pseudomodernização e jogaria à margem um dos serviços que a Cidade precisa de forma mais desesperada: os serviços de táxis”, disse. Leia abaixo o pronunciamento na íntegra:

“Sr. Presidente, Srs. Vereadores, senhores taxistas, senhores apoiadores da Uber, estamos diante de uma questão, em minha opinião, que nos dá, nesta Câmara, a rara oportunidade de aprender com a política.

Quando fomos eleitos, não fomos eleitos para responder a esse ou àquele grupo de interesse, fomos eleitos para pensar a cidade, e a cidade é um espaço de conflito sem fim. Nós, Vereadores, temos um caminho fácil, o caminho de assumir o partido de um movimento, de uma categoria profissional, de apoiarmos essa categoria profissional e sermos identificados como aqueles Vereadores que são da categoria a, b ou c, do sindicato a, b, c ou do grupo empresarial a, b, c. Mas, não, a nossa responsabilidade é muito maior. Nossa responsabilidade é olhar para o conjunto cidade, para suas contradições, para as dificuldades e construir saídas, e construir saídas no conflito; e construir saídas, muitas vezes, não tendo concordância com os nossos Pares. Não é tarefa fácil.

Mas é fácil dizer que aqueles que apoiam a Uber estão subordinados ao interesse econômico, que representa o poder econômico, que é devastadora para a cidade. Ou então se aliar aos taxistas, dizer que somos favoráveis aos taxistas, aos sindicatos, às associações dos taxistas, e que todo resto que ocorre na cidade não tem importância, porque só tem importância a reivindicação dos taxistas.

A política, senhores, não é preto no branco, não é “a” ou “b”, na política há muito mais do que 50 tonalidades de cinza, e a nossa responsabilidade é olhar tudo isso. A política não é direita e esquerda; não é maioria e minoria; a política não é oposição e situação. A política é muito mais do que isso, e o exemplo da Uber está nos convocando a pensar política com P maiúsculo. Vou citar alguns exemplos.

Todos sabem e nós deveríamos saber - como Vereadores que somos - que a lei vem a reboque da sociedade. A mudança ocorre primeiro na sociedade e depois os legisladores tentam enquadrar tais mudanças por meio de regulação. Não vem primeiro a regulação e depois um movimento na sociedade. Historicamente sempre foi assim: mudança na sociedade e depois regulação. Vivemos em sociedades urbanas, complexas, com centenas de conflitos de interesses.

E a Uber é a expressão de uma deformação que há hoje no serviço de táxi desta cidade. Por quê? Porque vivemos uma situação em que os taxistas têm sido oprimidos no exercício da sua profissão – não têm alvarás; são obrigados a comercializar alvarás no mercado paralelo; não têm condições de trabalho; são onerados pelos impostos; são onerados por jornadas de trabalho imensas. E o que começa a acontecer? Eles não têm condições de expandir, de simplificar a sua atividade, e nesse vácuo da legislação começam a surgir iniciativas como a Uber, os táxis clandestinos ou os perueiros. A Uber é uma demonstração de que precisamos rever profundamente a legislação sobre táxis na Cidade.

Ponto número dois: vivemos numa sociedade tecnológica, e as mudanças vêm destruindo, sim, muitos negócios. As produtoras de música, de filmes, foram revolucionadas pela internet, pelo Spotify, pela Apple. Temos a tecnologia, sim, modificando completamente os negócios na cidade, e temos de ter clareza, visão estratégica suficiente para saber que cidades precisam ser inteligentes, precisam contemplar as mudanças, precisam entender a direção dessas mudanças, e como elas podem ajudá-las. Então a tecnologia é necessária, é desejada.

A 99Taxis e a EasyTaxi mostraram o quanto o serviço de táxi pode ser modernizado se tivermos a tecnologia apropriada. Mas o que aconteceu com a Uber: com base em uma proposta correta, otimizar o espaço ocioso dos carros particulares, começa a remunerar particular para prestar o serviço de táxi. Erro fatal.

Isso porque a visão de carros compartilhados, de caronas compartilhadas, não pressupõe uma estrutura de cobrança, mas uma contribuição voluntária daquele que é transportado. Se eu pego uma carona, eu decido se eu dou ou não uma gorjeta para aquele que me deu uma carona, ou um “muito obrigado”, ou retribuo com outra carona em outro momento. A Uber quis fazer da economia solidária um negócio, ao estabelecer taxas para aquilo que deveria ser solidário.

O transporte solidário, o car sharing nasceu da economia solidária, assim como o Airbnb, outra empresa em discussão no mundo inteiro – as pessoas têm espaços ociosos em suas casas, e oferecem para aqueles que estão precisando. Aí começam a intermediar a economia solidária, que, por definição, não pode ser intermediada com interesse econômico.

E a Uber cria uma estrutura não apenas para fazer do solidário um negócio como também para atuar no vácuo da lei, e, ao fazer isso, nem faz transporte solidário, nem faz serviço de táxi; em vez disso, privilegia um punhado de pessoas que querem usar o vácuo da regulamentação ou para ganhar dinheiro, ou para transportar de forma confortável, como disse o nobre Vereador Mario Covas.

Tomar uma decisão que proíba negócio como o da Uber é dar uma de avestruz e negar a evolução e a necessidade que temos de incorporar novas tecnologias nas dinâmicas das cidades do séc. XXI.

Agora, considerar o funcionamento da Uber da forma como está significa marginalizar os taxistas, colocá-los no segundo plano, numa cidade que precisa desesperadamente oferecer à classe média alternativas de transportes para que deixem os carros em casa, e os taxistas são o melhor caminho para que a classe média abra mão do seu carro. Se queremos uma cidade menos congestionada, menos em colapso, precisamos dobrar, triplicar o número de táxis em São Paulo, e não permitir que atuem num vácuo de regulamentação. Isso acabaria criando uma pseudomodernização e jogaria à margem um dos serviços que a Cidade precisa de forma mais desesperada: os serviços de táxis.

Srs. Vereadores, essa é a contradição que temos de enfrentar. Temos de admitir que inovações tipo Uber são necessárias, mas não podemos saudá-las em detrimento de uma categoria tão sofrida, que tem tantas dificuldades, que paga seus impostos e contribui para a Cidade.

O que fazer então? Muitos dos senhores, inclusive meus Colegas do PSDB, devem estar dizendo: “O Ricardo está em cima do muro, porque nem nega a Uber e nem está dizendo que os taxistas têm razão”. Eu não estou em cima do muro. Estou dizendo que precisamos rever profundamente o sistema de táxis em São Paulo, como disse o nobre Vereador Andrea Matarazzo, rever profundamente o monopólio que hoje a DTP faz em relação a esse serviço, a burocratização e a forma com que a Prefeitura ignora as demandas dos taxistas em São Paulo. Precisamos modernizar de forma que os taxistas possam ser empreendedores. Devemos criar possibilidades para que os taxistas possam ter acesso à tecnologia.

Estamos falando de uma lei de 69. Será que nada mudou em todos esses anos? Temos de rever profundamente a função dos táxis da cidade de São Paulo e, a partir disso, redefinir qual o papel que a Uber vai ter. Não é em função da Uber, passar qualquer lei. É redefinir o serviço de táxi em São Paulo; redefinir, ampliar, desburocratizar, trazer a tecnologia ao serviço de táxi em São Paulo e, a partir daí, ver que espaço cabe à Uber ou aos serviços complementares ou similares. É isso que devemos fazer.

Vou apoiar o projeto de lei do nobre Vereador Adilson Amadeu.

Mas não vou apoiá-la por achá-la completa. Vou apoiar porque reconheço que, neste momento, o vácuo legal que a Uber está produzindo na Cidade está penalizando os taxistas de forma desumana.
Tenho um Assessor, Sr. Valdir Cassú, que é taxista e tem permitido que eu dialogue de perto com a categoria, que eu possa compartilhar a penúria e as dificuldades da categoria. Sou membro da Comissão de Trânsito, Transportes, Atividade Econômica, Turismo Lazer e Gastronomia pela segunda vez e, por diversas vezes, tenho visto, junto com meus Colegas dessa Comissão, as dificuldades que os taxistas estão passando, a inoperância da Prefeitura, a inércia do DTP, a incapacidade até do próprio Sindicato ou de os Sindicatos organizarem a categoria de forma que todos possam andar e avançar em suas reivindicações.

É por isso que vou apoiar o projeto de lei do nobre Vereador Adilson Amadeu, porque não podemos continuar desprezando, depreciando e colocando os taxistas desta Cidade em segundo plano. Ao apoiar a votação em primeira, espero e conclamo os nobres Vereadores a pensar numa lei completa que reveja a lei dos táxis em São Paulo, que repense o sistema como um todo, que tire das mãos de uma única Secretaria o monopólio da atividade de táxis em São Paulo.