sexta-feira, 28 de março de 2014

Young presta homenagem ao aniversário do PCB/PPS



  Fundadores do PCB: da esquerda para a direita: Manoel Cendón, Joaquim Barbosa, Astrojildo Pereira, João da Costa Pimenta, Luís Peres e José Elias da Silva. Sentados: Hermogêneo Silva, Abílio de Naquete e Cristiano Cordeiro

O vereador e líder do PPS na Câmara Municipal, vereador Ricardo Young, prestou uma homenagem ao aniversário (25 de março) do velho Partido Comunista Brasileiro (PCB) durante sessão plenária de quinta-feira (27/3). Leia a íntegra:

"Sr. Presidente. Quero registrar os 92 anos do Partido Popular Socialista, que antes chamava Partido Comunista do Brasil e há 24 anos tornou-se o Partido Popular Socialista. O partido se manteve o mesmo e se notabilizou pelos movimentos de massa, os movimentos sindicais no início do século passado, foi pioneiro na iniciativa da reforma agrária, combateu sucessivas ditaduras – a de Vargas e depois a militar -, teve um papel protagonista na convocação do Brasil para se aliar às tropas dos aliados na 2ª Guerra Mundial, sempre procurou estimular a participação do Estado no desenvolvimento brasileiro, sempre teve uma conduta absolutamente democrática na luta pela liberdade.

Então, gostaria de homenagear grandes figuras da história do Brasil que participaram do PCB e do PPS como Jorge Amado, Oswald de Andrade, Graciliano Ramos, Patrícia Galvão, Carlos Drummond de Andrade, Alfredo Schmidt, Astrogildo Pereira, Heitor Ferreira Lima, enfim, uma série de líderes que protagonizaram os ideários de esquerda e a luta por um país democrático.

Vou protocolar a homenagem a todos esses nomes e agradeço todos aqueles que se juntam a mim nesta homenagem. Muito obrigado".

Nos 50 anos do golpe, Comissão da Verdade ouve vítimas da repressão

Site da Câmara

Em repúdio aos 50 anos do golpe de 64, que depôs o presidente João Goulart e instaurou uma ditadura militar no país, a Comissão da Verdade da Câmara realiza uma série de atividades para debater e colher depoimentos de vítimas da repressão.

Neste sábado (29/3), uma Audiência Pública no Jardim Ângela vai lembrar os 35 anos da morte do metalúrgico Santos Dias da Silva, militante morto durante a greve dos metalúrgicos na zona sul da capital. Presidida pelo vereador Gilberto Natalini (PV), a sessão pretende ouvir pessoas que sofreram com a repressão política na capital.

Aberta a toda a população, a audiência será realizada na Sociedade Santos Mártires (Rua Luiz Bladinato, nº 9 - Jardim Ângela), a partir das 15h.

Na segunda-feira (31/3), a Câmara realiza uma solenidade especial na sala da presidência para marcar a continuação dos trabalhos da Comissão da Verdade Vladimir Herzog, prorrogada até dezembro por Projeto de Resolução (PR) aprovado pelos vereadores.

No dia 1 de abril, uma sessão especial vai discutir o golpe de 64 e o movimento estudantil. Foram convidados para prestar depoimentos o ex-governador José Serra, que era presidente da UNE em 31 de março de 1964, e o jornalista e escritor Duarte Pereira, vice-presidente da UNE no fatídico dia.

A sessão acontece no plenário 1º de Maio, na Câmara, a partir das 12h.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Young fará parte da Comissão de Saúde da Câmara



O líder do PPS, vereador Ricardo Young, é o novo integrante da Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher da Câmara Municipal. O parlamentar fará parte do colegiado ao lado dos vereadores Alfredinho (PT), Patrícia Bezerra (PT), Rubens Calvo (PMDB), Natalini (PV), Netinho de Paula (PCdoB) e Noemi Nonato (PROS). A indicação foi confirmada no Diário Oficial da Cidade de 26 de março. 

Young adiantou que trabalhará para fortalecer a formação de políticas públicas para o combate ao caos vivido pelos usuários de crack na cidade. O vereador também atuará na fiscalização das empresas, legais e ilegais, que oferecem precárias condições de trabalho.  

Na Folha, Young critica demagogia governista



Reportagem da Folha de S. Paulo desta quinta-feira (27/3) destaca a crítica do líder do PPS, vereador Ricardo Young, à demagogia do governo municipal na questão referente à Nova Palestina, área particular ocupada por oito mil famílias ligadas ao MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto). 

Ontem, pressionado pelo Movimento, o prefeito Haddad afirmou que cancelaria o decreto que prevê a construção de um parque no local caso o Plano Diretor destinasse a área para a construção de moradias populares. Na sequencia, os trabalhadores estiveram reunidos com vereadores para cobrar a aprovação rápida do PDE.

“O governo não entra em confronto com nenhum movimento para não desgastar o prefeito. Não dá para prejudicar a parte ambiental em função do social”, disse o vereador à reportagem da Folha

SPTrans alega que Bilhete Único motivou corte nas linhas de ônibus

A Comissão de Trânsito e Transportes da Câmara ouviu nesta quarta-feira (26/3) a diretora de planejamento da SPTrans, Ana Odila de Paiva, que veio à Casa explicar as recentes retiradas de linhas de ônibus em vários pontos da cidade feitas pela companhia. 

O convite havia sido feito após protestos de moradores da Vila Gomes, na Zona Oeste, que pediam a volta do itinerário 577-T, removido da região após mais de 20 anos de operação. O vereador Ricardo Young, líder do PPS, articulou o diálogo dos usuários com o colegiado, que resultou em um requerimento pedindo a audiência.

Odila argumentou que o objetivo das mudanças é a racionalização do sistema. Segundo ela, linhas antigas precisam ser mudadas porque, “à época em que foram criadas, não levavam em consideração as múltiplas integrações proporcionadas hoje pelo Bilhete Único. Nosso projeto hoje é qualificar o sistema de ônibus. Organizá-lo de forma a funcionar em formato de rede, como o metrô”, disse.

A diretora afirmou que a SPTrans está trabalhando em três pilares de atuação: faixas exclusivas, racionalização das linhas e controle operacional informatizado dos veículos. O corte na linha que fazia o trajeto Jardim Miriam-Vila Gomes, conhecido como “azulzinho”, foi alvo da operação. “Essa é uma das linhas que passam pela Paulista e pela Rebouças, avenidas que precisam ter o número de ônibus reduzido para aliviar os trânsitos locais”. Odila ainda alegou que a reclamação dos moradores deveria ser atenuada, pois, segundo ela, eles teriam sido “agraciados” com a implantação da estação Butantã do metrô, próxima ao bairro.

“Não ganhamos nada”, respondeu Givanildo, morador do local. “A população tem direito a isso. A apresentação da senhora está tecnicamente muito boa, mas distante do cotidiano do bairro. Estamos na região que possui o segundo maior índice de idosos da capital e essa linha era essencial para essa parcela da população”, justificou.

Ricardo Young endossou a fala da população com críticas à falta de planejamento em ações que envolvem a mobilidade na cidade. “O metrô não está substituindo os ônibus nessa região. A própria linha amarela está sobrecarregada pelo acúmulo de usuários vindos de outras linhas da CPTM. Mais do que isso, a comunicação não está funcionando. Os usuários não são devidamente informados sobre os impactos diretos em suas vidas”, ponderou.

Ana Odila admitiu as falhas na comunicação da SPTrans com a população. “Reconhecemos que temos problemas graves em avisar os moradores sobre as mudanças, já reclamei isso com minha equipe”. A diretora, no entanto, esboçou recusa sobre o pedido dos usuários da linha 557-T pelo retorno do itinerário. “Se isso acontecer, será pelo movimento que vocês estão organizando, pela pressão. E não pelos motivos e argumentos que estão sendo apresentados”, disse.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Plano de Metas: Young critica falta de diálogo do Governo


O Jornal O Estado de S. Paulo desta quarta-feira (26/3) avalia o primeiro ano do Plano de Metas da Prefeitura. O diário destaca que Haddad cumpriu até o momento 9% das promessas. O líder do PPS, vereador Ricardo Young, criticou a falta de diálogo dentro do governo. Confira a matéria aqui

Câmara aprova projeto de Ricardo Young que sinaliza rios de São Paulo

Resgatar parte da memória hídrica da cidade. Essa é a ideia do projeto de lei do vereador Ricardo Young, líder do PPS na Câmara Municipal, que pretende criar placas indicando rios escondidos embaixo de ruas na cidade de São Paulo. 

O PL foi aprovado nesta terça-feira (26/3) na Câmara em primeira apreciação e havia sido elaborado no fim do ano passado em parceria com o Rios e Ruas , coletivo de especialistas encabeçados pelo geógrafo Luiz de Campos Jr. e pelo arquiteto José Bueno. Eles estudam a localização e o comportamento dos cursos d’água da cidade, promovendo oficinas e expedições com a população por esses locais.

“Se você perguntar para uma criança: ‘você deixaria seu cachorro sem nome?’, ela diria: ‘claro que não’. A gente se refere assim aos rios. Ou seja, nossos rios não têm nome. A gente quer começar a reavivá-los dando os nomes desses rios. O processo de sinalização significa nomear o que é vivo. A coisa morta não tem nome, mas a coisa viva deve ter nome”, afirma Bueno.

Ricardo Young justificou a proposta. “Em vez de apresentar nomes de ruas, vamos trazer de volta os nomes dos rios que passam sob essas ruas, de forma que nós, paulistanos, possamos não só descobrir qual curso d’água passa por ali, mas também redescobrir nossa História e a nossa relação vital com as águas”, disse. A proposta passará por mais uma votação até seguir para a sanção do prefeito Fernando Haddad (PT).

No concurso fotográfico "Quero São Paulo assim", que resultou no vídeo abaixo, o vereador promoveu o tema das Águas de São Paulo e os idealizadores do Rios e Ruas contaram mais sobre a iniciativa.

Vereadores seguem sem consenso sobre instalação de nova CPI

Os representantes partidários ainda não se decidiram sobre qual proposta de criação de CPI apoiarão. Já há uma Comissão de Inquérito funcionando na Casa, mas o regimento interno prevê que duas delas estejam acontecendo para que projetos de lei sejam lidos em plenário. Sugerida pelo presidente José Américo (PT), a ideia do vereador Rubens Calvo (PSDB) de investigar áreas contaminadas na cidade havia sido parcialmente aceita, mas voltou a ser debatida na reunião de hoje do Colégio de Líderes.

Ricardo Young (PPS) questionou a relevância da proposta. “Estamos cumprindo questões regimentais, votando numa CPI só para não travar a pauta. Poderemos ter muita mobilização e poucos resultados. Além do mais, oposição e situação estão querendo defender seus respectivos governantes. Não podemos fugir de polêmica. Temos que investir numa CPI que tenha efetiva investigação”, disse. Os vereadores debaterão as propostas de CPI apresentadas durante a sessão

Ricardo Young aponta esquizofrenia na gestão Haddad


Líder do PPS critica a falta de convergência entre as políticas social e ambiental

Em pronunciamento feito na tarde desta quarta-feira (26/3) no plenário da Câmara, o vereador Ricardo Young (PPS) chamou a atenção do Governo para enxergar a moradia e a gestão dos parques da cidade como causas convergentes para a realização de políticas sustentáveis na cidade. Ele usou o exemplo da ocupação Nova Palestina, na Zona Sul, que está localizada numa área destinada a construção de um parque. Moradores da região compareceram à Câmara para pedir medidas do poder público sobre a questão.

O vereador ainda citou o primeiro ato em defesa dos parques ameaçados de São Paulo, que acontece na próxima segunda-feira, às 17h, na Praça do Patriarca. Mais de dez parques estão na lista dos manifestantes que pedem a preservação das áreas. 

“Os movimentos estão aqui reivindicando cumprimento de acordos feitos com o prefeito. São muitos compromissos que não estão sendo cumpridos. Um desafio está sendo colocado em xeque para a cidade. As políticas de moradia e de áreas verdes estão sendo tratadas de maneira dissociada uma da outra. Não há visão de gestão sustentável integradora, o que é esquizofrênico. Ainda estamos votando o Plano Diretor da cidade. Se não integrarmos esse pensamento a ele, não sei o que será dessa cidade nos próximos anos”, apontou.

Leia a íntegra do discurso

“Sr. Presidente, venho fazer uma reflexão, que entendo bastante oportuna, diante do que estamos vendo, neste momento, diante do prédio da Câmara Municipal de São Paulo. Estamos com o Movimento organizado dos Trabalhadores Sem-Teto – MTST, aqui, reivindicando o cumprimento de um acordo feito com o Sr. Prefeito.

Como foi dito pelo nobre Vereador Toninho Vespoli, que me precedeu, são vários os acordos que não estão sendo cumpridos pela Prefeitura Municipal de São Paulo. O voto que não é honrado custa caríssimo em termos de política e de equilíbrio mínimo do conjunto da sociedade, e é isso o que está acontecendo com o Sr. Prefeito. Não há possibilidade, ou não há vontade política, de se cumprir os compromissos. Os movimentos estão se multiplicando e, cada vez mais, veremos um Governo emparedado em sua impotência para resolver o mínimo, quanto mais o máximo.
Porém, o que me chama mais a atenção, Sr. Presidente, é que esse movimento, que vem liderando os demais, na Cidade, que é o Movimento de Moradia da Nova Palestina, está colocando em xeque um grande desafio.

Como todos sabem, a região da Nova Palestina está sob um decreto para a constituição de um parque. Estamos vendo, cada vez mais, na Cidade, os parques sendo invadidos para moradia. Então, nem temos uma política de moradia, nem temos uma de parques públicos. A Cidade vai minguando. Temos uma crise ambiental dramática. Temos um problema enorme de impermeabilização, uma ausência absoluta de áreas verdes e, agora, temos dois movimentos em confronto: o movimento por moradia – absolutamente justo, e o movimento pela preservação e ampliação da dimensão ambiental da Cidade são absolutamente indispensáveis para a sobrevivência.

E por que o Prefeito não resolve essa questão? Porque as questões ambientais e sociais são vistas de forma dissociada. Não há uma integração de políticas numa estratégia socioambiental. Portanto, não há visão de gestão sustentável. O que falta ao Prefeito e aos seus secretários é uma visão integradora da sociedade, dos movimentos sociais e das demandas ambientais. Tanto a sociedade é penalizada pela ausência de políticas ambientais, como o meio ambiente está sendo sacrificado em função da ausência de políticas habitacionais na Cidade.

Não é mais possível, Sr. Prefeito, não é mais possível, Líder do Governo nesta Casa, que continuemos ignorando essa esquizofrenia de quem não consegue integrar o óbvio. Uma sociedade não pode se desenvolver sem integrar as dimensões econômica e socioambiental. E é isso o que está acontecendo aqui, os interesses econômicos são tratados a parte dos interesses sociais, que estão apartados dos interesses ambientais.

O que esta gestão tem feito é colocar esses segmentos uns contra os outros. Hoje é o movimento de moradia que está na frente da Câmara. Na segunda-feira, na Praça do Patriarca, serão os movimentos pelos parques da Cidade. Já vimos os movimentos do Parque Augusta se organizando e não vejo, Sr. Presidente, um gestor, um Prefeito, os líderes políticos procurando integrar essas demandas justas numa única política para a Cidade.

A Cidade está sendo retalhada, fragmentada, desestruturada em cima de demagogia política, promessas que não são cumpridas, acordos que não são cumpridos e a ignorância de uma política pública mais avançada: o desenvolvimento sustentável para a Cidade.
Fico aflito porque vejo todas essas demandas como justas e necessárias para nossa Cidade, mas não estamos sendo capazes de integrar os legítimos interesses dos paulistanos numa estratégia de desenvolvimento para a Cidade.

Terminando, Sr. Presidente, reitero as palavras do Vereador Toninho Vespoli de que a discussão do Plano Diretor vai ser essencial para fazermos essa integração. Se não formos capazes de fazer o Plano Diretor, se perdermos essa oportunidade, não sei o que será da Cidade nas próximas décadas. Muito obrigado”.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Mudança de linhas prejudica usuários de ônibus, que alegam falta de diálogo por parte da Prefeitura

Um grupo de moradores da Vila Gomes, na Zona Oeste, reivindicou na quarta-feira (19/3) na reunião da Comissão de Trânsito e Transportes a volta da linha de ônibus Jardim Miriam-Vila Gomes. Os usuários, na maioria idosos, questionam a intervenção da Prefeitura, alegando falta de diálogo com a população. A reestruturação de linhas feita pela gestão Haddad vem sendo alvo de críticas de parte da população há alguns meses, insatisfeita com cortes e mudanças sem avisos. O vereador Ricardo Young (PPS) levou o pleito dos moradores à Comissão, através de um requerimento que pedia o retorno da linha. 

O parlamentar ainda propôs aliar o tema da atenção aos idosos à questão da mobilidade. “A população da cidade está envelhecendo, mas parece que São Paulo não sabe lidar com essa parcela da população. Idosos não pagam ônibus e essa linha pode ter sido considerada deficitária por isso. Mas essa questão está muito além do interesse econômico. É uma questão social e se faz necessário um olhar sobre o prejuízo causado por uma mudança como essa” apontou.

Funcionando há cerca de 30 anos, a linha 577T foi desativada em outubro do ano passado. “Sofremos uma série de consequências com o corte da linha. Temos a segunda população mais idosa da cidade de São Paulo. O trajeto passa por 15 hospitais que atendem necessidades dessa população”, declarou Givanildo, morador do bairro.

O vereador Senival Moura (PT), presidente da Comissão, tentou justificar a escolha do governo. “O prefeito nem sabe quais linhas estão sendo mudadas. Quem decide isso é um corpo técnico, que age de maneira técnica”. O parlamentar ainda defendeu a criação dos corredores ônibus que estão previstos para serem implantados em algumas regiões da cidade, mesmo com protesto de movimentos que alegam prejuízos aos comércios locais e desapropriações em massa. “Obviamente, para fazermos um omelete, precisamos quebrar os ovos”, argumentou.

“É óbvio, senhor presidente. O problema é quando se usa os ovos alheios para fazer omelete para você mesmo. Sem participação, é extremamente difícil estabelecer políticas efetivas de mobilidade. Precisamos saber com a SPTrans quais os critérios que se usa para mudar essas linhas”, disse Young. 

Os vereadores aprovaram o requerimento do líder do PPS que pede o retorno da linha de ônibus. O documento será enviado à SPTrans, que também será convidada pela Comissão para explicar o porquê das mudanças.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Frente pela Sustentabilidade quer reativar Política de Mudanças Climáticas da cidade

Os vereadores da Frente Parlamentar pela Sustentabilidade se reuniram nessa segunda-feira, 17, para debater uma proposta de avaliação da Política Municipal de Mudanças Climáticas. A lei foi aprovada em 2009 pela prefeitura de São Paulo e determina o compromisso de reduzir em 30% as emissões de gases-estufa, com base nos níveis do período 2005-2010. 

As metas, no entanto, não foram regulamentadas. Os grupos responsáveis por gerir os trabalhos em torno do tema não se reúnem desde 2012 e a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) ainda não apresentou propostas efetivas para o problema, nem incluiu o tema no seu Plano de Metas. 

Presidente da Frente, o vereador Ricardo Young (PPS) criticou os rumos da política climática na cidade ao dizer que ela “a atual gestão esqueceu a lei das mudanças climáticas”. O grupo elaborou quatro tópicos para reinserir a discussão sobre a lei na cidade. O processo passa por revisitar as premissas da lei, avaliar o que já foi aplicado por ela, estabelecer pontos estratégicos de ação para mudança e fazer propostas para resgatar a legislação, inserindo a discussão na revisão do Plano Diretor da cidade. Os gabinetes ainda designarão assessores específicos para tratar do tema.

Em um tempo de efervescência da preocupação global com o clima, a lei paulistana precedeu a criação das políticas estadual e federal sobre o tema. Todas elas foram criadas poucos meses antes da COP-15, conferência global sobre mudanças climáticas realizada pela ONU na cidade de Copenhague, na Dinamarca. A despeito de não ter sido considerada produtiva, a COP-15 direcionou vários governos a pensarem na questão como uma política pública para seus países. Atualmente, cerca de 500 leis relacionadas ao clima já estão em vigor em 66 nações.

Corredores: Globo destaca posicionamento contrário de Young





Reportagens do Bom Dia SP e do SPTV 1º Edição, da Rede Globo de Televisão, destacam o posicionamento do líder do PPS, vereador Ricardo Young, contrário ao projeto de lei (17/14) que prevê a construção de diversos corredores de ônibus na cidade.  Para ele, faltou diálogo do prefeito com os representantes da população.

Young vota contra projeto que cria corredores e desapropria centenas de imóveis



Uma semana após acumular derrotas no plenário da Câmara, o Governo conseguiu aprovar na noite desta terça-feira (18/3) o Projeto de Lei 17/14, de sua autoria, que alarga 39 avenidas e 27 ruas e desapropria centenas de imóveis para a construção de corredores de ônibus. Partidos da base aliada, e até o PSD, uniram-se na votação favorável ao projeto do prefeito Haddad. 

O projeto recebeu 36 votos a favor, 10 contra e 1 abstenção (foto). O texto ainda precisa passar por uma segunda votação em plenário antes de seguir para a sanção do prefeito.

O líder do PPS, vereador Ricardo Young, manteve-se convicto e votou contra o PL. Pressionado, os governistas apresentaram uma emenda que altera o texto original retirando o corredor da Avenida Nossa Senhora do Sabará da proposta. 

Perplexidade

Durante os debates que antecederam a votação do projeto, Ricardo Young (PPS) mostrou-se perplexo com a unidade governista, ausente na semana anterior. 

 “O que está acontecendo agora intriga a todos: durante quatro dias não conseguimos votar nada na Câmara porque não havia consenso sobre esse PL. Eu fico surpreendido de ver várias lideranças que não estavam presentes nas reuniões anteriores, virem aqui e votar com o governo. Por que houve essa mudança de repente e o governo conseguiu recompor sua base? Mais uma vez se faz um acordo entre Executivo e Legislativo que deixa de lado a população”.

O líder do PPS também insinuou uma manobra governista para desestabilizar as manifestações, que se levantaram contra as desapropriações necessárias à criação dos corredores de ônibus. “Eu estive com os integrantes do movimento da Sabará e eles disseram que em nenhum momento o pleito deles autorizaria o Governo a aprovar os outros corredores sem consultar o restante da população. Tanto é que mantiveram a audiência para hoje (Colégio Magister). O movimento que está aqui pelo avanço do PL e acabou sendo usado pelo Governo. Eu avisei: cuidado com o acordo que vão propor para vocês, porque pode ser muito ruim para o resto da cidade”, declarou. 

‘Tratoragem’ 

Mais tarde, o Governo apresentou uma emenda ao PL que retira o projeto de corredor da Nossa Senhora do Sabará do texto original. Convicto de o projeto é ruim, e que deveria ser apresentado nas discussões do Plano Diretor Estratégico, Young se absteve de votar.  

“Por que o prefeito quer sabotar seu próprio Plano Diretor, adiantando a votação dos corredores de ônibus? Me parece que a Prefeitura tem duas cabeças: uma do prefeito e outra do secretário de Transportes. Porque tudo que é transportes é votado com ‘tratoragem’ aqui na Câmara. Não se trata de ser contra os corredores, mas ser contra um processo antidemocrático, açodado, que não respeita o Plano Diretor, nem a população. Qualquer vereador que esteja envolvido com o Plano Diretor sabe que se nós aprovarmos esse projeto aqui, o PDE estará comprometido na sua essência. Será que ninguém pode dizer isso com clareza? Alfredinho, Nabil, por que não dizem isso com clareza? Por favor! Não vou assinar a emenda porque sou contra a votação do projeto”. Veja abaixo a íntegra dos dois discursos: 

Primeiro (Comunicado de Liderança)

“Ontem, na Segunda Paulistana, recebemos o grupo de ativistas aqui na Câmara para discutir a questão dos corredores culturais. Eles trouxeram uma proposta bastante razoável e consistente, e pediram que a Segunda Paulistana a discutisse com o nobre Vereador Nabil Bonduki.

A conversa não apenas foi positiva como também o nobre Vereador Nabil Bonduki avançou na proposta dos corredores culturais para o conceito de território cultural. E no final da Segunda Paulistana, que terminou para lá das dez horas da noite, houve uma celebração do diálogo entre movimentos da sociedade civil e esta Casa, melhorando o PDE. E isso só foi possível porque o Relator do PDE, o nobre Vereador Nabil Bonduki, é uma pessoa imbuída do maior e do melhor espírito democrático.

Agora, o que acontece nesta Casa confunde todos, e até peço desculpas às pessoas que nos acompanham da galeria.

Durante quatro dias não conseguimos ter quatro sessões, não conseguimos ter condições para votar o PL dos corredores; não houve, por parte da Bancada do Governo, o apoio necessário para que isso ocorresse. No entanto, no processo de discussão, o Governo fez uma concessão ao movimento da Nossa Senhora do Sabará.

Estive com o movimento, e em nenhum momento foi dito que a aprovação do pleito – tirar a Nossa Senhora de Sabará do projeto – autorizaria o Governo a continuar insistindo em colocar os outros corredores sem consultar a população. Tanto é que foi mantida a audiência pública de hoje à noite no Colégio Magister.

Aí fico surpreendido quando hoje vejo várias lideranças que não estavam presentes nessas reuniões anteriores, Vereadores que não estavam presentes nas plenárias anteriores, virem aqui dar número ao Governo, sendo que a única alteração ocorrida foi a retirada do corredor Nossa Senhora do Sabará, e sabendo que essa retirada não autoriza o Governo a fechar a questão em relação ao Alvarenga e a outras regiões da Cidade.

O que aconteceu? Por que houve essa mudança de posicionamento dos partidos? Por que de repente o Governo conseguiu recompor a sua base, sem que houvesse nenhuma alteração significativa na proposta? Que tipo de argumentos o Sr. Prefeito utilizou? Que tipo de argumentos o Líder do Governo utilizou para convencer os nobres Vereadores a darem a apoio ao projeto?

Ora, os argumentos devem ter sido bastante eloquentes a ponto de convencerem Vereadores a comparecer quando estavam há várias sessões sem vir. Só que esses argumentos não foram compartilhados com a população. Mais uma vez se faz um acordo entre Executivo e Legislativo colocando a população de fora. O movimento da Nossa Senhora do Sabará, que estava contribuindo para o avanço do projeto de lei, acabou sendo usado pelo Governo para fazer com que esse projeto passasse.

Falei às Lideranças do Nossa Senhora do Sabará para tomarem cuidado com o acordo que iriam propor. Porque um acordo que pode ser benéfico a uns, pode ser muito ruim para o resto da Cidade.

Gostaria de saber - e espero que o Sr. Líder do Governo possa me dar essa resposta ou, ao menos, o nobre Vereador Alfredinho - quais são os argumentos tão conclusivos, tão eloquentes, tão persuasivos usados pelo Sr. Prefeito ou pela Liderança da Base do Governo desta Casa para que houvesse, de repente, uma mudança quase bisonha da posição dos Srs. Vereadores. Tanto é que todas as obstruções tentadas não tiveram nem dez votos por parte dos Srs. Vereadores, quando durante a semana tivemos 20, 25 votos na obstrução.

Fica aqui minha pergunta e minha dúvida sobre a situação. Estou razoavelmente perplexo”. (Palmas)

Encaminhamento de Votação

“Sr. Presidente, Sras. e Srs. Vereadores, estamos chegando no encaminhamento de votação. Muito foi dito e não pretendo repetir o que foi dito por vários vereadores. Parabenizo o nobre Vereador Aurélio Nomura, dentre tantos outros da oposição que se colocaram de forma acirrada, clamando por um mínimo de razoabilidade dessa Casa.

Reafirmo que enquanto estamos nessa discussão, acontece uma audiência pública no Colégio Magister, que conta com mais de 700 pessoas neste momento. Mais de 300 famílias presentes. A Cidade está discutindo seus destinos com representantes da Prefeitura, da Assembleia Legislativa e nós aqui.

Não é verdade que ouvimos a população. A negociação feita com o Movimento Nossa Senhora do Sabará, foi apenas para garantir essa votação que estamos assistindo hoje. É absolutamente lamentável que uma Prefeitura que propõe um Plano Diretor multicêntrico privilegia os corredores, ao invés de pensar como poderíamos dinamizar empregos, oportunidades de moradia popular próximo aos empregos. O que estamos vendo é o contrário. O fim dos empregos, a expulsão dos moradores, o privilegiamento dos corredores fora do Plano Diretor.

Acredito, Sr. Prefeito e Sr. Líder do Governo, Arselino Tatto, que os senhores estão facilitando o trabalho da oposição. Seguidamente, ao insistir em campeamentos como esses, têm derrotado o prefeito. São responsáveis pelo Prefeito estar com índice de popularidade tão baixo. Provavelmente, o PT perderá as eleições para o Estado e deverá debitar isso ao Prefeito e o Prefeito deverá debitar isso a liderança do Governo nessa Casa.

Essa prática de não ouvir a população, desrespeitar os demais vereadores da Casa, estão levando os senhores a esse desgaste. Reitero que irei votar contra. Estou em uma aflição danada aqui, porque a audiência está acontecendo lá, e onde eu deveria estar, mas não posso, sem consignar meu voto contra. Precisamos olhar seriamente para o Plano Diretor. O Plano Diretor é nossa última – vejam bem o que estou falando – oportunidade de dar um jeito nessa cidade”.

Logo após a sessão extraordinária, o vereador participou da audiência pública da Comissão de Transportes no Colégio Magister, zona sul, para discutir o projeto dos corredores.


terça-feira, 18 de março de 2014

Entidades debatem a inclusão de território cultural no PDE

Site da Câmara

A Câmara Municipal de São Paulo recebeu na noite desta segunda-feira (17/3) mais uma edição do “Segundas Paulistanas”,  encontro promovido pelo vereador Ricardo Young (PPS) para discutir temas ligados à cidade.

Os temas abordados pelos participantes nesta edição foram a inserção do Projeto Corredor Cultural Consolação-Paulista na revisão do Plano Diretor Estratégico (PDE) e o Projeto de Lei (PL 545/12), que determina a requalificação urbana no entorno do Cine Belas Artes.

“Os corredores culturais são instrumentos de desenvolvimento urbano, voltados a proteger e fomentar atividades culturais, a economia criativa, negócios sustentáveis e comércio de rua”, esclareceu Beto Gonçalves, coordenador do Movimento Cine Belas Artes.

O vereador e relator do PDE Nabil Bonduki (PT) apresentou aos participantes um projeto de dimensão cultural que já está inserido da revisão do Plano Diretor, chamado de Território de Projeção Cultural Paulista-Luz. “É uma região com grande concentração de áreas tombadas e de identidade étnica e cultural da cidade, por isso, foi incorporado ao PDE esse território cultural central”, justificou. Para o vereador, essa área servirá de exemplo para que os bairros da cidade também configurem territórios culturais nos planos regionais do PDE.

Sobre o PL 545/12, o Movimento Cine Belas Artes defendeu sua aprovação para garantir a sustentação no cinema,  já que o projeto gera um polo de economia criativa na região.

No diálogo com representantes de movimentos, ONGs,  grupos culturais, sociedade civil e parlamentares, foi discutido ainda o reaproveitamento dos espaços públicos da região central. “É uma forma de resgatar a autoestima da cidade, que vem se degradando”, apontou Augusto Marin, diretor do Coletivo Teatral Commune.

O vereador Ricardo Young (PPS) parabenizou os representantes de entidades pelo debate e destacou “que é possível fazer cultura na cidade de forma criativa e inovadora, recriando estes espaços”.

Os participantes do encontro se comprometeram em elaborar um documento sobre a discussão e, posteriormente, encaminhar para o relator do PDE. (J.Silveira)

quarta-feira, 12 de março de 2014

Corredores: Apoiado por Young, Police Neto pede informações ao Executivo



Apoiado por Ricardo Young (PPS), o vereador José Police Neto (PSD) protocolou nesta quarta-feira (12/3) na Comissão de Política Urbana da Câmara Municipal requerimento solicitando informações ao Executivo sobre o Projeto de Lei 17/14 (corredores de ônibus). 

“Muito boa a iniciativa do mandato do Police Neto, pois tenta trazer à luz questões que ainda estão muito nebulosas, mal explicadas, no Projeto da  prefeitura. Essa pressa do Governo em aprovar a proposta nos assusta e deixa a população insegura, temerosa. As informações vindas do Executivo, somadas à audiência pública do Colégio Magister, poderão ajudar-nos a resolver esse imbróglio. 

Veja abaixo a íntegra do requerimento de Police Neto:  

À COMISSÃO DE POLÍTICA URBANA, METROPOLITANA E MEIO AMBIENTE

EXMO. SR. PRESIDENTE, 

Considerando que o Projeto de lei 17/2014 prevê a construção de corredores de ônibus em diversas áreas da cidade, bem como estabelece novos alinhamentos viários para algumas vias e revoga inúmeras leis vigentes desde a década de 1960 estabelecendo planos de melhoramentos viários e alinhamentos;

Considerando o grande impacto em termos de desapropriações e redução do número de empregos produzidos pela aprovação da lei;

Considerando a relutância de boa parte da população atingida em aceitar os traçados propostos e a insatisfação dos mesmos quanto ao traçado delineado pelo projeto;

Considerando que a etapa 2 das obras previstas pelo projeto sequer tem ainda projeto básico definido, dificultando a estimativa dos impactos e prejudicando a capacidade de avaliar a necessidade e oportunidade destas obras;

Considerando que os moradores atingidos apresentaram diversas propostas alternativas de traçado;

Considerando que entre as leis que se pretende revogar há diversas áreas nas quais a reserva de recuo já foi garantida;

Requeiro nos termos dos artigos 68 e 224 do Regimento Interno seja oficiado ao Poder Executivo a solicitação das seguintes informações necessárias à avaliação do Projeto de Lei em tela:

a) Número de matrícula e nome do proprietário das áreas que deixarão de estar sujeitas a limitações de recuo ou declaração de utilidade pública em função das leis que o projeto se propõe a revogar em seu artigo 4º.;

b) Informações sobre se foi efetuada alguma desapropriação nas áreas liberadas pelas revogações propostas pelo artigo 4º do projeto;

c) Estimativa de impacto financeiro-orçamentário das desapropriações necessárias à execução do projeto se aprovado na forma proposta;

d) Dada a não existência sequer de projeto básico para as obras dos corredores da Fase 2, qual parâmetro foi utilizado para definir traçados, estimar investimentos e prever desapropriações?

e) Tem sido mencionado pelo Executivo em audiências e reuniões técnicas a possibilidade de transferência de potencial construtivo de áreas a serem desapropriadas e novos recuos estabelecidos, apesar das referências tal previsão não consta do projeto como possibilidade. Como seria realizado tal procedimento do ponto de vista legal e administrativo?

f) Qual o percentual dos imóveis atingidos pelo projeto está atualmente locado pelo proprietário a terceiros? Estes locatários teriam algum tipo de compensação pela desapropriação?

g) Qual a previsão de pagamento de lucros cessantes para as atividades econômicas eliminadas pelas desapropriações e pelo impacto das obras previstas?

Requeiro, outrossim, cópia do presente requerimento seja enviada ao Ministério Público Estadual, para conhecimento.

Nestes termos, peço Deferimento.

São Paulo, 12 de março de 2014
José Police Neto
Vereador - PSD

Comissão de Transportes agenda audiência com movimento contrário a corredor na Sabará

Os vereadores que compõem a Comissão de Transportes da Câmara aprovaram nesta quarta-feira (12/3) o pedido de audiência pública feito pelos moradores da Avenida Nossa Senhora do Sabará para discutir o PL 17/14 (corredores de ônibus). 

A audiência será realizada na próxima terça (18/3), às 19h, no Colégio Magister, próximo à Avenida Nossa Senhora do Sabará.

“O encontro, no entanto, pode ficar esvaziado se o governo conseguir aprovar a proposta em plenário antes da audiência”, alertou o vereador Ricardo Young, líder do PPS, e membro da Comissão de Transportes. 

Há dias comparecendo a sessões plenárias e reuniões no parlamento, os moradores da região protestam contra o projeto da Prefeitura da Prefeitura que, segundo eles, irá desapropriar mais de 400 imóveis e prejudicar o comércio local.

Corredores: Imprensa destaca atuação de Ricardo Young

Imprensa destaca participação do vereador e líder do PPS, vereador Ricardo Young, na obstrução ao Projeto de Lei 17/14, do Executivo, que alarga 39 avenidas e 27 ruas e desapropria centenas de imóveis para a construção de corredores de ônibus. O vereador critica a rapidez do Governo em aprovar projeto tão complexo e afirma que a proposta deveria ser discutida no âmbito do Plano Diretor Estratégico. 




Young comanda oposição na obstrução da votação às pressas do projeto dos corredores


O Governo amargou nesta terça-feira (10/3) mais uma derrota no debate do Projeto de Lei 17/14, que alarga 39 avenidas e 27 ruas e desapropria centenas de imóveis para a construção de corredores de ônibus. 

Durante Sessão Extraordinária, o líder do prefeito Haddad, Arselino Tatto, “implorou” para votação do Projeto - que ainda carece de maiores informações e sofre resistência de moradores e comerciantes da Avenida Nossa Senhora do Sabará, na zona sul, temerosos com desapropriações na região. Os vereadores da oposição, comandados pelo líder do PPS, Ricardo Young, obstruíram o Congresso de Comissões deixando a matéria sem condições de ser votada em plenário. 

Young criticou o “açodamento” do Governo com a realização de Congresso de Comissões para adiantar a votação do PL. O parlamentar questionou o uso do mecanismo que reúne os presidentes dos colegiados da Casa para votar propostas em caráter de urgência, sem passá-las pelas comissões. 

“Todos somos a favor da mobilidade, mas atropelar outros interesses legítimos da população é um absurdo. Já tivemos outros episódios assim, como o aumento da tarifa de ônibus e do IPTU. Por que o governo vai fazer isso se já sofreu derrotas e teve que retroceder nas outras vezes que agiu assim? É nossa obrigação ouvir todos os que estão sendo afetados pelo projeto”, disse o líder do PPS. 

Ele também apontou incoerência em se aprovar um projeto de alto impacto na estrutura da cidade antes do Plano Diretor, que está previsto para ser votado até o fim de abril e estabelece eixos de estruturação e mobilidade em avenidas importantes da cidade. 

No final, lamentou o desrespeito do Governo com o parlamento: “Sou radicalmente contra a votação  enquanto o Governo não respeitar o processo legislativo. Nós representamos a população de São Paulo. A população de São Paulo, por meio de seus representantes e de seus militantes, está se posicionando. Não podemos continuar, de forma consciente, a cometer erros. A base do Governo nesta Casa não pode continuar fritando o seu próprio Prefeito”. 

O Congresso de Comissões não teve o quórum necessário para acontecer. O projeto voltará a ser pautado na sessão de amanhã. O Jornal SPTV, 2º Edição, destacou o empenho do vereador do PPS para obstruir a votação do projeto. Veja clicando aqui

Veja abaixo a íntegra do discurso do vereador do PPS:

“Sr. Presidente, novamente uso o comunicado de liderança para fazer algumas perguntas ao Líder do Governo. Estamos sendo, de novo, forçados – nesta tarde já houve uma primeira manobra de derrubada da sessão ordinária – a votar o chamado “Projeto Corredores”. Esse projeto prevê o alargamento ou prolongamento de 39 avenidas e 27 ruas para receber 150 quilômetros de corredores de ônibus.

Ora, o argumento da Liderança do Governo é de que nós precisamos ser a favor da mobilidade. Mas não é porque somos a favor da mobilidade que devemos sair por aí atropelando processos. O que está acontecendo é um absurdo! O Governo quer votar um projeto que reconfigura a Cidade. Ele reconfigura os corredores, as avenidas, modifica o perfil dos bairros, cria novas zonas de interesse mobiliário, e quer passar isso em primeira votação em Congresso de Comissões, sem ao menos enfrentar essa discussão nas comissões. Na reunião de líderes, o Líder de Governo disse que as discussões haviam sido feitas, porque na semana passada a Comissão de Política Urbana havia feito a discussão com o movimento da Nossa Senhora do Sabará, e que houve outra discussão na Comissão de Constituição e Justiça. Mas o que se vê são os movimentos aqui presentes forçando as discussões, e não a obrigação de a Prefeitura discutir com a população e os movimentos um projeto tão importante como este.

Gostaria de mandar uma mensagem ao Sr. Prefeito; dizer que, se S.Exa. está hoje com menos de 19% de apoio, é porque tem conduzido temas importantes à revelia da Cidade. Chega de fazer isso! Todos somos a favor da mobilidade e temos dado contribuições para os projetos que façam avançar a mobilidade. Mas atropelar os interesses legítimos da população é um absurdo! Podemos fazer de forma completamente diferente.

Tivemos outros exemplos aqui de atropelo, como o aumento da tarifa de transporte, o aumento do IPTU, e o Governo perdeu, teve de recuar nos dois casos. Por que vai incorrer em um novo erro hoje? Quero que o Líder do Governo justifique: por que vai atropelar as comissões? Por que vai se furtar a discutir com os Vereadores das comissões o mérito deste PL? Por que os interesses imobiliários não estão sendo externados aqui? Por que esses corredores e não outros? Existem outros corredores na Cidade que também mereceriam ser alargados; e por que não estão sendo?

Como o Governo, que vive dizendo que está falido, vai financiar este projeto? É o financiamento deste projeto e os compromissos com o setor imobiliário que estão fazendo com que o Governo tenha esse açodamento e passe por cima de milhares e milhares de pessoas, que terão seus interesses afetados. É um absurdo. Não é porque o movimento da Nossa Senhora do Sabará se fez presente, e agora o movimento da Alvarenga, que outros setores da Cidade não estão sendo igualmente prejudicados.

Sou radicalmente contra a votação deste projeto em primeira enquanto o Governo não respeitar o processo legislativo. Nós representamos a população de São Paulo. A população de São Paulo, por meio de seus representantes e de seus militantes, está se posicionando. Não podemos continuar, de forma consciente, a cometer erros. A base do Governo nesta Casa não pode continuar fritando o seu próprio Prefeito.

Ora, o projeto têm méritos e esses méritos podem ser aprofundados, discutidos. Podemos chegar a consenso, a uma solução criativa, construtiva, inclusive incorporando as propostas que a população vem fazendo. Peço, encarecidamente, aos nobres pares, que reflitam antes de aderir à solicitação do Governo de votar este projeto dos corredores em primeira. Façamos os procedimentos adequados nas comissões devidas, e não vamos prejudicar o projeto maior, que é do PDE, cortando-o em pedaços, como este projeto acabará nos forçando a fazer. Muito obrigado”.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Corredores: Reportagem da Rádio Bandeirantes traz posição contrária de Young




O vereador e líder do PPS na Câmara, vereador Ricardo Young, concedeu entrevista para a Rádio Bandeirantes no último final de semana sobre o polêmico debate acerca do Projeto de Lei 17/14, de autoria do Executivo, que prevê desapropriações e obras para a implantação de cerca de 150 km de corredores de ônibus até 2016. 

Young destaca que o projeto deve estar integrado com as discussões do Plano Diretor Estratégico, que deverá ser votado pelos vereadores ainda neste primeiro semestre. Segundo ele, “o prefeito não aprende. Tivemos problemas com os transportes (CPI dos Transportes) e com a questão do (aumento) IPTU. E, agora, ele quer criar mais um problema. Estamos com o Plano Diretor encaminhado, teremos as audiência públicas, e essa proposta tem que estar  integrada com o PDE, e não votada em separado”. Ouça aqui a reportagem de Hugo Vechiatto