sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Ricardo Young: "educação ambiental é fundamental para SP"

O vereador Ricardo Young (PPS) enfatizou em entrevista à TV Câmara São Paulo, a necessidade da capital paulista desenvolver programas de educação ambiental. Para o parlamentar, o descarte de lixo incorreto, o desperdício de água, o trânsito e a queima de combustível em excesso geram perdas milionários para a cidade.

Confira a entrevista completa da TV Câmara.

Artigo - CPI: “e, no entanto, se move”

Ricardo Young

Coincidência ou não, na reunião seguinte à audiência pública com os movimentos sociais que lutam por um transporte público acessível e de qualidade, a CPI dos Transportes está dando um passo à frente na qualidade das oitivas.

Aquele desvio de foco para a CPTM e o Metrô, controlados pelo âmbito estadual, parece ser corrigido com a reunião desta quinta (29/8), que recebeu representantes do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss).

O presidente da CPI, Paulo Fiorilo (PT), e o vereador Eduardo Tuma (PSDB) fizeram as perguntas que os sindicatos e demais movimentos haviam vocalizado na audiência: sobre lucratividade de empresas, passivos fiscais, “gorduras” nas planilhas de custos, gastos acumulados na cadeia de suprimentos, diminuição do número de ônibus em função dos corredores, criação de empresas com representantes “laranjas” para driblar licitações e fiscalizações.

Assim, claramente houve um aprofundamento na direção que os cidadãos esperam. No entanto, boa parte das perguntas foram respondidas de forma evasiva. Daí a importância de que a CPI consolide os depoimentos, encontre lacunas e reúna os segmentos novamente, dessa vez em um mesmo encontro, para ouvi-los em conjunto.

Não com o espírito de acareação, mas apenas para evitar que as respostas dos presentes deixe para os ausentes a responsabilidade. Progressos à vista.

Comissão de Segurança ouve demandas da Guarda Civil



Presidida pelo vereador Ari Friedenbach (PPS), a Comissão Extraordinária Permanente de Segurança Pública convidou o Comandante Geral da Guarda Civil Metropolitana (GCM), Eduardo de Siqueira Bias,  para participar da reunião desta quinta-feira (29/08).

O comandante explicou quais são as ações imediatas que a GCM vem desenvolvendo na cidade, como a participação na campanha Federal “Crack: É Possível Vencer”, a compra de coletes mais modernos e novas viaturas para ronda.

Ele destacou que o principal problema da corporação é a demora na realização de concurso para preencher 2 mil vagas no efetivo da GCM da cidade de São Paulo. Segundo Bias, há cerca de nove anos não é realizado um concurso e, com isso, a idade média do guarda subiu para 42 anos, sendo que há guardas que atuam nas ruas com idades que variam entre 50 e 60 anos.

O presidente da Frente, vereador Ari Friedenbach, disse que a Comissão de Segurança está atenta, empenhada e trabalhando para ser uma ferramenta de auxílio das demandas da Guarda. “Estamos mandando hoje mesmo um ofício para o prefeito Haddad cobrando agilidade na publicação do edital para o concurso para a contratação de novos guardas civis”, informou.

No dia 16 de setembro a Câmara realizará uma sessão solene em comemoração da corporação, que completa 27 anos em 2013. 

Frente de sustentabilidade discute obras do Rodoanel e Parque Augusta



Site da Câmara Municipal (Fábio de Amorim)

Na pauta desta quinta-feira (29/8) da Frente Parlamentar de Sustentabilidade, a gestão da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, as mudanças de gestão nos parques da cidade, e a criação do Parque Augusta foram assuntos em destaque.

A Frente, liderada pelo vereador Ricardo Young (PPS), discutiu também melhoras na compensação ambiental da obra do Rodoanel Norte. O secretário do Meio Ambiente de São Paulo, Ricardo Teixeira (PV), esclareceu alguns questionamentos dos parlamentares relativos ao trabalho da pasta.

Teixeira explicou que está descentralizando o trabalho da secretaria, para que as subprefeituras tenham mais poder para resolver questões locais. Para isso, criou 32 supervisões e enviou um projeto para a Câmara.Trabalhos referentes à educação ambiental, fiscalização e arborização passariam a ser responsabilidade de cada regional.

Obra do Rodoanel recebe multa

Ele ainda comentou aspetos do embargo da obra do Rodoanel Norte. Um erro na passagem da pista foi descoberto por técnicos da secretaria municipal, motivando o embargo e aplicação de multa.

Segundo Teixeira, o “governo do Estado reclama que a Prefeitura não poderia embargar a obra”. Mas, de acordo com o secretário, a Prefeitura tem esse direito por lei. A discussão agora está no setor jurídico.

Recursos para construção do Parque Augusta

Sobre o Parque Augusta, o secretário disse que é favor do construção. A única questão que precisa ser resolvida é financeira. "Havendo de onde tirar recursos, o parque será feito", ressaltou.

Representantes de moradores da Augusta entregaram várias sugestões para arrecadar dinheiro para a criação e manutenção do parque.

Quanto ao Centro Municipal de Campismo (Cemucan), criado em 1968 com a finalidade de divulgar o campismo e atender escoteiros, o problema começou com um pedido da Prefeitura de Cotia, que quer administrar o parque, que está em seu território.

Apesar do pedido ser legítimo, Teixeira acha que dificilmente ele será atendido pela Câmara e pelos técnicos da secretaria. O motivo da recusa é que Cotia não teria condições de manter o Viveiro e o Parque no mesmo bom nível em que estão hoje. Moradores da região em torno do Cemucan compareceram e pediram que o parque continuasse com a cidade de São Paulo.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Young pede a aprovação do Projeto que cria a Política Municipal de Educação Ambiental


Ricardo Young (PPS) usou a tribuna da Câmara nesta quarta-feira (28/8) para pedir o apoio dos parlamentares à aprovação do PL 235/12, de autoria do vereador Dalton Silvano (PV), que dispõe sobre a Política Municipal de Educação Ambiental.

O projeto que prevê a inclusão da Educação Ambiental nas instituições públicas do município foi debatida hoje com a sociedade em uma audiência pública, que contou com a presença de diversas organizações de educadores ambientais.

“Essa é uma lei extraordinariamente importante porque, ao estabelecer a Política Municipal de Educação Ambiental, ela cria condições para que a questão da educação ambiental e da sustentabilidade esteja presente não só na grade curricular das escolas, mas para toda a Cidade, envolvendo o setor público, privado e a sociedade civil organizada”. Abaixo, a íntegra. 

“Sr. Presidente, eu gostaria de compartilhar um evento muito importante ocorrido na Casa hoje, a audiência pública sobre a Lei nº 235, de iniciativa do nobre Vereador Dalton Silvano, que dispõe sobre a Política Municipal de Educação Ambiental.

“Essa é uma lei extraordinariamente importante porque cria condições para que a questão da educação ambiental e da sustentabilidade esteja presente não só na grade curricular das escolas, mas para toda a Cidade, envolvendo o setor público, privado e a sociedade civil organizada”, disse. Abaixo, a íntegra. 

Também agradeço, na pessoa do Sr. Presidente da Comissão de Política Urbana, nobre Vereador Andrea Matarazzo, por ter possibilitado essa discussão, e também aos Srs. Vereadores Police Neto, Dalton Silvano e Nabil Bonduki por estarem empenhados por um diálogo cada vez melhor com a sociedade civil organizada e por uma lei muito próxima do ideal.

Essa Política Municipal de Educação Ambiental está sendo trabalhada por dezenas de entidades através do PRE-CIMEA, e tenho certeza de que na próxima audiência pública que ocorrerá no dia 09 conseguiremos chegar a um substitutivo, construído por todas as mãos das partes interessadas. 

Desde já, faço apelo a todos os colegas Vereadores para que apoiem esse projeto do nobre Vereador Dalton Silvano para que possamos, de forma pioneira, ter a Política Municipal de Educação Ambiental já para o ano que vem. Muito obrigado”.

Líder do PPS saúda a criação da ‘Casa da Mulher Brasileira'



O líder do PPS  na Câmara Municipal, vereador Ari Friedenbach, utilizou a tribuna da Casa nesta terça-feira (28/8) para saudar a criação da ‘Casa da Mulher Brasileira’, órgão federal que terá como prioridade intensificar e combater a impunidade de quem agride mulheres. O Programa, que será lançado em 2014 durante o Dia Internacional da Mulher, tem como objetivo atender cerca de 200 mulheres vítimas de violência por dia. 

O parlamentar aproveitou a oportunidade para dar mais informações sobre o Savis – Serviço de Atendimento às Vítimas Sociais, portal idealizado pelo mandato e que tem como principal objetivo orientar as vítimas de violência. 

“Muitas vezes, as pessoas sofrem violência, mas não sabem a quem recorrer ou aonde buscar ajuda. E o site citado é uma ferramenta muito importante, muito fácil, ágil para as pessoas encontrarem os serviços disponíveis”, explicou. Veja abaixo a íntegra do discurso. 

“Boa tarde, Sr. Presidente; Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras; a você que nos assiste pela TV Câmara São Paulo, a todos que estão na galeria.

Quero falar sobre um importante evento acontecido ontem, do anúncio pelo Governo Federal da criação da Casa da Mulher Brasileira. Esse órgão que vai se instalar a partir do dia 8 de março de 2014, em comemoração ao Dia da Mulher, terá como objetivo primordial intensificar e combater a impunidade de quem agride as mulheres. 

Esse problema preocupa a todos, a violência contra a mulher vem crescendo em nosso país, nas nossas cidades. Temos que, de alguma forma, combater a violência de maneira incisiva. Apesar da Lei Maria da Penha, que teve por objetivo combater a agressão às mulheres, segundo as pesquisas, temos ainda hoje índice de que 54% da população conhece alguma mulher que já foi agredida.

A Casa da Mulher Brasileira tem por objetivo atender 200 mulheres por dia. Ela terá em sua estrutura atendimento de delegados, juízes, promotores e defensores públicos para todas as mulheres encaminhadas a esse atendimento. Haverá também atendimento psicossocial, um alojamento que contará com 20 camas, 20 berços, espaço de convivência e brinquedoteca onde essas mulheres, que precisam ser retiradas dos seus lares, tenham para onde ir, sejam acolhidas de forma a se sentirem protegidas, afastadas do ambiente de extrema violência que vem sofrendo.

Haverá também cursos de capacitação de emprego, com objetivo de tirar essas mulheres dessa situação, desse ciclo de violência para que possam realmente reconstruir sua vida.

Seguindo nessa mesma linha de combate à violência, quero aqui dizer a todos, especialmente aos que nos assistem pela TV Câmara, do portal que nós lançamos, do Savis – Serviço de Atendimento às Vítimas Sociais, www.atendimentoavitimas.com.br. 

Todas as pessoas vítimas poderão encontrar aparelhos públicos ou de organizações não governamentais, ou seja, serviços de atendimento gratuito. Hoje, temos 300 órgãos, são instituições cadastradas para atenderem essas vítimas. De forma simples o cidadão pode acessar o site e encontrar na sua região atendimento adequado no caso de violência sofrida.

Era isso que queria comunicar, é muito importante que as pessoas tenham acesso a esses serviços. Muitas vezes, as pessoas sofrem violência, mas não sabem a quem recorrer ou aonde buscar ajuda. E o site citado é uma ferramenta muito importante, muito fácil, ágil para as pessoas encontrarem os serviços disponíveis. Muito obrigado a todos. Boa tarde”.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Comissão esclarece perseguição a sindicatos durante a Ditadura; Marin será convocado


Com a presença do presidente de honra do PPS e vereador cassado pela Ditadura Militar, Moacir Longo, a Comissão da Verdade Vladimir Herzog da Câmara Municipal ouviu nesta terça-feira (27/8) o juiz aposentado do TRT, José Carlos Arouca – irmão do deputado federal constituinte pelo PCB, Sergio Arouca – e Henrique Buzzoni, advogado sindicalista preso pelo regime militar nos anos 70. 

Arouca, que foi encarcerado em 1964, afirmou que os sindicalistas foram duramente perseguidos pelos militares. Ele admitiu que o regime fardado interveio em sindicatos destituindo diretorias eleitas democraticamente. “Destituía a diretoria para indicar uma junta governativa para se vingar daqueles que tinham vencido. Essa comissão denunciava os sindicalistas que acabavam sendo presos”, disse. 


Entre as principais atribuições dos advogados daquele período, explicou Henrique Buzzoni, estava o papel de conscientizar a população contra o governo. “Nós defendíamos as bandeiras da redemocratização, da anistia e da eleição direta. Além de fazer o nosso trabalho, tentávamos convencer as pessoas a lutarem por essas causas, principalmente dentro dos sindicatos”, afirmou ele, que também foi filiado ao Partidão, o Partido Comunista Brasileiro, hoje PPS.


José Maria Marin

Convidado pela Comissão para dar explicações sobre o seu envolvimento com os militares durante a Ditadura de 64, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, respondeu que o convite deveria ser enviado para a sua residência, e não para a sede da CBF, “pois em 1975 ele não comandava a entidade esportiva”. Agora, em parceria com a Comissão da Verdade Nacional, o colegiado paulistano convocará o homem forte do futebol brasileiro para prestar o seus esclarecimentos.

Veja aqui a resposta de Marin 



“Agora ele não poderá deixar de vir, pois a Comissão Nacional da Verdade tem o poder convocatório. Esperamos ansiosos para ouvir o que o hoje presidente da CBF, e do Comitê da Copa 2014, tem para falar do elogio público que fez ao delegado Sergio Fleury e da acusação de "comunização" da TV Cultura em 1975 quando era deputado estadual, disse Ricardo Young, autor do requerimento que também convida o filho do jornalista, Ivo Herzog.

Suspeito de estar envolvido na repressão durante a Ditadura Militar, Marin era deputado estadual pela Arena quando fez dois discursos, em 1975, contra o então diretor de jornalismo da TV Cultura, Wladimir Herzog - 16 dias antes de sua prisão e morte no DOI-CODI. O filho do jornalista, Ivo Herzog, encabeça uma campanha contra a participação de Marin no comando da Copa do Mundo de 2014.


Leia Mais

UOL - Comissão da Verdade paulistana refaz convocação a Marin sobre Herzog

Estadão - Marin será convocado pela Comissão da Verdade

Evento discute políticas públicas para “filhos do crack”


Câmara Municipal

No auditório Prestes Maia da Câmara Municipal de São Paulo, Fanfarrone e Mafalda, vestidos de palhaço, deram um tom suave para a abertura de um seminário de tema tão pesado: “Filhos do Crack? – Desafios, Experiências e a Construção de Políticas Públicas para a Primeira Infância.”

O seminário discute, principalmente, políticas públicas para proteger a chamada primeira infância. Para isso, especialistas foram ouvidos, como João Augusto Figueiró, do Instituto Zero a Seis; e Joseh Carlos Riechelman, colaborador da instituição e médico da Secretaria Municipal de Saúde.

A conferência é fruto do Grupo de Trabalho criado a partir da ‘Segundas Paulistanas: Crack, Cracolândia e internação compulsória.’ Organizado pelo vereador Ricardo Young (PPS), o evento desta segunda-feira (26/8) tem um foco no período intrauterino até os primeiros seis anos de vida. A escolha deste momento da vida humana se dá porque é fundamental no desenvolvimento neuropsicológico, e serve de base de todos os demais aprendizados. Ou seja, tudo o que acontece nos seis primeiros anos de vida impactam de forma dramática e definitiva na vida das pessoas.

Ex-usuários como Esmeralda Ortiz, Flavio Migliano e Camila Patah prestaram seus depoimentos. E um dos mais emocionantes foi de Esmeralda Ortiz, que é cantora e escritora. Com bom humor, cantou trechos de suas músicas e contou um pouco de sua história. Uma das melhores frases de Esmeralda: “A vida me batia e eu batia mais forte nela”.

Fundo para cuidar de filhos de “dependentes"

Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo mostrou que o Brasil é o maior mercado mundial de crack. 2% fazem uso da droga. Um número equivalente a 3 milhões de pessoas. 46% desses usuários se concentram na região Sudeste do país.

O vereador do PPS, Ricardo Young, deu um exemplo de política pública que poderia ser usada para ajudar as crianças e suas jovens mães usuárias de crack. Ele defende que seja criada uma taxa na venda de bebidas alcoólicas. “A taxa seria pequena, imperceptível para quem compra e para quem vende. Mas mais importante do que a taxa é a criação de um fundo para cuidar das crianças”.

Esmeralda, Migliano e Camila levantaram a bandeira do fim do estigma para o dependente. Para eles, o fardo já é muito pesado para que ainda tenham de lidar com o preconceito social.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Jornal Metro destaca ação do líder do PPS


O Jornal Metro destacou nesta sexta-feira (23/8) a iniciativa do vereador Ari Friedenbach, que lançou na última segunda-feira (19/8) o SAVS – Serviço de Atendimento a Vítimas Sociais, um portal gratuito, de fácil acesso, que traz os principais serviços para o atendimento às pessoas que sofrem qualquer tipo de violência. 

Para conhecer o Portal digite http://www.atendimentoavitimas.com.br

Young critica CPI: "morna, política e burocrática"



O vereador Ricardo Young (PPS) saudou a realização da audiência pública da Comissão de Transportes da Câmara na noite desta quinta-feira (22/8). Para ele, é fundamental que os movimentos sociais se articulem em todos os espaços. 

“Todo e qualquer movimento precisa se articular em todos os espaços. Nós não podemos só fazer as manifestações de rua achando que só elas vão mudar as coisas. É necessário diálogo com as instituições e com os partidos políticos. O encontro de hoje faz parte desse esforço de trazer para cá os movimentos e os sindicatos para que a CPI preste contas do que está fazendo”, disse o parlamentar do PPS referindo-se a ausência de representantes do Movimento Passe Livre. 

Young reclamou do “clima morno” da CPI dos Transportes. “É uma comissão de inquérito burocrática, política. Essa questão do transporte é para valer, pois enfrentamos um colapso de mobilidade em São Paulo. É necessário ampliar o escopo de atuação da CPI”, concluiu. 

Veja Mais 

PPS vai debater e analisar proposta do "Passe Livre"

G1: Grupo protesta após audiência com vereadores sobre transporte em SP


Foto - Luiz França/CMSP

Manifestantes bloquearam a rua em frente à Câmara Municipal de São Paulo e depois seguiram em caminhada por vias do Centro na noite desta quinta-feira (22). Pouco antes das 22h, o grupo se dispersou na frente do Theatro Municipal sem registro de incidentes.

O ato começou na Câmara pouco depois das 20h justamente no momento em que vereadores encerravam uma audiência pública sobre os transportes na capital paulista. O encontro foi uma das reivindicações do ato realizado há duas semanas e que terminou com vandalismo na Câmara.

Nesta noite de quinta, com a chegada dos manifestantes, a Polícia Militar isolou o prédio. Os jovens que se dirigiram à Câmara em caminhada - alguns deles mascarados e com símbolos da anarquia - se agruparam diante da barreira policial.  O grupo ganhou quórum com a saída de pessoas que estavam na plateia da audiência.

A chegada dos manifestantes ocorreu já no fim do encontro. Uma das pessoas que estava no auditório tomou o microfone do vereador Senival Moura e anunciou que estava ocorrendo um novo ato. O jovem foi impedido de continuar falando e o encontro foi encerrado.

Após o incidente, a Polícia Militar começou a acompanhar a saída dos que formavam a plateia.

Debate

Autoridades municipais e estaduais de transporte público faltaram ao encontro que discutiria o tema, embora o presidente da Casa, José Américo, garanta que tenha feito convites a todos.

A realização da audiência foi revindicada pelo manifestantes no protesto realizado há duas semanas. O ato terminou com a destruição da fachada da Câmara. Eles pediram acesso aos dados discutidos na CPI dos Transportes, criada após as manifestações de junho.

Os manifestantes foram recebidos por dez dos 55 vereadores, entre eles, Américo e o presidente da CPI, Paulo Fiorilo (PT). Embora a maioria fosse ligada ao governo, havia também integrantes da oposição, entre eles, Ricardo Young (PPS) e  Eduardo Tuma (PSDB).

Policiais militares revistaram bolsas e mochilas  dos convidados antes de permitir o acesso. A entrada no plenário da Câmara foi vetada. A plateia foi formada por manifestantes da Assembleia Nacional dos Estudantes - Livre (Anel) e por sindicalistas aliados ao presidente do Sindicato dos Motoristas, Jorge Hissao, o Jorginho. Também falou o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres.

Na plateia, os estudantes gritaram palavras de ordem como "Três reais não dá, queremos passe livre, passe livre já"; "Chega de mutreta, eu quero abrir a caixa preta" ou "Haddad e Alckmin, prestem atenção. Eu tô na luta pela estatização."

O  tucano Eduardo Tuma foi vaiado pelos estudantes enquanto discursava quando ele pediu que as reivindicações não fossem politizadas. Fiorilo também foi questionado ao dizer que tem Bilhete Único e usa transporte público.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Audiência debate o transporte público na cidade

Conforme combinado na manifestação ocorrida na semana passada, a Câmara Municipal de São Paulo realiza, nesta quinta-feira (22/8), audiência pública sobre transporte público. O encontro ocorre às 18h, no Auditório Freitas Nobre. 

A audiência é aberta a toda a população e terá transmissão ao vivo pela TV Câmara pelos canais 7 e 13 da NET ou 61,4 na TV aberta digital. O encontro será transmitido também pelo portal da Câmara (www.camara.sp.gov.br), no link Auditórios Online.

Com pouca participação, Subcomissão de Mobilidade Urbana encerra atividades na Câmara



Devido à falta de quórum durante a maioria das reuniões quinzenais que realizava, a Subcomissão de Mobilidade Urbana foi extinta nesta quarta-feira (21/8) pela instância à qual era subordinada, a Comissão de Transportes da Câmara. 

Presidida pelo vereador Ricardo Young (PPS), o subgrupo havia sido criado para discutir o uso de modais como a bicicleta e o táxi, bem como para debater e propor soluções específicas para a melhoria da mobilidade em São Paulo. A iniciativa de encerramento dos trabalhos partiu do próprio presidente.

Dentre os oito encontros realizados pela Subcomissão, cinco deles não contaram com o número mínimo de participantes necessário. A Subcomissão era composta, além do presidente, por outros cinco parlamentares: Senival Moura (PT), Vavá dos Transportes (PT), Coronel Telhada (PSDB), Souza Santos (PSD) e Claudinho de Souza (PSDB), todos participantes da Comissão principal do tema.

Mesmo com pouco público, entretanto, o grupo foi responsável por realizar reuniões importantes, como a que contou com a presença do representante da CET, Ronaldo Tonohbon, para discutir as propostas do órgão para a cicloatividade. Outro encontro relevante foi o que discutiu, com organizações e associações de motoristas de táxis, o atual modelo de funcionamento do modal em São Paulo.

A Subcomissão de Mobilidade Urbana terá seus trabalhos incorporados à Frente Parlamentar de Mobilidade Humana, que debate tópicos semelhantes aos do subgrupo mensalmente e que conta com a participação indireta da sociedade civil. O então presidente da Subcomissão, vereador Ricardo Young, também é secretário da Frente pela Mobilidade Humana, presidida por Floriano Pesaro (PSDB).

Pauta do dia

Dos 14 projetos de lei avaliados pelos vereadores da Comissão na reunião, dez foram aprovados pelo colegiado. Entre eles, o PL do vereador Jair Tatto (PT), que propõe a criação do Bilhete Único diário. A proposta será encaminhada à discussão em plenário.

Ainda na reunião, Ricardo Young criticou o incentivo que será dado pela Prefeitura ao adensamento de áreas no entorno dos corredores de ônibus e estações de metrô. A proposta foi apresentada pelo prefeito Fernando Haddad no lançamento da minuta do Plano Diretor da cidade, nesta segunda-feira (19).

“Teremos um adensamento brutal nessas áreas. Se a ideia é colocar as pessoas próximas às alternativas de mobilidade, o tiro pode sair pela culatra. Poderemos sobrecarregar o sistema em grande escala”, declarou Young.

Projeto aprovado prevê obras viárias em Itaquera

Os vereadores aprovaram na tarde desta terça-feira (20/8), durante Sessão Extraordinária, o Projeto de Lei 447/12, que autoriza a construção de duas grandes avenidas em uma antiga pedreira localizada em Itaquera e que pertence a um único proprietário – a Itaquera Corporações. 

A obra, que será realizada pela Dersa, não atenderá o futuro estádio do Corinthians, a Arena Itaquera. Além dessa discussão, o projeto aprovado em segunda votação não é claro se o proprietário doará a área para a municipalidade, fato que preocupou alguns vereadores da base governista e da oposição, como os vereadores Police Neto (PSD), Gilberto Natalini (PV), Toninho Vespoli (PSOL) e Ricardo Young (PPS) – os três últimos votaram contra. 

A desapropriação da área pode gerar um gasto de R$ 30 milhões para os cofres públicos. Para Police Neto, que se absteve na votação, “não existe nenhuma garantia de que o proprietário vai doar o terreno onde vão ser feitas as obras. A minha convicção transmitida aos vereadores em plenário foi esperar um ou dois dias para ter a documentação que garanta que a doação acontecerá de fato”.

Para Ricardo Young, o interesse imobiliário tem forçado as decisões na Casa “com açodamento”. “Não havia a necessidade de se votar o projeto com essa pressa, pois era perfeitamente plausível aguardar a doação do terreno pelo proprietário. Mais uma vez, tomamos uma decisão que pode custar caro ao município”, declarou. 

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Young acompanha apresentação das diretrizes do novo Plano Diretor



Acompanhado de outros parlamentares, o vereador Ricardo Young (PPS) participou na manhã desta segunda-feira (19/8) da apresentação da proposta do Plano Diretor em anúncio feito pelo prefeito Haddad, em evento realizado na sede da Prefeitura. O Projeto está previsto para chegar à Câmara em 30 dias. 

Pelo novo Plano, serão concedidos incentivos fiscais radicais para ocupação comercial na Zona Leste: redução do ISS para 2%, zero IPTU, zero outorga onerosa para coeficiente máximo de ocupação (4), zero de ITBI.  

Nos perímetros dos corredores de ônibus, o potencial construtivo será aumentado, na medida em que os projetos forem contratados. As desapropriações para abertura de eixos viários já serão compensadas em potencial construtivo.

Veja aqui a proposta da Prefeitura. 

Durante Seminário, Ari Friedenbach anuncia criação de portal para vítimas de violência urbana



Tentando entender, analisar e achar soluções para os altos índices de violência na Capital, o líder do PPS na Câmara Municipal, vereador Ari Friedenbach, promoveu nesta segunda-feira (19/8), no Salão Nobre da Casa, o I Seminário de Atendimento a Vítimas Sociais. Ao final, o parlamentar anunciou a criação do SAVS – Serviço de Atendimento a Vítimas Sociais, um portal gratuito, de fácil acesso, que traz os principais serviços para o atendimento às pessoas que sofrem qualquer tipo de violência. 

“O Portal vai disponibilizar todos os serviços existentes a vítimas de violência, divididos por região da cidade. Segundo ele, cerca de 300 endereços, entre órgãos governamentais e não-governamentais, já foram cadastrados (ONGs, universidades, instituições religiosas, entre outros).

Para Friedenbach, o Seminário servirá de base para a elaboração de projetos na área da segurança pública. “Nós vamos fazer a compilação de tudo o que foi dito aqui para tirarmos propostas e informações que podem nos ajudar a elaborar políticas públicas na área da segurança das pessoas”. 

O Seminário tentou apresentar respostas e caminhos que melhorem o atendimento a vítimas da violência urbana na cidade, mas também debateu a questão da reinserção do infrator na sociedade. 



O evento foi dividido em quatro blocos: 

Apoio psicossocial e de saúde a vítimas de violências e traumas

Palestrantes: Dr. Guido Palomba, psiquiatra, Dr. Jefferson Drezett, coordenador do programa Bem Me Quer do hospital Pérola Byington, Cristiane Pereira, do Cravi - Centro de Referência e Apoio à Vítima.

Serviços especializados em atendimento a vítimas de violência e diversidade (mulher, negro e LGBT)

Palestrantes: Rachel Rocha, vice-presidente da comissão de diversidade da OAB/SP; Dra. Margarete Barreto, Delegada especializada em crimes raciais, Branca Paperetti, coordenadora da Casa Eliana de Grammont.

Vítimas de preconceito e de fato: Como oferecer atendimento a familiares de agressores e acabar com as barreiras de preconceito

Palestrantes: Dr. Paulo Sérgio Calvo, psiquiatra forense, Dra. Rosemary Myahara, psicóloga da PUC/SP, Dr. Carlos Weis, defensor público.

Reinserção e reabilitação de jovens e adultos egressos na sociedade 

Palestrantes: Chinaider Pinheiro, coordenador do projeto Empregabilidade do Afro Reggae, Roberto Silva, professor da faculdade de educação da USP, egresso da antiga Febem, Marisa Fortunato, coordenadora pedagógica da Fundação Casa.


Audiência pública vai debater projeto de Ari Friedenbach

Na próxima quarta-feira (21/8), o projeto de lei 18/2013, de autoria do vereador Ari Friedenbach (PPS) — que institui a realização do sacolão de material escolar — será debatido em audiência pública realizada a partir das 13h30, na Sala Tiradentes.

Estarão na pauta de discussão também projetos de diversos vereadores.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Seminário debate atendimento às vítimas e violência em São Paulo



O vereador Ari Friedenbach, líder do PPS, promove no próximo dia 19 de agosto, às 19 horas, no Salão Nobre da Câmara o I Seminário de Atendimento às Vítimas Sociais da Câmara Municipal. 

“Queremos discutir as melhores práticas para atendimento de saúde e psicológico de vítimas de violências”, explica o parlamentar.

O seminário abordará quatro temas: 

• Apoio psicossocial e de saúde a vítimas de violência e traumas em geral 
• Como oferecer atendimento a familiares de agressores, ultrapassando a barreira de preconceitos
• Serviços especializados no atendimento a vítimas da diversidade (mulheres, negros, LGBT)
• Reinserção na sociedade e reabilitação de jovens e adultos egressos do sistema penitenciário

Para participar, é só confirmar a presença pelo e-mail lcarruda@camara.sp.gov.br

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Audiência pública na Câmara vai debater o transporte público na cidade


Centenas de manifestantes ligados a diversos grupos estudantis participaram na noite desta quarta-feira (14/8) de manifestação diante do prédio Câmara Municipal. Em pauta, melhorias no transporte público da cidade. Ouve confusão entre policiais e manifestantes e diversas pedras e chuchus (em alusão ao governador Alckmin) foram jogados contra as vidraças da edilidade. Um policial e um cinegrafista amador ficaram feridos na confusão. 

O vereador Ricardo Young (PPS), que foi um dos vereadores que mais lutou pela instalação da CPI do Transporte Municipal na Casa, mediou o diálogo entre manifestantes - que protestavam contra a ser Comissão de Inquérito ser "chapa branca" - e vereadores. No final, ficou acertado a realização de uma audiência pública na próxima quinta-feira, dia 22, às 18h30, no Salão Nobre da Câmara Municipal (8º andar).

O presidente da Câmara, José Américo (PT), garantiu que os movimentos terão acesso a todos os documentos analisados pela CPI - os mesmos que, segundo o presidente da CPI, Paulo Fiorilo (PT), não poderiam ser divulgados no site da Câmara por serem “sigilosos”. 



Os movimentos prometem organizar uma pauta em que seus porta-vozes possam apresentar as demandas de cada organização para o transporte. Pediram garantia dos vereadores para que tenham voz e que a Polícia não retire cidadãos do auditório - como aconteceu na 1ª reunião da CPI dos Transportes.

“Ofereci minha garantia e também pedi que mantenham a atenção e a pressão sobre a Casa, que tem uma CPI em andamento. Ainda que ela seja ‘chapa branca’, é um instrumento que pode ser melhor utilizado se a população acompanhar a agenda dos trabalhos e pressionar continuamente’. 

Leia Mais no Blog do PPS 

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Young pede transparência no combate à corrupção

Em Comunicado da Liderança do PPS realizado nesta terça-feira (13/8), o vereador Ricardo Yong afirmou que o Brasil está em um momento histórico e excepcional para colocar a corrupção no seu devido lugar: “punir os culpados e jogar a transparência em todas as relações entre público-privado”. Na oportunidade, vereadores debatiam o caso Siemens-Alston e a suposta formação de cartel envolvendo servidores do governo do Estado de São Paulo. Leia abaixo a íntegra.

“Sr. Presidente, gostaria de voltar a esse tema, porque talvez não seja de conhecimento de todos nesta Casa que a Siemens, na década de 2000, quase foi destruída por um caso internacional de corrupção e foi quase adquirida nas bolsas internacionais porque o seu valor foi para perto de zero. Por pouco ela não foi desmembrada e não some do mapa. Aliás, como sumiram, também, muitas empresas no rastro da crise de 2008.

O que os governantes não estão fazendo é aprender com o que o setor privado está aprendendo. Nós vivemos num mundo que não tolera a falta de transparência. Está aí o caso Snowden, revelando a invasão indevida do Poder Público na vida privada. Temos uma série de exemplos que mostram que não há mais tolerância da sociedade com o abuso do poder e com a invasão da esfera privada e dos direitos dos indivíduos. Os governantes não estão aprendendo isso, o que é uma pena.

Em função da crise com a Siemens, ela mudou o seu comportamento e passou a colaborar com governos de todo o mundo, e o combate à corrupção se tornou central para a empresa, que criou um fundo junto ao Banco Mundial para financiar organizações da sociedade civil que ajudam no combate à corrupção. E o que fazem os governantes? Os governantes querem esconder a corrupção, mesmo quando a evidência é absoluta. Os governantes querem minimizar as consequências da corrupção. Os governantes querem relativizar a corrupção em função do debate político eleitoral. É isso que temos de acabar na política, pois corrupção é corrupção. Corrupção do PT, do PSDB ou de quem quer que esteja no poder. É um ato de lesa-pátria. É um ato contra a população brasileira, contra os recursos que deveriam estar indo para a Educação, para os Transportes, para a Saúde e assim por diante. Nós somos lenientes e coniventes com a roubalheira, e parece que a posição partidária relativiza a gravidade disso.

Acho, Sr. Presidente, que estamos num momento excepcional da história do Brasil para colocar a corrupção no seu devido lugar; isto é, punir os culpados e jogar a transparência em todas as relações entre público-privado.

Então, o Sr. Governador Alckmin, e  espero que a liderança do PSDB nesta Casa acompanhe essa mesma recomendação, deveria se antecipar ao processo, abrir, sim, a CPI e fazer todas as investigações que estão e dar à população o direito de saber o que está acontecendo. Assim como foi feito com o mensalão, esperamos que o Supremo não recue, assim como a CPI desta Casa, porque a CPI da Câmara Municipal do Rio de Janeiro tentou assim não agir e acabou sendo invadida. Estamos em outro momento da história do País e da política. A população não transigirá, não mais tolerará a corrupção. Aqueles que tentarem enganar e manipular a população pagarão caro pelas consequências, não só nas urnas como na forma de manifestações e de invasão de instituições.

Apelo a todos os Vereadores desta Casa, independentemente de partido, para que cerremos uma frente contra a corrupção e a denunciemos, esteja onde estiver. Não dá mais para tapar o sol com a peneira. Muito obrigado, Sr. Presidente”.

Por uma cidade mais viva, justa e acolhedora



Ari Friedenbach e Ricardo Young, vereadores do PPS 

O compromisso do PPS e de seus dois vereadores com a população de São Paulo é ajudar a debater e aprovar um Plano Diretor que promova o desenvolvimento sustentável e garanta uma cidade mais feliz e acolhedora, sem perder de vista os ideais democráticos, da cidadania plena e da justiça social.

Esse compromisso tem como referência o "Programa Cidades Sustentáveis", iniciativa proposta pela Rede Nossa São Paulo, pela Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis e pelo Instituto Ethos, com o objetivo de que as cidades brasileiras se desenvolvam de forma econômica, social e ambientalmente sustentável.

A capital de São Paulo sempre foi generosa com sua população, tanto com os nascidos aqui quanto com os que a escolheram para viver. Durante dezenas de anos, São Paulo foi um polo de atração de migrantes de várias partes do Brasil, que buscavam aqui a prosperidade, oportunidades e qualidade de vida. Por isso, é difícil crer que 56% dos moradores se mudariam da cidade se tivessem possibilidade de fazê-lo, conforme apontou uma pesquisa realizada pela Rede Nossa São Paulo no início desse ano.

Esse dado importante nos leva a refletir o porquê desse desejo. O que levou a cidade a perder sua magia e encanto. Uma das respostas vem da própria pesquisa: para 91% dos paulistanos, a violência é a principal preocupação dos moradores, que consideram São Paulo um lugar pouco ou nada seguro para se viver. Violência em geral, assaltos/roubos, tráfico de drogas e sair à noite são as situações que geram mais medo no dia a dia na cidade.

Nosso partido tem como bandeira a qualidade de vida. Segurança é componente fundamental para garantir o bem estar. Como o combate à violência é função do estado e não do município, a ajuda, no âmbito municipal, é mais de prevenção e monitoramento.

A cidade pode colaborar, por exemplo, dando a importância merecida a Guarda Civil Metropolitana, cujo efetivo está defasado. Dos cerca de 6 mil colaboradores, apenas 1,5 mil estão realmente nas ruas fazendo o trabalho de prevenção. Por isso, tirar do papel o concurso público, que não acontece desde 2004, é fundamental. Além disso, precisamos melhorar as condições de trabalho, com mais treinamento, equipamentos modernos, melhores salários para o efetivo da corporação.

A cidade também pode colaborar com a melhoria na prestação de serviço de iluminação pública. Hoje, esse serviço, que é terceirizado para uma concessionária, privilegia a iluminação de vias por onde passam carros. No entanto, as calçadas, muitas vezes estão mal iluminadas, facilitando ações de criminoso. Nos bairros de periferia o problema ainda é mais grave, já que ainda há muitos locais que não contam com iluminação pública.

A cidade também deve enfrentar a questão da educação de qualidade. A pesquisa da Rede Nossa São Paulo também afirma que na educação, a falta de vagas em creches/pré-escolas e a falta de respeito e valorização dos profissionais da educação destacam-se entre os pontos mais críticos na percepção dos paulistanos. As escolas municipais, que atendem principalmente os alunos do ensino fundamental, devem ter o foco na capacitação de professores, na formação cidadã das crianças e na educação em período integral.
As cidades são o destino de tudo que é produzido no planeta. Porém, não devolvem quaisquer benefícios para o ambiente; apenas o sugam. São buracos negros. Para evitar que esses buracos drenem com cada vez mais intensidade as matérias-primas que sustentam a Vida, precisamos garantir uma reviravolta na urbanização. E São Paulo, a grande consumidora dos recursos naturais do país, pode ser um exemplo de reversão desse processo.

O Plano Diretor só será capaz de reverter essa fórmula da insustentabilidade se equilibrar os pilares econômico, social e ambiental no cerne de sua lógica. A versão elaborada em 2002 trata os problemas ambientais em itens periféricos e desarticulados de outras propostas. O desafio dos vereadores agora é exercitar, até o final do ano, um olhar sistêmico sobre a cidade, com ouvidos atentos à sociedade civil paulistana.

Diversas organizações formularam o plano “São Paulo 2022”. A publicação reúne diretrizes e metas, com base no sucesso de grandes cidades pelo mundo, para que a São Paulo dos próximos dez anos seja mais democrática - com o poder descentralizado - e saudável - com rios despoluídos e descanalizados, 100% dos resíduos sólidos reciclados, expansão das áreas verdes como alívio para o clima, entre outros.

A proposta ainda mostra a viabilidade da mobilidade urbana, economia criativa e inclusão digital. Sua maior contribuição, no entanto, é expor a fórmula, que se equaciona quando retornamos para o ambiente os benefícios que retiramos. Desinventar o lixo e fazer com que a vida útil dos produtos também seja circular, como todos os processos naturais, é um dos exemplos de como devem funcionar as políticas para uma cidade sustentável. Nela, o ser humano troca o papel de “sujeito de direitos infinitos” pelo de Guardião da Vida.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Haddad promete manter interlocução com Frente Pela Sustentabilidade

Em encontro realizado na última sexta-feira, na sede da Prefeitura, o prefeito Fernando Haddad se mostrou sensível às questões levantadas pelos vereadores da Frente pela Sustentabilidade e prometeu manter diálogo com a equipe de parlamentares com quem debateu a gestão ambiental da cidade na última sexta-feira.

Formada por vereadores de diversos partidos, a Frente deixou de lado o tom político para levar ao Executivo temas como a flexibilização das regras para inspeção veicular e a sensibilização ambiental do governo estadual e da empreiteira Dersa quanto às obras do Rodoanel, que poderá gerar danos à região da Cantareira. Segundo o prefeito, a verba necessária para a compensação ambiental no município gira em torno de R$200 milhões, muito aquém do que o projeto oferece. 

Tanto para o tema da inspeção quanto do Rodoanel, Haddad pediu ajuda dos vereadores na interlocução com o governo estadual. Mesmo defendendo o trabalho da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), Haddad ouviu críticas dos vereadores em relação à desestruturação e desqualificação técnica de alguns setores da SVMA, principalmente em relação aos parques urbanos. 

O prefeito ainda se mostrou surpreso ao ser lembrado da meta que a cidade tem para 2018: a utilização de biocombustível em toda a frota de ônibus. A medida está prevista na Política Municipal de Mudanças Climáticas, aprovada em 2009.

Participaram da conversa os vereadores Mário Covas Neto, Aurélio Nomura e Floriano Pesaro (PSDB), Nabil Bonduki (PT), Gilberto Natalini (PV), Ari Friedenbach e Ricardo Young, ambos do PPS.

O almoço com o prefeito aconteceu depois de o Secretário Municipal do Meio Ambiente, Ricardo Teixeira, ter desmarcado por três vezes uma reunião com os parlamentares.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Haddad almoça com parlamentares da Frente pela Sustentabilidade

Nesta sexta-feira (9/8) o prefeito Fernando Haddad recebe os vereadores da Frente Parlamentar pela Sustentabilidade para um almoço na Prefeitura. Restrita aos parlamentares, o almoço está previsto para começar ao meio-dia.

Na pauta está a atuação da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), em questões que vão desde a gestão dos parques urbanos até os planos municipais de emissão de gases-estufa e da Mata Atlântica, que precisariam de envolvimento da SVMA para serem implementados. 

Dos 13 vereadores que integram a Frente, até agora confirmaram presença Ari Friedenbach (PPS), Aurélio Nomura (PSDB), Floriano Pesaro (PSDB), Police Neto (PSD), Juliana Cardoso (PT), Laercio Benko (PHS), Mario Covas Neto (PSDB), Nabil Bonduki (PT), Toninho Vespoli (PSOL) e Ricardo Young (PPS). 

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Young deseja novos corredores de ônibus integrados a todos os modais



Ricardo Young usou a tribuna da da Câmara Municipal nesta quarta-feira (7/8) para chamar a atenção sobre a instalação dos novos corredores de ônibus da cidade que, segundo ele, “não estão articulados com outros modais”. “Esses corredores não estão deixando soluções claras em relação à cicloatividade, aos pedestres e à sinalização”. Leia abaixo a íntegra do discurso. 

“Sr. Presidente, boa tarde. Esta semana pudemos observar a implantação de vários novos corredores de ônibus na Cidade. Já temos recebido manifestações de muitos cicloativistas que esses corredores não estão deixando soluções claras em relação à cicloatividade, aos pedestres e à sinalização.

O Sr. Secretário de Transportes em esclarecimento à Rede CBN, hoje, disse que há uma preocupação da Secretaria em fazer ajustes. Parece-me que isso é bastante natural uma vez que o impacto desses novos corredores perturba a rotina da Cidade. Esperamos que essa implantação seja para melhor. 

Considero que a implantação dos corredores de ônibus sem articulação apropriada com outros modais pode trazer o resultado oposto, isto é: temos uma aceleração da velocidade dos ônibus, uma diminuição da velocidade dos automóveis, que vem diminuindo sucessivamente, e não oferecemos alternativas de outros modais, como a cicloatividade e locomoção não motorizada, com sinalizações e calçadas, enfim, com a infraestrutura necessária.

Hoje, na Comissão de Transportes, conversamos um pouco sobre isso. Estou fazendo um requerimento para, na semana que vem, convidar as autoridades para explicar melhor qual vem sendo a racionalidade sobre os corredores e como eles se articulam com esses outros modais. Estamos na maior expectativa e esperamos, em breve, dar um retorno bastante positivo para os cicloativistas. Muito obrigado, Sr. Presidente”.

Friedenbach preside audiência pública da Comissão de Saúde


Foto - Luiz França/CMSP

O líder do PPS na Câmara Municipal, vereador Ari Friedenbach, presidiu nesta quarta-feira (7/8) audiência pública realizada pela Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher que debateu com a população dez projetos da Câmara Municipal.

Dentre eles o projeto sobre a obrigatoriedade da presença de nutricionistas nas Unidades Básicas de Saúde e o que institui o Programa “Saúde Móvel”, para ampliar o atendimento da criança e do adolescente. Veja mais em 

Os parlamentares também debateram o PLO 1/2013, de autoria do vereador Gilberto Natalini (PV), que altera a Lei Orgânica do Município ao determinar a vinculação de 20% dos impostos da cidade para o Sistema de Saúde Municipal.

Segundo a Legislação, Municípios e o Distrito Federal devem aplicar anualmente, no mínimo, 15% da arrecadação dos impostos em ações e serviços públicos de saúde. Entretanto, desde 2009, de acordo, com a justificativa de Natalini, a capital paulista já investe uma quantia acima da obrigatória na saúde pública, o que, ao seu ver “justifica a viabilidade da proposta.” “Como se sabe, nossa rede pública de saúde acolhe e atende usuários de outros municípios e até mesmo de outros estados. Por isso, há necessidade, e até urgência, de novos aportes financeiros”, ressalta a justificativa.

Vereadores do PPS saem em defesa de Andrea Matarazzo

Os vereadores Ari Friendbach e Ricardo Young usaram a palavra na sessão ordinária desta terça-feira (6/8) em solidariedade ao vereador Andrea Matarazzo (PSDB), que foi acusado em uma reportagem da Folha de S. Paulo (6/8) de ter sido indiciado pela Polícia Federal por, supostamente, ter recebido favorecimentos da empresa Alston.

“A forma como o jornal denunciou essa questão evidenciou absoluta má fé”, disse Young. Para Friendbach, “não há o que temer, espero que tenha (Matarazzo) o espaço merecido para recompor as notícias equivocadas que foram colocadas”. 

Veja abaixo, a íntegra do discurso dos vereadores do PPS:

Ari Friendbach

“Não posso deixar de abrir minha fala hoje, como todos, apoiando o nosso amigo e Vereador Andrea Matarazzo, alguém que conheci através da imprensa e na vida pública; tive a honra de me tornar seu amigo e de respeitá-lo profundamente. É uma pessoa que realmente fez um trabalho muito digno, como já foi aqui referido, em todas as esferas de governo; mostra-se um vereador extremamente equilibrado e propositivo. Não tenho medo de afirmar: agiu sempre com extrema honestidade, em todos os momentos de sua vida pública. Conte sempre com o nosso apoio. 

Tenho receio de quando a imprensa, de forma extremamente leviana, coloca uma manchete, manchando o nome de uma pessoa. Infelizmente, a grande massa da população no máximo lê as manchetes, não as notícias. Dessa forma irresponsável, o nome das pessoas é colocado na lama e, na maioria das vezes, o dano é irreparável. 

Quero registrar nosso apoio incondicional ao nobre Vereador Andrea Matarazzo. Tenho certeza de que não há o que temer, espero que tenha o espaço merecido para recompor as notícias equivocadas que foram colocadas”. 

Ricardo Young

“Faço uso do microfone de apartes para me solidarizar com o nobre Vereador Andrea Matarazzo, assim como o fez o nobre Vereador Tuma. Tudo que precisaria ser dito em relação aos serviços prestados pelo nobre Vereador Andrea Matarazzo já o foi.

Mas é muito importante que a Casa não haja corporativamente. Normalmente, quando há denúncias em relação aos membros da Casa, a tendência é se calar. Mas neste caso – assim como em outros – não só a Casa não deve se calar como deve denunciar a leviandade do artigo publicado hoje no jornal Folha de S. Paulo. A forma como o jornal denunciou essa questão evidenciou absoluta má fé. Não podemos aceitar que má fé ou interesses políticos escusos sejam usados de forma ilegítima, contra quaisquer dos nossos pares”.

Líder do PPS convida para o I Seminário de Atendimento às Vítimas Sociais



O líder do PPS na Câmara Municipal, vereador Ari Friedenbach, usou o Pequeno Expediente nesta terça-feira (6/8) para convidar toda a sociedade a participar do I Seminário de Atendimento às Vítimas Sociais, na Câmara Municipal, que será realizado no próximo dia 19 de agosto, a partir das 9h, no Salão Nobre da Câmara. Veja a íntegra do discurso: 

“Sr. Presidente, Srs. Vereadores, ouvintes e telespectadores que nos acompanham pela TV Câmara São Paulo, primeiro gostaria de dizer sobre a minha satisfação em estar de volta a este Plenário, depois do período de recesso que tivemos. Penso que foi muito importante para reavaliarmos e retomarmos a energia para começar um segundo semestre de forma bastante positiva. Espero que consigamos fazer muito pela cidade de São Paulo, como já temos feito - se Deus quiser, bem melhor.

Gostaria de convidar todos os nobres Vereadores e os nossos telespectadores para, no próximo dia 19, participarem do I Seminário de Atendimento às Vítimas Sociais, na Câmara Municipal. O seminário se dividirá em quatro blocos. A abertura será às 9h e convido os nobres Vereadores que tiverem interesse - e espero que todos o tenham - para nos acompanhar nesse importante debate.

Nos quatro módulos teremos várias pessoas abalizadas para discutir esse assunto. O primeiro módulo terá como tema o apoio psicossocial e à saúde das vítimas de violência e traumas; o segundo bloco terá como tema os serviços especializados de atendimento às vítimas de violência e diversidade, em que será discutido o problema da mulher, dos negros e da comunidade LGBT; o terceiro bloco terá como tema as vítimas do preconceito e, de fato, como oferecer atendimento a familiares de agressores e acabar com as barreiras de preconceito e o último bloco terá como tema a reinserção e reabilitação de jovens e adultos, egressos do sistema penitenciário, na sociedade.

Acho que esse debate novo com pessoas interessantes vai enriquecer muito o nosso conhecimento e poderemos ajudar discutindo essas políticas de atendimento às vítimas da nossa sociedade que, infelizmente, são muitas. Façam suas inscrições e é importante podermos quantificar, pois há muitas pessoas que estão procurando o nosso gabinete porque querem participar do seminário e espero contar com o apoio e a presença de todos os colegas”.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Ativismo digital vai mudar a cara da política, diz pesquisador


Câmara Municipal
Foto - Luiz França / CMSP

Um novo meio de comunicação que mudou a forma das pessoas se relacionarem e, consequentemente, sacudiu o mundo político pouco tempo depois. É assim que o jornalista e professor da UFRJ Carlos Nepumoceno descreve a invenção da prensa de tipos móveis por Gutemberg, no século XV. E também a criação da internet, no final do século XX. Para o pesquisador, há muito mais em comum entre as duas épocas do que parece.

Segundo Nepumoceno, que participou por teleconferência do debate “Olhares sobre uma sociedade em transição”, realizado na Câmara nesta segunda (5/8), as duas invenções formaram gerações com maneira de processar e compartilhar informações totalmente diferentes das precedentes.

E essas mudanças repercutiram na política. A invenção de Gutemberg teve um papel crucial no surgimento da Reforma e na queda das monarquias europeias alguns séculos depois. E as manifestações de junho no Brasil, assim como a Primavera Árabe e o Occupy Wall Street, podem ser os primeiros sinais de revolta contra a política tradicional, “analógica”.

"A representação que eles [os ativistas] construíram na rede é uma outra representação, que não permite que eles sejam dominados pelo modelo passado", declarou o jornalista. "Esse novo modelo vai ser baseado em uma comunicação algorítmica, que consegue trabalhar com uma grande quantidade de dados."

Já o vereador Ricardo Young (PPS), que organizou o tradicional "Segundas Paulistanas", acredita que ainda é cedo para delinear o caráter e a profundidade das mudanças, mas considera urgente criar pontes para que os manifestantes se aproximem dos “canais tradicionais” da política.

“O grande desafio hoje é descobrir como a política partidária tradicional pode se articular e dialogar de forma legítima com esses movimentos. Porque os movimentos não reconhecem os partidos como espaço de fazer política”, afirma Young.

Encubadora de movimentos sociais

Uma das experiências inovadoras debatidas durante o evento é a da Purpose, que pretende ser uma “encubadora de movimentos sociais”. “Nós ajudamos a moldar o movimento social. Desde sua análise estratégica, a forma que ele vai se organizar, o tipo de campanha que ele vai desenvolver”, explica Renato Guimarães, coordenador de estratégia da organização.

A ideia é que, com a ajuda e a formação recebida, o movimento ganhe força e autonomia para caminhar sozinho no médio prazo. Um exemplo de projeto “encubado” pela Purpose é o movimento Meu Rio, cujo objetivo é aproximar o cidadão comum da construção de políticas públicas.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Audiências públicas devolutivas do Programa de Metas serão realizadas em agosto

Portal da Prefeitura Municipal

Mais de 6 mil pessoas participaram das 35 audiências públicas promovidas pela Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão (Sempla) em diversas regiões da cidade para a discussão das 100 metas apresentadas pelo prefeito Fernando Haddad. Em agosto, nos dias 17 e 24, a Sempla voltará a cada uma das subprefeituras para apresentar aos cidadãos a versão final do Programa de Metas 2013-2016, elaborada de forma participativa.

No total, mais de 9 mil propostas foram sugeridas pela população durante as reuniões e também enviadas à secretaria pela internet. As sugestões foram computadas e sistematizadas de modo a otimizar o plano original. Além disso, a participação popular propiciou a criação de um banco de dados que servirá para as futuras reavaliações do programa.

Chamadas de devolutivas, as novas reuniões marcarão o início de uma nova etapa do Ciclo Participativo de Planejamento e Orçamento organizado pela Prefeitura e coordenado pela Sempla. Isso porque também terão início as discussões em torno do Plano Plurianual 2014-2017 (PPA 2014-2017).

Confira aqui o cronograma das devolutivas e os endereços dos locais onde serão realizadas.

O Estado de S. Paulo: Com Haddad, Câmara fica mais governista

Estadão Conteúdo


São Paulo - No primeiro semestre da gestão Fernando Haddad (PT), a Câmara Municipal foi mais governista do que em igual período do governo Gilberto Kassab (PSD). Em menos de cinco meses, os vereadores transformaram 26 propostas do governo em leis - média de uma por semana. Para este semestre, a previsão é de que as propostas enviadas à Casa pelo prefeito continuem prioritárias. O recesso acaba nesta quinta-feira, 01.

Outros 130 projetos apresentados por vereadores foram sancionados pelo Executivo - 84% das propostas são denominações de ruas e praças ou criação de datas comemorativas. O calendário oficial de São Paulo ganhou, por exemplo, o dia do perdão e do futebol de várzea. A comparação com o mesmo período de 2009 mostra que, mesmo exercendo o cargo havia dois anos, nem Kassab conseguira tamanha adesão. Foram 20 leis do Poder Executivo aprovadas na ocasião. A explicação está no tamanho da atual base governista. Haddad tem o apoio de 42 dos 55 vereadores. Kassab tinha 39 aliados.

Com maioria folgada, o petista pautou os trabalhos da Câmara no semestre passado e em tempo recorde. Em abril, por exemplo, o prefeito conseguiu aprovar em primeira votação um pacote que autorizou o Executivo a criar mais 348 cargos comissionados, quatro novas secretarias, uma subprefeitura e a Controladoria-Geral do Município. O aval foi dado menos de 48 horas após o projeto ser protocolado.

Para o secretário municipal de Relações Governamentais, João Antonio (PT), o bom resultado obtido pelo governo é fruto de um relacionamento harmonioso entre as esferas de poder e reflexo das demandas da cidade. "Nós temos pressa em governar. Há muitos temas a serem debatidos. Se a Câmara continuar contribuindo, a visão que a população tem da Casa vai melhorar", diz.

Responsável por fazer a "ponte" entre o Executivo e o Legislativo, Antonio criou a prática de negociar os projetos dos vereadores antes de eles serem votados. "Isso facilita o trabalho e impede o desgaste do veto." Para o presidente da Câmara, José Américo (PT), o mesmo ritmo ditará os trabalhos até o fim do ano. "Já há acordo entre os parlamentares para a votação de ao menos uma lei de cada um. E os novatos serão contemplados", assegura o petista. Nos primeiros meses do ano, somente seis conseguiram emplacar alguma lei.

Gabinete

Para a oposição, o semestre apenas revelou a disposição de Haddad em "atropelar" o trabalho da Câmara Municipal em benefício próprio. "O governo agiu com muita gana para passar seus projetos, considerando o Legislativo uma extensão do gabinete do prefeito", diz Ricardo Young (PPS). Além do PPS, apenas o PSDB e o PSOL não votam com a base aliada do prefeito. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Vereadores conturbam trabalhos da CPI dos Transportes




Desde o turbulento processo de instalação da CPI dos Transportes Coletivos esperava-se algum nível refratário de disposição a “mexer no vespeiro”, mas o que se viu na manhã desta quinta-feira (1/8) superou quaisquer expectativas negativas: foi a representação de uma verdadeira “torre de babel” no Plenário da Câmara. Em vez de jogar luz sobre as contas do sistema, os vereadores preferiram lançar fumaça. 

Os sete membros da CPI passaram a maior parte das duas horas da reunião imersos em uma discussão difusa, mesquinha e ineficaz sobre o que fariam ali. Assim como no episódio bíblico, ninguém se entendeu.

Logo de início, causou constrangimento e estranheza o discurso do novo integrante da Comissão, Roberto Tripoli (PV). Ele assumiu o cargo no lugar do líder da legenda, Dalton Silvano, e usou a tribuna do plenário para justificar sua participação. “Estou aqui porque meu partido tem uma vaga...não votei pela instauração da CPI. Sou antigo na Casa, já vi muitas CPIs aqui na Câmara. Essa Comissão, entretanto, não parte de nenhuma denúncia de corrupção ou mau uso de dinheiro público”, alegou. 

O vereador ainda protagonizou um momento cômico durante suas enérgicas inserções. Ao falar da agremiação à qual pertencia, lembrou dos velhos tempos. “Sou vice-líder do PSDB”, afirmou por engano. Eduardo Tuma, do PSDB e vice-presidente da CPI, chegou a responder com um “bem-vindo de volta”, provocando o riso dos representantes tucanos no plenário. 

A visão de quem estava presente começou a ficar mais embaçada quando o alvo passou a ser o governo do Estado. Não faltaram críticas ao sistema metroviário e de trens, quando o objeto inicial da investigação era a esfera municipal. A polarização PT x PSDB, como não poderia deixar de ser, entrou em cena e consumiu e deixou o presidente da Comissão, Paulo Fiorilo (PT), visivelmente desconfortável com as discussões entre os componentes, que a cada instante inventavam novas maneiras de se desentender.

Grandes Ideias

No calor dos debates e a cada fala, os vereadores da Comissão de Inquérito traziam à tona temas contextualizados com o problema da mobilidade, mas completamente fora do propósito de uma comissão de inquérito. Tripoli sugeriu a realização de um plebiscito para tratar dos temas de mobilidade urbana de São Paulo. No mesmo rumo, Adilson Amadeu (PTB), citou a necessidade de cobrança para circulação do usuário de automóvel na cidade. “Se houvesse boa vontade dos governos estadual e municipal, haveria pedágio urbano”, disse.

Em sua já conhecida ironia, Milton Leite (DEM) ainda sugeriu, enquanto se reclinava na poltrona em clara demonstração de insatisfação, a volta dos chamados belichões, ônibus de dois andares inspirados nos modelos londrinos que não foram bem aceitos quando trazidos para a capital paulista na década de 80. “É a solução”, afirmou.

Predestinada

Os requerimentos apresentados ao fim da reunião reforçaram a tendência burocrática dos trabalhos, seguindo a linha superficial das análises das planilhas e do funcionamento interno das empresas.

Em um dos poucos momentos propositivos da sessão, Eduardo Tuma (PSDB) requereu a presença de representantes dos grupos Sambaíba, Ruas e Santa Brígida, três dos concessionários que administram os ônibus paulistanos. O pedido de Tuma, entretanto, não foi aceito na forma oral e precisará ser feito por escrito para ter validade. 

“O meu gabinete encaminhou quatro requerimentos para serem apresentados pelo vereador Eduardo Tuma. Um deles diz respeito às multas aplicadas pela SPTrans no setor, que somam cerca de R$ 5 milhões ao mês. O documento não foi citado pelos parlamentares”, explicou Ricardo Young (PPS).

“Como já era de se esperar, se não houver pressão, a CPI dos Transportes continuará a fazer de tudo para não avançar, gerindo suas próprias mesquinharias. Os desacordos entre os membros demonstram a pouquíssima vontade política de fazer com que se saiba o que realmente acontece no setor e, de uma vez por todas, se oferecer algo que incrivelmente ainda parece tão utópico: um sistema eficiente de mobilidade”, concluiu Young.

Veja aqui todos os requerimentos aprovados e as notas taquigráficas até a sessão de 1º de Agosto.

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