sexta-feira, 23 de agosto de 2013

G1: Grupo protesta após audiência com vereadores sobre transporte em SP


Foto - Luiz França/CMSP

Manifestantes bloquearam a rua em frente à Câmara Municipal de São Paulo e depois seguiram em caminhada por vias do Centro na noite desta quinta-feira (22). Pouco antes das 22h, o grupo se dispersou na frente do Theatro Municipal sem registro de incidentes.

O ato começou na Câmara pouco depois das 20h justamente no momento em que vereadores encerravam uma audiência pública sobre os transportes na capital paulista. O encontro foi uma das reivindicações do ato realizado há duas semanas e que terminou com vandalismo na Câmara.

Nesta noite de quinta, com a chegada dos manifestantes, a Polícia Militar isolou o prédio. Os jovens que se dirigiram à Câmara em caminhada - alguns deles mascarados e com símbolos da anarquia - se agruparam diante da barreira policial.  O grupo ganhou quórum com a saída de pessoas que estavam na plateia da audiência.

A chegada dos manifestantes ocorreu já no fim do encontro. Uma das pessoas que estava no auditório tomou o microfone do vereador Senival Moura e anunciou que estava ocorrendo um novo ato. O jovem foi impedido de continuar falando e o encontro foi encerrado.

Após o incidente, a Polícia Militar começou a acompanhar a saída dos que formavam a plateia.

Debate

Autoridades municipais e estaduais de transporte público faltaram ao encontro que discutiria o tema, embora o presidente da Casa, José Américo, garanta que tenha feito convites a todos.

A realização da audiência foi revindicada pelo manifestantes no protesto realizado há duas semanas. O ato terminou com a destruição da fachada da Câmara. Eles pediram acesso aos dados discutidos na CPI dos Transportes, criada após as manifestações de junho.

Os manifestantes foram recebidos por dez dos 55 vereadores, entre eles, Américo e o presidente da CPI, Paulo Fiorilo (PT). Embora a maioria fosse ligada ao governo, havia também integrantes da oposição, entre eles, Ricardo Young (PPS) e  Eduardo Tuma (PSDB).

Policiais militares revistaram bolsas e mochilas  dos convidados antes de permitir o acesso. A entrada no plenário da Câmara foi vetada. A plateia foi formada por manifestantes da Assembleia Nacional dos Estudantes - Livre (Anel) e por sindicalistas aliados ao presidente do Sindicato dos Motoristas, Jorge Hissao, o Jorginho. Também falou o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres.

Na plateia, os estudantes gritaram palavras de ordem como "Três reais não dá, queremos passe livre, passe livre já"; "Chega de mutreta, eu quero abrir a caixa preta" ou "Haddad e Alckmin, prestem atenção. Eu tô na luta pela estatização."

O  tucano Eduardo Tuma foi vaiado pelos estudantes enquanto discursava quando ele pediu que as reivindicações não fossem politizadas. Fiorilo também foi questionado ao dizer que tem Bilhete Único e usa transporte público.

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