Ricardo Young
Coincidência ou não, na reunião seguinte à audiência pública com os movimentos sociais que lutam por um transporte público acessível e de qualidade, a CPI dos Transportes está dando um passo à frente na qualidade das oitivas.
Aquele desvio de foco para a CPTM e o Metrô, controlados pelo âmbito estadual, parece ser corrigido com a reunião desta quinta (29/8), que recebeu representantes do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss).
O presidente da CPI, Paulo Fiorilo (PT), e o vereador Eduardo Tuma (PSDB) fizeram as perguntas que os sindicatos e demais movimentos haviam vocalizado na audiência: sobre lucratividade de empresas, passivos fiscais, “gorduras” nas planilhas de custos, gastos acumulados na cadeia de suprimentos, diminuição do número de ônibus em função dos corredores, criação de empresas com representantes “laranjas” para driblar licitações e fiscalizações.
Assim, claramente houve um aprofundamento na direção que os cidadãos esperam. No entanto, boa parte das perguntas foram respondidas de forma evasiva. Daí a importância de que a CPI consolide os depoimentos, encontre lacunas e reúna os segmentos novamente, dessa vez em um mesmo encontro, para ouvi-los em conjunto.
Não com o espírito de acareação, mas apenas para evitar que as respostas dos presentes deixe para os ausentes a responsabilidade. Progressos à vista.
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