terça-feira, 13 de agosto de 2013

Young pede transparência no combate à corrupção

Em Comunicado da Liderança do PPS realizado nesta terça-feira (13/8), o vereador Ricardo Yong afirmou que o Brasil está em um momento histórico e excepcional para colocar a corrupção no seu devido lugar: “punir os culpados e jogar a transparência em todas as relações entre público-privado”. Na oportunidade, vereadores debatiam o caso Siemens-Alston e a suposta formação de cartel envolvendo servidores do governo do Estado de São Paulo. Leia abaixo a íntegra.

“Sr. Presidente, gostaria de voltar a esse tema, porque talvez não seja de conhecimento de todos nesta Casa que a Siemens, na década de 2000, quase foi destruída por um caso internacional de corrupção e foi quase adquirida nas bolsas internacionais porque o seu valor foi para perto de zero. Por pouco ela não foi desmembrada e não some do mapa. Aliás, como sumiram, também, muitas empresas no rastro da crise de 2008.

O que os governantes não estão fazendo é aprender com o que o setor privado está aprendendo. Nós vivemos num mundo que não tolera a falta de transparência. Está aí o caso Snowden, revelando a invasão indevida do Poder Público na vida privada. Temos uma série de exemplos que mostram que não há mais tolerância da sociedade com o abuso do poder e com a invasão da esfera privada e dos direitos dos indivíduos. Os governantes não estão aprendendo isso, o que é uma pena.

Em função da crise com a Siemens, ela mudou o seu comportamento e passou a colaborar com governos de todo o mundo, e o combate à corrupção se tornou central para a empresa, que criou um fundo junto ao Banco Mundial para financiar organizações da sociedade civil que ajudam no combate à corrupção. E o que fazem os governantes? Os governantes querem esconder a corrupção, mesmo quando a evidência é absoluta. Os governantes querem minimizar as consequências da corrupção. Os governantes querem relativizar a corrupção em função do debate político eleitoral. É isso que temos de acabar na política, pois corrupção é corrupção. Corrupção do PT, do PSDB ou de quem quer que esteja no poder. É um ato de lesa-pátria. É um ato contra a população brasileira, contra os recursos que deveriam estar indo para a Educação, para os Transportes, para a Saúde e assim por diante. Nós somos lenientes e coniventes com a roubalheira, e parece que a posição partidária relativiza a gravidade disso.

Acho, Sr. Presidente, que estamos num momento excepcional da história do Brasil para colocar a corrupção no seu devido lugar; isto é, punir os culpados e jogar a transparência em todas as relações entre público-privado.

Então, o Sr. Governador Alckmin, e  espero que a liderança do PSDB nesta Casa acompanhe essa mesma recomendação, deveria se antecipar ao processo, abrir, sim, a CPI e fazer todas as investigações que estão e dar à população o direito de saber o que está acontecendo. Assim como foi feito com o mensalão, esperamos que o Supremo não recue, assim como a CPI desta Casa, porque a CPI da Câmara Municipal do Rio de Janeiro tentou assim não agir e acabou sendo invadida. Estamos em outro momento da história do País e da política. A população não transigirá, não mais tolerará a corrupção. Aqueles que tentarem enganar e manipular a população pagarão caro pelas consequências, não só nas urnas como na forma de manifestações e de invasão de instituições.

Apelo a todos os Vereadores desta Casa, independentemente de partido, para que cerremos uma frente contra a corrupção e a denunciemos, esteja onde estiver. Não dá mais para tapar o sol com a peneira. Muito obrigado, Sr. Presidente”.

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