terça-feira, 14 de outubro de 2014

Líder do PPS critica relação custo/benefício da Câmara Municipal



Líder do PPS, o vereador Ricardo Young manifestou-se ma tribuna da Câmara Municipal nesta terça-feira (14/10) e criticou a relação gasto/produção da Casa. Young cobrou uma maior produtividade da Casa para “que possamos ter um exemplo de parlamento”. Veja abaixo a íntegra do discurso.  

“Sr. Presidente, Srs. Vereadores, telespectadores da TV Câmara São Paulo, estudantes que nos visitam hoje, boa tarde.

Gostaria de iniciar a minha fala direcionada um pouco ao nobre Vereador Paulo Fiorilo, que fala tanto sobre a importância de se ter partido, que possui uma vida partidária ativa e que têm políticos que seguem a doutrina do partido. Quero lembrar V.Exa. de que para que isso ocorra o próprio PT tem de rever a sua política de alianças, porque não parece que o PT tenha primado pelas alianças da esquerda. Ao contrário.

Mas, esse não é o tema central de que quero falar. O tema central, nobre Vereador Arselino Tatto, é que eu tenho um conselho político externo, que é exemplo de auditorias e supervisiona o meu mandato. Esse conselho me cobra, assim como o meu padrinho no Programa Adote um Vereador, que também segue o meu mandato, me cobra.

Vou apresentar aos nobres Vereadores o que me cobraram ontem na reunião do conselho político. Em agosto, cinco das oito sessões ordinárias do mês caíram por falta de quórum. Isso representa 62% do total de sessões por mês. Em setembro, seis das 11 sessões ordinárias do mês caíram pelo mesmo motivo, isto é, 54% das sessões. Em outubro, duas das quatro sessões ordinárias que já foram realizadas no mês caíram também por falta de quórum. Isso representa um total de 50% das sessões do mês vigente. Esses dados se referem somente às sessões ordinárias.

Em relação às sessões extraordinárias, de agosto a outubro, foram realizadas somente cinco sessões: uma em agosto, três em setembro e uma em outubro, sendo que as sessões de agosto e outubro caíram por falta de quórum. Setembro foi o único mês com sessões extraordinárias efetivamente realizadas após o recesso, ou seja, 40% das poucas sessões extraordinárias do trimestre caíram por falta de quórum.

Em relação aos projetos, em agosto, somente um PDL foi aprovado. Todos os demais projetos aprovados após o recesso foram votados em setembro, quando impulsionados pela matéria do Estadão, esta Casa resolveu trabalhar de maneira mais efetiva. Em outubro não votamos ainda nenhum projeto.

E quanto isso custou para a Municipalidade? A Câmara Municipal de São Paulo custa 534 milhões por ano, sendo que o custo diário é de 1,4 milhão e o salário mensal de cada um de nós, vereadores é de 15 mil e a verba de gabinete é de 139 mil reais.

Então, eu apresento esses dados porque tanto o meu conselho político como o meu padrinho do Adote um Vereador não admitem essa situação. E como que agora o Líder da Bancada do Governo, que tem a maioria na Casa, não garante a realização das sessões? Gostaria de saber por que a maioria da Casa não garantiu as sessões. A Casa, portanto, trabalha com 50% das suas obrigações mínimas e ninguém fala nada.

Gostaria de compartilhar com os Srs. Vereadores porque assim como fui cobrado, cada um de nós devemos nos cobrar quanto à responsabilidade de tornar a produtividade desta Casa mais efetiva, o cumprimento das agendas mais efetivo, a produção legislativa mais efetiva para que possamos ter esta Casa como um exemplo de Parlamento, e não um espaço que funciona ao sabor da temperatura e se paralisa e se omite do processo. Muito obrigado".

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