Com o voto favorável de 30 dos 55 vereadores (9 contrários e 16 ausentes), a Câmara Municipal aprovou nesta quarta-feira (6/8) uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) com o objetivo de investigar os contratos da Sabesp com a Prefeitura e a crise da água em São Paulo.
A presidência da CPI caberá ao vereador proponente, Laércio Benko (PHS), que é candidato ao Governo do Estado de São Paulo, crítico ferrenho do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e integrante da base de sustentação do prefeito Fernando Haddad (PT). Ele é inclusive responsável pela indicação do subprefeito da Lapa.
O vereador Ricardo Young (PPS) votou pela aprovação da CPI, por considerar que o assunto é emergencial, já afeta a rotina dos cidadãos paulistanos e por isso exige uma intervenção imediata da Câmara. Leia aqui e assista o vídeo.
Porém, a preocupação do PPS é com o uso meramente eleitoral da CPI.
O voto de Young foi duramente criticado em plenário pelos vereadores do PSDB Andrea Matarazzo e Floriano Pesaro. Segundo os tucanos, a escassez de água se deve exclusivamente a um problema climático, e a CPI será usada eleitoralmente pelo PT, pelo PMDB e pelo vereador-candidato do PHS. O líder do PPS garantiu que não entrará no "jogo eleitoral".
Com base no histórico das CPIs da Câmara Municipal, o controle da base petista é um fato. Veja o exemplo da CPI dos Transportes, proposta em 2013 pelo líder do PPS, vereador Ricardo Young, e as manobras para torná-la "chapa branca".
Leia outras matérias e opiniões sobre a escassez de água e a CPI da Sabesp: Folha de S. Paulo, Portal da Câmara, G1, Diário de S. Paulo, UOL, Veja, R7, Terra, Último Segundo, Valor, Exame, Diário do Poder, Diário do Comércio, Nossa São Paulo, Brasil Atual, O Tempo, GGN, AAPS, Portal Forum.
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