Artigo do vereador contesta a avaliação do Movimento “Voto Consciente” divulgada nesta quinta-feira (30/8).
É louvável o trabalho dos órgãos de controle da sociedade civil sobre o exercício dos mandatos dos parlamentares da Câmara Municipal de São Paulo. É saudável e importante para o avanço da democracia.
Porém, aqueles que se propõe a avaliar o parlamento precisam ter cuidados com os critérios utilizados, que em muitas vezes distorcem a realidade e prejudicam aqueles que pautam os seus mandatos no interesse da coletividade.
O Movimento “Voto Consciente” avalia e acompanha o exercício dos senhores parlamentares, mas continua utilizando métodos equivocados, surreais, que distorcem a avaliação. Exemplo: o Movimento utiliza equivocadamente o peso “quatro” para projetos dos vereadores aprovados na Comissão de Constituição e Justiça. Projeto vetado, “zero”. E aí existe uma grave distorção: no meu caso, por exemplo, um projeto de minha autoria foi rejeitado pela Comissão. Nota “zero”. Já projeto de mesmo teor e redação, mas de autoria de outro vereador, foi aprovado e recebeu nota “quatro”. Incoerência sem limites.
O Movimento não analisa o mandato do parlamentar em suas complexidades, ações e influências no debate da cidade – como cada vereador votou em projetos do Executivo de grande interesse para a cidade (Plano Diretor, IPTU progressivo, Planta Genérica de Valores, Operação Urbana Faria Lima, Nova Luz, Mobiliário Urbano...), quais modificações apresentou em plenário, seus discursos e opiniões.
E nesta quinta-feira, 30 de agosto, fiz questão de deixar o meu voto de protesto diante dos representantes do Movimento em ato realizado na Câmara Municipal. Em época eleitoral, uma avaliação desastrosa pode influenciar no pleito. Para fiscalizar, é preciso responsabilidade.
Professor Claudio Fonseca, líder da bancada do PPS na Câmara Municipal de São Paulo
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