terça-feira, 5 de novembro de 2013

“Audiência não é a melhor forma de debater PDE”, afirma Young



Site da Câmara
Foto - RenattodSouza/CMSP

O vereador Ricardo Young (PPS) acredita que a maneira como as audiências públicas do Plano Diretor Estratégico vêm sendo conduzidas não é funcional. “Há um vício de origem e a sociedade mudou também. Se hoje as pessoas se organizam em rede, como podemos utilizar isso na discussão do PDE?”, questionou o vereador durante o evento “Segundas Paulistanas”, promovido pelo vereador uma vez por mês.

O evento desta segunda, cujo título foi “SP 10 anos - O Plano Diretor na visão dos coletivos cidadãos que pensam e transformam a cidade”, reuniu líderes comunitários de vários lugares da cidade e contou com a participação via Skype do vereador Police Neto (PSD). Enquanto aguardava o início da audiência pública do plano diretor na Cidade Tiradentes, Police ressaltou que as discussões do PDE não estão encantando a população porque ela não está entendendo qual é o propósito dele.

Maria de Lourdes Souza, moradora da Vila Esperança, na zona norte de São Paulo, apresentou durante o encontro os problemas de sua comunidade. Segundo ela, a Vila Esperança está em uma área de proteção ambiental e a Secretaria Municipal de Habitação quer retirar os moradores da área, que já existe há 60 anos. “Estamos fazendo hortas comunitárias, temos toda uma preocupação com o meio ambiente, pois sabemos do lugar delicado que estamos. Mas, não é justo querer tirar a gente, que é pobre, e deixar os sítios dos ricões”, disse.

Um representante da Associação Vila Nova Esperança, que se identificou apenas como Lucas, cobrou do PDE um respaldo jurídico para os grupos coletivos ambientais. “Nosso trabalho nas ruas é quase subversivo, não temos nenhum tipo de apoio e enfrentamos barreiras nas subprefeituras. Se o Plano Diretor não nos trouxer um respaldo jurídico, continuaremos como um movimento bem articulado, mas sem respaldo público”, disse,

O vereador Ricardo Young pediu ao final do evento que os grupos de mobilizem e ampliem sua atuação para que não ocorra com o Plano Diretor o mesmo que houve com a Operação Urbana Água Branca. “Os vereadores da Comissão de Política Urbana fizeram das tripas coração para construir um substitutivo palatável para os interesses da população, e na calada da noite nos empurraram goela abaixo uma cláusula para aumentar os gabaritos para além das vias de maior acesso”, disse. “Essas surpresas só podem ser reduzidas se

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