sexta-feira, 24 de abril de 2015

Frente Parlamentar discute situação dos parques na cidade; Young chama a sociedade civil



Site da Câmara

A construção de novos parques e a preservação de áreas verdes na cidade de São Paulo foram os principais temas abordados pela Frente Parlamentar pela Sustentabilidade na reunião desta quinta-feira (23/4), na Câmara Municipal de São Paulo.

Os vereadores receberam representantes de coletivos em defesa da construção do Parque Linear Córrego da Água Podre, do Parque Brasilândia – que atualmente tem seu terreno invadido por movimentos de moradia e abriga mais de 1400 famílias cadastradas – e defensores da reabertura do Parque Orlando Villas-Bôas, interditado por ordem judicial com a alegação de ser uma área de solo contaminado.

Para o engenheiro civil, Carlos Fortner, os recursos de compensação ambiental em posse da prefeitura para a construção de novos parques, e para preservação do verde, não foram bem implantados. “São valores de empresas que tiveram algum manejo arbóreo que ao invés de entregarem mudas entregaram recursos para que fosse feita a desapropriação de área verde, no caso, foi feita a desapropriação no Brasilândia, que é um processo que estava pronto, e o que vemos é que não existe o parque, pois o terreno está invadido. E a gente percebe áreas verdes já consolidadas na cidade, ainda que não tivessem uma formalização jurídica, sendo abandonadas”, afirmou.

Sobre o Parque Orlando Villas-Bôas, de acordo com a gestora ambiental, Fernanda Cristina S. de Campos Luis, existe um laudo da CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) que defende que a área não é contaminada e que o parque deve ser reaberto para o uso da população. “Devemos ficar de olho, porque não podemos perder uma área tão importante para cidade de São Paulo, uma área de lazer, área verde de 55 m² com um projeto inicial de 268 mil m², nós tínhamos diversas modalidades esportivas acontecendo. Então a cidade não pode perder uma área como esta”, ressaltou.

O projeto do PMMA – Plano Municipal de Mata Atlântica também foi apresentado na reunião – está sendo desenvolvido por meio de uma Comissão Especial criada dentro do Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CADES), contando com representantes do poder público, da iniciativa privada, do terceiro setor e da sociedade civil.

“Nós trouxemos aqui uma proposta dentro do PMMA de incorporar estas demandas. O que nós fizemos foi uma ferramenta muito simples garantida pela legislação da Mata Atlântica que esses fragmentos de mata atlântica que existem em São Paulo em áreas verdes, eles tenham mais possibilidade de serem reconhecidos pela legislação e pela sociedade e com isso melhorar a qualidade de vida da população”, disse diretor da S.O.S. Mata Atlântica, Mario Mantovani.

O presidente da Frente Parlamentar, vereador Natalini (PV), irá convocar uma audiência pública para discutir as secretarias municipais do Verde e Meio Ambiente, Habitação e Infra Estrutura e Obras, a Sabesp e a população. “Estamos vivendo um momento muito difícil para a área ambiental na cidade de São Paulo, perdendo áreas verdes uma atrás da outra com a conivência dos governos. Gostaria que o prefeito e a administração tivessem mais sensibilidade para a questão ambiental, que é hoje uma questão de primeira linha, pois a população sofre”, afirmou o vereador. “Vamos fazer uma audiência pública apara tratar dos casos mais graves, temos aqui o caso do Córrego da Água Podre e mais outros casos que vamos tratar nessa audiência”, finalizou Natalini.

O líder do PPS, vereador Ricardo Young, desabafou contra o descaso e os desaforos que a questão ambiental sofre na cidade. Ele pediu para que os movimentos organizados da sociedade civil que defendem as bandeiras ambientais se juntem em um só corpo, mobilizem-se, para os desafios que estão aí para as causas do meio ambiente. 

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