terça-feira, 16 de setembro de 2014

Young dá detalhes de audiência pública do Hospital Servidor Público



Foto: Luis França / CMSP

O vereador e líder do PPS, Ricardo Young, usou a tribuna da Câmara Municipal na última quarta-feira (3/9) para dar detalhes da audiência pública da Comissão da Saúde que discutiu as mazelas do Hospital do Servidor Público Municipal. Ele também aproveitou para pedir a aprovação do PL 198/2014, projeto que elimina o inciso que impede a Prefeitura de comprar produtos da agricultura familiar. Leia abaixo a íntegra: 

“Sr. Presidente, Srs. Vereadores, telespectadores da TV Câmara São Paulo, boa tarde.

Gostaria de tratar de dois assuntos hoje. Ontem, na Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher, houve uma audiência pública que reputo de grande importância para resolver o problema do Hospital do Servidor Público Municipal.

Como todos sabem, o Hospital está numa situação deplorável, desde que deixou de receber as contribuições dos servidores municipais e passou a atender o munícipe pelo SUS. O hospital não só não tem recursos para suas despesas correntes como não consegue mais atender os servidores municipais com a mesma qualidade.

Desde que o Ministério Público realizou uma supervisão no Hospital e produziu um relatório, que foi discutido também em audiência pública, a direção propõe uma mudança, na atual situação, que passa por quatro pontos: 1) O Hospital passe novamente a atender exclusivamente os servidores municipais; 2) Para que o Hospital passe a atender exclusivamente o servidor, a UPA – Unidade de Pronto Atendimento –, cujo terreno já está em processo de desapropriação, deverá ser construída o mais rápido possível, para que atenda o munícipe; 3) Que a Prefeitura faça investimento de aproximadamente 130 milhões na melhoria e na reforma dos equipamentos para que o Hospital volte a ter condição de excelência; 4) Que os servidores municipais passem a recolher novamente 2% sobre os seus vencimentos para o Hospital – o que significaria, nos primeiros cálculos, alguma coisa entre 180 a 220 milhões de reais adicionais para as despesas correntes do Hospital.

Essa proposta feita pela direção do Hospital teve uma grande acolhida, tanto pelos servidores como também pela comunidade do Hospital e pela própria Prefeitura. O Sr. Prefeito, com quem estive num almoço agora há pouco, mostrou uma grande sensibilidade com a questão. E, na audiência pública de ontem, os servidores demonstraram que, na sua grande maioria, têm todo o interesse em voltar a recolher os 2% sobre os seus vencimentos. A maioria deles paga seguro-saúde privado que, à medida que vão ficando mais velhos, vão se tornando muitos mais caros, no intuito de excluir mesmo as pessoas idosas de sua base. Essa situação tem tornado impossível para os servidores públicos manter seguro-saúde privado e não ter um serviço de excelência da parte do hospital.

Estamos caminhando para uma solução bastante positiva. O Hospital vai apresentar um cronograma de investimentos e de obras a fim de que, juntos com os dirigentes sindicais, possamos ter clareza sobre qual é o compromisso e então o levarmos ao Sr. Prefeito para acelerar essa questão.

Há ainda um segundo assunto sobre o qual gostaria fazer um apelo aos Colegas da Casa. Votamos, nesta semana, o PL 198/2014, lei que elimina o inciso que impedia a Prefeitura de comprar produtos da agricultura familiar. Nós, com sucesso, e mediante acordo com os Srs. Líderes na terça-feira, conseguimos aprovar o PL em primeira discussão. No entanto, a Prefeitura não consegue ainda comprar esses produtos porque não votamos em segunda discussão – o que deveríamos, na verdade, poder votar hoje. Como não teremos a sessão extraordinária, faço um apelo para que, no Colégio de Líderes da terça-feira, tomemos a decisão de votar, ainda na terça-feira, o PL 198/2014 em segunda discussão. Conto com a colaboração de todos. Muito obrigado, Sr. Presidente”. 

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