sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Young anuncia licença de 31 dias; vereador diz que vai acompanhar de perto a polêmica uber x táxis


O vereador Ricardo Young (PPS) informou na sessão ordinária desta quinta-feira (13/8) que irá tirar uma licença de 31 dias, sendo substituído por Claudio Fonseca. Além disso, Young também aproveitou para falar sobre o Plano Municipal de Educação e sobre a polêmica táxi x Uber. Leia na íntegra a fala do parlamentar:

“Boa tarde a todos. Gostaria de agradecer ao vereador Senival Moura (PT) por me cederes cinco minutos.

Venho à Tribuna, senhora presidente, porque estou me licenciando por 31 dias em função de um acordo que meu partido PPS fez de que nesse período em que o Plano Municipal de Educação está sendo discutido, meu suplente que é o educador, presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo, Cláudio Fonseca, irá assumir em meu lugar para poder acompanhar os debates sobre o Plano Municipal. Nós vimos, não é uma tarefa fácil. A votação em primeira aprovou um texto com muitos equívocos, eu mesmo votei contra a lei em primeira porque nós precisamos recuperar o texto original da Comissão de Educação.

Mas também venho aqui à Tribuna para dizer aos meus companheiros da Casa que, por um equívoco, a Comissão de Transportes, provavelmente por não estar suficientemente informada de que a Audiência Pública para discutir os PLs relacionados à questão dos táxis, da Uber, não é só o PL do senhor Adilson Amadeu, mas também do vereador Salomão, também do vereador Police, o meu próprio, que está sendo protocolado, que pudéssemos dar à população a oportunidade de debater o tema dos táxis, da Uber, da modernização do sistema aqui na cidade de São Paulo. Eu, embora esteja de licença a partir de amanhã, estarei nas Audiências Públicas e também estarei na votação programada para o dia nove de setembro. 

Portanto, embora formalmente eu não esteja aqui em plenário, eu continuarei acompanhando esse debate.

E, para finalizar, eu gostaria de dizer que o Projeto de Lei que estou protocolando em colaboração com outros vereadores, procura repensar o sistema como um todo. Ao colocarmos essa discussão de taxistas versus Uber, todos estão perdendo. A Uber porque opera na presunção da legalidade e está ilegal. E os taxistas por pensarem que a Uber é sua inimiga, quando na verdade é o sistema de táxi na cidade de São Paulo que precisa ser revisto. 

A questão do represamento dos alvarás, a questão da propriedade dos alvarás nas mãos de alguns, a situação de trabalho análogo ao trabalho escravo, os taxistas que tem que pagar mais de 60% da sua diária para aqueles que têm alvará, são situações inibindo a expansão da atividade na cidade e estão impedindo que a demanda reprimida de táxis da cidade, para atender uma classe média cada vez mais interessada em multimodais, seja resolvida. Então não é o debate do táxis versus Uber. É o debate por um sistema de transporte individual na cidade que resolva a demanda reprimida, elimine o represamento que hoje existe no licenciamento do exercício da profissão e dê condições para que as tecnologias possam melhorar o sistema como um todo. 

E quem vai ganhar com isso é o munícipe da cidade de São Paulo. Esse que tem compreendido claramente que é cada vez menos interessante utilizar transporte individual, usar o seu carro, para ir para o trabalho, para ir para a faculdade, para ir para os lugares. São Paulo vem oferecendo uma melhoria significativa no transporte público, vem oferecendo a possibilidade de alternativas multimodais, com as cicloatividades. E agora, se tivermos um sistema de táxi realmente em sintonia com o século XXI, com o que há de melhor em tecnologia, dando ao taxista a liberdade de exercer a sua profissão com autonomia, escolhendo para quem vai trabalhar, seja o sistema de tecnologia, sejam as empresas de frota e de Rádiotáxi, de Cooperativa, isso seria o ideal, todos ganhariam e provavelmente nós teríamos mais de 50 mil táxis em São Paulo atendendo essa demanda reprimida. Muito obrigado, senhora presidente, muito obrigado vereador Senival por ter me cedido a palavra”.

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