segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Audiência debate problemas na realização de eventos da Fundação Bienal de São Paulo


Renan Geishofer
Fotos -Fábio Jr Lazzari/ CMSP

Audiência pública da Comissão de Educação, Cultura e Esportes da Câmara Municipal realizada no Salão Nobre da Casa debateu na manhã desta segunda-feira (24/10) as principais dificuldades encontradas pela Fundação Bienal de São Paulo para a realização de eventos, principalmente a Bienal Internacional de São Paulo .

O vereador Professor Claudio Fonseca (PPS), presidente da Comissão de Educação, lembrou que a Fundação Bienal movimenta a economia e o turismo da cidade e, portanto, “o poder público não pode criar dificuldades e ficar indiferente para a realização desses eventos”.

“Essa discussão ocorre em um momento relevante já que a Câmara discute a peça orçamentária da cidade pra 2012 e as informações trazidas pelos representantes da Bienal nos dão argumentos para analisar e melhorar a verba da cultura para o próximo ano”, analisou o parlamentar.

Recursos

Segundo o diretor superintendente da Bienal, Rodolfo Viana, a Fundação conta com R$ 14 milhões em caixa para realizar a próxima Bienal em 2012, o que representa pouco menos da metade dos R$ 30 milhões necessários para a realização do evento. “Esperamos contar com mais apoio até o ano que vem”, disse. Para a edição de 2012 são esperadas 700 mil pessoas

O presidente da Bienal, Heitor Martins, explicou que a Bienal, criada em 1951 é “referência mundial”. “Desde que ela foi criada não temos em nenhum outro país do mundo uma Fundação do porte da Bienal de São Paulo”. Segundo ele, a Bienal de 2010 foi a segunda exposição mais visitada no mundo, com mais de 600 mil visitantes e o 5º maior evento da cidade de São Paulo. “Desses, 5% são compostos por estrangeiros”, disse.

Stela Barbieri, curadora educativa da Bienal, explicou que a Fundação faz um trabalho educacional com todos os seus funcionários: “todos os envolvidos com a Bienal são educadores e eles também educam os seus núcleos”, explicou.


“Formamos 500 educadores e 35 mil professores porque acreditamos no poder da arte para educar a sociedade”, disse ela que afirmou que a Fundação necessita de R$ 7 milhões para o trabalho educativo visando a Bienal de 2012.

A favor da Cultura

Em seu discurso final, Claudio Fonseca traçou um paralelo entre os recursos destinados pelo município para a construção de um estádio de futebol particular para a próxima Copa e os escassos recursos destinados para a área cultural.

“Votei contra a concessão de incentivos fiscais para a Copa do Mundo em São Paulo, pois o Estado não deve custear um estádio particular para um evento que conta com organização privada, patrocinadores”. “Investir em educação, saúde e cultura é sempre um melhor investimento”.

Claudio Fonseca chamou a atenção para o pequeno orçamento da Secretaria da Cultura para 2012. “A pasta, que conta com poucos recursos, terá apenas R$ 174 milhões no próximo ano, valor inferior, por exemplo, ao que será destinado para o Tribunal de Contas do Município”, analisou Fonseca, que não gostaria que o Brasil fosse lembrado apenas pelo carnaval e o futebol.

O presidente da Comissão de Esportes convidou os membros da Bienal para a audiência pública que a Câmara realizará com a Secretaria Municipal de Cultura no próximo dia 16 de novembro, às 9h.


Atividades esportivas

Foi debatido também o Projeto de Lei 690/2009, de autoria do vereador Professor Claudio Fonseca (PPS). O Projeto implanta a política municipal de promoção e integração das atividades esportivas, recreativas e de lazer voltadas para o munícipe em idade escolar e a sua família.

A idéia é que as escolas municipais da cidade utilizem os equipamentos esportivos municipais, como os CDC’s (Centros Desportivos Comunitários). “É uma maneira de potencializar a utilização desses equipamentos”, explicou o vereador.

Abaixo outros Projetos discutidos na Audiência:

PL 517/10, de autoria do vereador Alfredinho Cavalcante (PT), que institui na cidade de São Paulo a obrigatoriedade em todos os jogos de futebol profissional serem organizados com a reserva de espaço comum para torcedores de times adversários, assistirem juntos à partida, e dá outras providências;

PL 368/11 , de autoria da vereadora Sandra Tadeu (DEM), que dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação de detectores de metais nas escolas da rede pública
municipal de São Paulo;

PL 164/11, de autoria do vereador Claudinho de Souza (PSDB), que estabelece normas de segurança ao acesso nas escolas particulares de ensino no município de São Paulo, e dá outras providências;

PL 450/09, de autoria do vereador Goulart (PSD), que estabelece diretrizes para a administração de creches públicas por empresas privadas, e dá outras providências;

PL 517/09, de autoria do vereador Paulo Frange (PTB), que altera a lei 13.328, de 13 de fevereiro de 2002. (ref. a creches noturnas que somente atenderão às crianças de 0 a 6 anos cujo pai ou mãe, apresentarem à direção das creches, comprovante de atividade noturna.

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