Brunna Castro e Renan Geishofer
Foto - Fábio Jr Lazzari/ CMSP
Foi realizado na manhã desta sexta-feira (21/10), no Salão Nobre da Câmara Municipal de São Paulo, o Seminário Desafios da Universalização da Educação Infantil na Cidade. O evento, organizado pela Comissão de Educação, Cultura e Esportes, foi presidido pelo vereador Claudio Fonseca, líder do PPS na Casa.
O evento debateu as diversas soluções para atender a demanda da educação infantil na cidade. Hoje, São Paulo tem um déficit de 147 mil vagas para crianças de 0 a 3 anos.
“O direito da primeira educação só será alcançado se tivermos a consciência de que precisamos de uma escola pública, gratuita, laica e para todos”, disse o vereador Claudio Fonseca. Segundo ele, a melhora no ensino infantil só será possível com uma “integração entre as diferentes esferas de governo, onde cada parte - Estado, União e Município - tem a sua responsabilidade para que as mudanças necessárias possam ser implantadas”.
Obrigação do Estado
O secretário municipal de Educação, Alexandre Alves Schneider, apresentou números relativos à educação infantil na cidade. Segundo ele, a idéia é inaugurar 70 novas creches para atender, aproximadamente, 710 mil crianças até o final de 2012.
Ele afirmou que a oferta do serviço de creche é obrigação do Estado, e não dos pais. Destacou que é necessário mudar a concepção de que as creches têm função de assistência social. “A educação infantil é importante para a formação da vida das pessoas e, portanto, deve ser encarada com mais seriedade e atenção”.
Retaliação
Edneide Maria Dias, membro do Movimento “Creche Para Todos”, disse que os recentes cortes na grade horária das creches “são atos de retaliação com os pais e alunos”. Ela também pediu para que seja dada mais atenção à grade curricular das creches porque, segundo ela, as matérias da pré-escola são as mesmas da educação infantil.
Já João Santo Carcan, presidente Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente, disse que o CMDCA pode colaborar e auxiliar o trabalho da Prefeitura. “O que dificulta é que o Conselho é pouco conhecido”, salientou. Segundo ele, as entidades do setor devem se unir mais e participar também das atividades do Conselho, que está à disposição para auxiliá-los, disse.
Apoio à família
Autoridade em educação infantil, Maria Malta Campos, pesquisadora da área, mostrou muitos dados a respeito da demanda e dos desafios que a educação infantil tem na capital paulista.
De acordo com ela, a demanda aumentou bastante na última década. “Em números, de 1998 a 2008, vemos um aumento de atendimento de crianças de 0 a três anos de 8,7% para 18%. Esse aumento é bom, embora pequeno se comparando com as crianças de quatro a cinco anos: aumento de 57,9% para 79,8%”.
Segundo ela, “a creche é, sim, um apoio à família porque faz um acompanhamento diário das crianças: o que comem, sentem, e como se comportam com os colegas”, analisou. Porém, disse, não é todo mundo que acha que seu filho deveria ir para a creche. Seria um erro impor isso às famílias. A educação da criança só passa a ser obrigação da família a partir dos 4 anos", explicou.
Também participaram do Seminário os vereadores Alfredinho Cavalcante (PT), Netinho de Paula (PC do B) e Carlos Neder (PT).
O evento debateu as diversas soluções para atender a demanda da educação infantil na cidade. Hoje, São Paulo tem um déficit de 147 mil vagas para crianças de 0 a 3 anos.
“O direito da primeira educação só será alcançado se tivermos a consciência de que precisamos de uma escola pública, gratuita, laica e para todos”, disse o vereador Claudio Fonseca. Segundo ele, a melhora no ensino infantil só será possível com uma “integração entre as diferentes esferas de governo, onde cada parte - Estado, União e Município - tem a sua responsabilidade para que as mudanças necessárias possam ser implantadas”.
Obrigação do Estado
O secretário municipal de Educação, Alexandre Alves Schneider, apresentou números relativos à educação infantil na cidade. Segundo ele, a idéia é inaugurar 70 novas creches para atender, aproximadamente, 710 mil crianças até o final de 2012.
Ele afirmou que a oferta do serviço de creche é obrigação do Estado, e não dos pais. Destacou que é necessário mudar a concepção de que as creches têm função de assistência social. “A educação infantil é importante para a formação da vida das pessoas e, portanto, deve ser encarada com mais seriedade e atenção”.
Retaliação
Edneide Maria Dias, membro do Movimento “Creche Para Todos”, disse que os recentes cortes na grade horária das creches “são atos de retaliação com os pais e alunos”. Ela também pediu para que seja dada mais atenção à grade curricular das creches porque, segundo ela, as matérias da pré-escola são as mesmas da educação infantil.
Já João Santo Carcan, presidente Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente, disse que o CMDCA pode colaborar e auxiliar o trabalho da Prefeitura. “O que dificulta é que o Conselho é pouco conhecido”, salientou. Segundo ele, as entidades do setor devem se unir mais e participar também das atividades do Conselho, que está à disposição para auxiliá-los, disse.
Apoio à família
Autoridade em educação infantil, Maria Malta Campos, pesquisadora da área, mostrou muitos dados a respeito da demanda e dos desafios que a educação infantil tem na capital paulista.
De acordo com ela, a demanda aumentou bastante na última década. “Em números, de 1998 a 2008, vemos um aumento de atendimento de crianças de 0 a três anos de 8,7% para 18%. Esse aumento é bom, embora pequeno se comparando com as crianças de quatro a cinco anos: aumento de 57,9% para 79,8%”.
Segundo ela, “a creche é, sim, um apoio à família porque faz um acompanhamento diário das crianças: o que comem, sentem, e como se comportam com os colegas”, analisou. Porém, disse, não é todo mundo que acha que seu filho deveria ir para a creche. Seria um erro impor isso às famílias. A educação da criança só passa a ser obrigação da família a partir dos 4 anos", explicou.
Também participaram do Seminário os vereadores Alfredinho Cavalcante (PT), Netinho de Paula (PC do B) e Carlos Neder (PT).
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