Em comunicado de liderança da bancada do PPS, o vereador Claudio Fonseca defendeu o debate político entre todas as correntes políticas para beneficiar a democracia.
“Sr. Presidente, quero usar a palavra para cumprimentar os oradores do dia de hoje. Primeiramente o nobre Vereador Jamil Murad, que raramente lê o seu discurso, mas hoje S.Exa. leu o pronunciamento que prendeu a atenção de todos nós. Na verdade, é de um manifesto em defesa da democracia, como é próprio de S.Exa., ou seja, reconhece o direito do Sr. Presidente falar, do cidadão falar, da imprensa de manifestar suas opiniões e até seu posicionamento, como o fez O Estado de S.Paulo.
É bom que a imprensa tome partido no processo político-eleitoral e no processo político como um todo e opine sobre as causas estruturais do País, sobre a economia, sobre questões comportamentais, sobre o Código Civil, sobre a Lei Eleitoral etc. Isso é positivo e, talvez, eduque a população até para selecionar o que lê e sobre aqueles que, de fato, interferem no debate político. Vejo isso como um dado positivo, porque assim como existem, também, os informativos dos Sindicatos que tomam posições; dos Partidos Políticos que têm seus informativos, jornais, sites e blogs a imprensa também deve se manifestar.
Não se pode querer que somente os Partidos Políticos e Centrais Sindicais se manifestem. Acho que temos uma legislação extremamente rigorosa contra os Sindicatos, que não podem, em hipótese alguma, declarar apoio a quem quer que seja, a nenhum candidato, nem poder, sequer, manifestar opinião, não podem ter candidatos, nem dizer que esses são candidatos dos trabalhadores e que seria interessante elegê-los. Isso seria um crime eleitoral. Enquanto isso uma federação empresarial como, por exemplo, a FIESP, pode ter seu candidato sem que seja crime algum. Portanto, o debate de hoje é bom e é feito sob a luz desses resultados eleitorais.
Quando alguém está muito distante numa disputa acaba exercendo a arrogância, e fica prevalecente aquilo que chamamos de salto alto. É o já ganhou. Não precisa dialogar com ninguém. Pode vender teses de restrição às liberdades, ao direito de liberdade de expressão, de comunicação, de organização.
Assim sendo, um segundo turno hoje seria favorável para que essas teses sejam colocadas no devido lugar, sabendo-se que pessoas como o Vereador Jamil Murad; o ex-Presidente do PC do B, João Amazonas; Luiz Carlos Prestes; Franco Montoro; Mário Covas e tantos outros homens e mulheres contribuíram para a democracia no País e que jamais aceitariam calar a imprensa, os sindicatos, as organizações de mulheres e nem as organizações que defendem determinado segmento da sociedade. Então, é muito positivo e democrático que haja o segundo turno, porque abre a possibilidade dessa discussão.
Cumprimento ao nobre Vereador Gilberto Natalini, que colocou na dose certa, a ponderação sobre esse momento em que vivemos. A discussão de uma eleição em dois turnos é exatamente para que possamos, no primeiro momento, juntar o que é diferente e, no segundo turno, o que é mais próximo e semelhante ainda. É a possibilidade de selar alianças e de assumir compromissos.
Parece-me que a Carta aos Brasileiros, do candidato Lula, assumindo os fundamentos da economia do Governo FHC foi feita num momento em que era importante dizer à população que não se mexeria nos fundamentos econômicos que garantiram a estabilidade econômica. Era a carta do Presidente Lula.
Alguns segmentos da esquerda não gostaram, mas foi o que deu credibilidade ao Presidente Lula, fazendo com que ganhasse a eleição. Foi exatamente o que ocorreu num momento em que foi necessário dizer: "Olha, se eu ganhar a eleição não se assustem, porque não vamos mexer na política cambial, nem na política de juros, o Banco Central não vai ter independência total".
V.Exa., nobre Vereador Jamil Murad, se lembra do desconforto que criou em vosso partido a tese de que o Banco Central pudesse vir a ser totalmente independente. E no início, inclusive, o desconforto nas organizações de esquerda com a política de juros. Até o Vice-Presidente da República parecia recitar um mantra, batendo na política de altos juros do Governo Lula - que era continuidade do Governo do FHC: política de altos juros para segurar a economia, o consumo, garantindo o superávit primário.
Portanto, o debate político é muito importante e, na Câmara Municipal de São Paulo, fazemos essa discussão em alto nível - como foi feito aqui -, o que ajuda a todos os eleitores e a democracia. Muito Obrigado”.
“Sr. Presidente, quero usar a palavra para cumprimentar os oradores do dia de hoje. Primeiramente o nobre Vereador Jamil Murad, que raramente lê o seu discurso, mas hoje S.Exa. leu o pronunciamento que prendeu a atenção de todos nós. Na verdade, é de um manifesto em defesa da democracia, como é próprio de S.Exa., ou seja, reconhece o direito do Sr. Presidente falar, do cidadão falar, da imprensa de manifestar suas opiniões e até seu posicionamento, como o fez O Estado de S.Paulo.
É bom que a imprensa tome partido no processo político-eleitoral e no processo político como um todo e opine sobre as causas estruturais do País, sobre a economia, sobre questões comportamentais, sobre o Código Civil, sobre a Lei Eleitoral etc. Isso é positivo e, talvez, eduque a população até para selecionar o que lê e sobre aqueles que, de fato, interferem no debate político. Vejo isso como um dado positivo, porque assim como existem, também, os informativos dos Sindicatos que tomam posições; dos Partidos Políticos que têm seus informativos, jornais, sites e blogs a imprensa também deve se manifestar.
Não se pode querer que somente os Partidos Políticos e Centrais Sindicais se manifestem. Acho que temos uma legislação extremamente rigorosa contra os Sindicatos, que não podem, em hipótese alguma, declarar apoio a quem quer que seja, a nenhum candidato, nem poder, sequer, manifestar opinião, não podem ter candidatos, nem dizer que esses são candidatos dos trabalhadores e que seria interessante elegê-los. Isso seria um crime eleitoral. Enquanto isso uma federação empresarial como, por exemplo, a FIESP, pode ter seu candidato sem que seja crime algum. Portanto, o debate de hoje é bom e é feito sob a luz desses resultados eleitorais.
Quando alguém está muito distante numa disputa acaba exercendo a arrogância, e fica prevalecente aquilo que chamamos de salto alto. É o já ganhou. Não precisa dialogar com ninguém. Pode vender teses de restrição às liberdades, ao direito de liberdade de expressão, de comunicação, de organização.
Assim sendo, um segundo turno hoje seria favorável para que essas teses sejam colocadas no devido lugar, sabendo-se que pessoas como o Vereador Jamil Murad; o ex-Presidente do PC do B, João Amazonas; Luiz Carlos Prestes; Franco Montoro; Mário Covas e tantos outros homens e mulheres contribuíram para a democracia no País e que jamais aceitariam calar a imprensa, os sindicatos, as organizações de mulheres e nem as organizações que defendem determinado segmento da sociedade. Então, é muito positivo e democrático que haja o segundo turno, porque abre a possibilidade dessa discussão.
Cumprimento ao nobre Vereador Gilberto Natalini, que colocou na dose certa, a ponderação sobre esse momento em que vivemos. A discussão de uma eleição em dois turnos é exatamente para que possamos, no primeiro momento, juntar o que é diferente e, no segundo turno, o que é mais próximo e semelhante ainda. É a possibilidade de selar alianças e de assumir compromissos.
Parece-me que a Carta aos Brasileiros, do candidato Lula, assumindo os fundamentos da economia do Governo FHC foi feita num momento em que era importante dizer à população que não se mexeria nos fundamentos econômicos que garantiram a estabilidade econômica. Era a carta do Presidente Lula.
Alguns segmentos da esquerda não gostaram, mas foi o que deu credibilidade ao Presidente Lula, fazendo com que ganhasse a eleição. Foi exatamente o que ocorreu num momento em que foi necessário dizer: "Olha, se eu ganhar a eleição não se assustem, porque não vamos mexer na política cambial, nem na política de juros, o Banco Central não vai ter independência total".
V.Exa., nobre Vereador Jamil Murad, se lembra do desconforto que criou em vosso partido a tese de que o Banco Central pudesse vir a ser totalmente independente. E no início, inclusive, o desconforto nas organizações de esquerda com a política de juros. Até o Vice-Presidente da República parecia recitar um mantra, batendo na política de altos juros do Governo Lula - que era continuidade do Governo do FHC: política de altos juros para segurar a economia, o consumo, garantindo o superávit primário.
Portanto, o debate político é muito importante e, na Câmara Municipal de São Paulo, fazemos essa discussão em alto nível - como foi feito aqui -, o que ajuda a todos os eleitores e a democracia. Muito Obrigado”.
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