terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Comissão da Verdade: JK foi assassinado



Luiz França/CMSP

A Comissão da Verdade “Vladimir Herzog” da Câmara Municipal de São Paulo apresentou nesta terça-feira (10/12) relatório de 28 páginas e dezenas de evidências que atestam que o presidente Juscelino Kubitschek foi assassinado pela Ditadura Militar em 1976. A versão oficial da época apresentava que JK sofreu um acidente automobilístico na Via Dutra. 

“Não há dúvida: JK foi assassinado a mando da ditadura. E, mais, as evidências mostram que o presidente foi vítima da conhecida Operação Condor, orquestrada pelas forças de repressão das ditaduras latino americanas com a CIA, que também vitimou o chanceler chileno Orlando Letelier”, afirmou Ricardo Young (PPS), membro da Comissão.

Entre as principais provas destacadas no relatório, estão os depoimentos do ex-motorista da Viação Cometa Josias Nunes de Oliveira, que relatou o momento em que o carro em que estava JK "ultrapassou o ônibus pela direita e não fez a curva"; do ex-secretário de JK, Serafim Jardim, que revelou que o ex-presidente recebia ameaças e estava sendo vigiado por agentes do governo militar; além do perito criminal Alberto Carlos de Minas, que relatou ameaças para não vincular o "acidente automobilístico a um atentado político.

“Nós estamos convictos de que Juscelino Kubitschek foi assassinado, não temos dúvidas disso. Estamos assumindo essa responsabilidade porque ouvimos muitos envolvidos na época  e conseguimos juntar provas", explicou o presidente da Comissão da Verdade, vereador Natalini (PV) ao site da Câmara Municipal. 

O documento realizado pela Comissão será encaminhado aos presidentes da república, Dilma Rousseff; do Congresso Nacional, Renan Calheiros; e do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa

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