domingo, 15 de dezembro de 2013

Young sugere uma Câmara “com ousadia” e articulada com a “nova política”




Após a eleição da nova Mesa Diretora da Câmara Municipal na manhã deste domingo (15/12), o vereador Ricardo Young (PPS) usou a tribuna para pedir que o parlamento municipal aja com uma disposição mais horizontal, mais democrática e menos formal.

O líder do PPS solicitou ao presidente reeleito José Américo (PT) que a nova direção da Câmara lidere ‘com ousadia’, na busca de novas formas de diálogo e de articulação com essa ‘nova política’ que emerge das ruas.

“Entraremos em um ano eleitoral, e precisamos ter a coragem de fazer deste ano um ano diferente, em que possamos criar novos mecanismos de diálogo, e que as grades colocadas na frente da Câmara, antes de representarem um afastamento da Câmara em relação à população, represente a possibilidade de construirmos diálogos com segurança, dentro de uma ética de paz, de não violência, e que possa sintonizar a obsolescência das instituições com a vanguarda dos movimentos democráticos”. 

Young também sugeriu que as reuniões da Mesa Diretora não tenham um caráter apenas e tão somente administrativo. 

Ele aproveitou para saudar os membros da nova mesa diretoria da Casa eleita para o próximo ano: José Américo (PT), presidente; Marta Costa (PSD), primeira vice; George Hato (PMDB), segundo vice; Claudinho de Souza (PSDB), primeira secretaria; Conte Lopes (PTB), segunda secretaria; Gilson Barreto (PSDB) e Dalton Silvano (PV), suplentes. A corregedoria geral da Câmara Municipal ficou com a vereadora Sandra Tadeu (DEM). Leia abaixo a íntegra.

“Sr. Presidente, o debate político é sempre saudável, mesmo num dia como esse.

“Primeiro, quero pedir desculpas pelo atraso. Acabei não votando nos primeiros nomes da chapa, mas quero parabenizar V.Exa. e toda a Mesa pela eleição. Quero parabenizar a nobre Vereadora Marta Costa, que é a primeira mulher a ser eleita como Vice-Presidente nesta Casa. (Palmas) Nossas expectativas são altas, V.Exa. pode acreditar. Também gostaria de parabenizar todos aqueles que estão deixando os cargos na Mesa. 

Sr. Presidente, gostaria de solicitar, como Presidente no segundo mandato, que pudesse considerar algumas das conversas que tivemos, quando da nossa viagem à Israel. V.Exa., outros Vereadores e eu tivemos a oportunidade de visitar a Prefeitura e a Câmara Municipal de Jerusalém e de ter uma ideia muito clara de como a Câmara interage com a população. Inclusive, conversamos sobre a possibilidade de mudarmos as disposições de algumas salas desta Casa para que numa disposição mais horizontal, mais democrática e menos formal pudéssemos construir um espaço cada vez mais democrático. Por isso, gostaria que V.Exa. levasse isso em consideração na próxima legislatura. 

Também gostaria de solicitar aos Colegas Vereadores – me incluo nisso – que consideremos as reuniões da Mesa não como um espaço de discussão administrativa apenas. Tive a possibilidade de participar de duas ou três reuniões da Mesa, neste ano, gostaria de ter participado mais, não fosse a coincidência de horário com as Comissões, mas as reuniões da Mesa discutem o espírito de gestão desta Casa. E num momento de profunda mudança – como estamos vivendo e em um momento de profunda mudança como o que estamos vivendo, é absolutamente necessário que esta Casa se ajuste ao que está ocorrendo na nova política.

Ontem o Presidente Fernando Henrique Cardoso, em uma palestra na RAPS para várias Lideranças, de vários partidos, falava do descompasso dos partidos com a política que emerge nas ruas e da grande dificuldade que as instituições têm de dialogar com a nova democracia, aquela que acende o coração dos jovens, mas ainda não encontra neles uma forma estruturada de expressão.

Eu gostaria, Sr. Presidente, que esta Mesa nos liderasse com ousadia para buscar novas formas de diálogo e articulação com essa nova política que emerge. Entraremos em um ano eleitoral, e precisamos ter a coragem de fazer deste ano um ano diferente, em que possamos criar novos mecanismos de diálogo, e que as grades colocadas na frente da Câmara, antes de representarem um afastamento da Câmara em relação à população, represente a possibilidade de construirmos diálogos com segurança, dentro de uma ética de paz, de não violência, e que possa sintonizar a obsolescência das instituições com a vanguarda dos movimentos democráticos.

Acho que este é um grande desafio, e coloco-me à disposição da Mesa naquilo que for necessário para contribuir. Espero que a próxima gestão não seja apenas da Casa, mas exemplar nos novos mecanismos, nas novas estruturas de instituições que precisam dialogar com a nova política. Muito obrigada, Sr. Presidente”. 

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