quarta-feira, 2 de junho de 2010

Fonseca enaltece “mérito democrático” das eleições

O líder do PPS na Câmara Municipal de São Paulo, Professor Claudio Fonseca, usou a tribuna da Casa nesta quarta-feira (2/5) para abordoar a questão eleitoral. “A disputa eleitoral é um momento de grande tensão, mas, sem dúvida, é o maior reflexo da democracia”. Abaixo, a íntegra do discurso:

"Sr. Presidente, Sras. e Srs. Vereadores, nobre Vereadora Mara Gabrilli, presente como sempre, muitas vezes as pessoas estranham que os Vereadores ocupem a tribuna para falar sobre o quadro político geral. Próximo das eleições é natural que representantes dos diferentes partidos na Câmara Municipal coloquem suas opiniões acerca dos projetos político-eleitorais e das alianças de cada partido. Há pouco ouvimos o nobre Vereador Apolinario dar sua opinião acerca do melhor espaço que seu partido deveria ocupar neste momento de disputa eleitoral, tendo até defendido uma candidatura própria.

O mérito da democracia é exatamente este: a alternância de poder; a possibilidade de os partidos organizados apresentarem suas candidaturas, de os homens bons e bem intencionados se apresentarem também entre aqueles que não têm tantas qualidades, que podemos classificar como homens e mulheres que estão conspirando contra um projeto voltado ao bem comum. Mas há pessoas de grande significado e importância na participação na luta em causas focais e gerais, e vemos com satisfação esses nomes surgirem como alternativas para os seus partidos.

É o caso, por exemplo, do ex-Vice-Governador Aloysio Nunes, ex-Ministro da Justiça, ex-Chefe da Casa Civil do Governo do Estado, ex-Secretário de Governo na Prefeitura do Município de São Paulo. É um nome que se apresenta e engrandece a democracia, engrandece a participação no processo de disputa eleitoral que ocorre na Cidade, no Estado e no Brasil. Pessoas como o Aloysio Nunes - que passou pelo Partido Comunista Brasileiro, PMDB, hoje está no PSDB, com esse histórico dedicado à luta do povo brasileiro, à resistência contra a ditadura militar, à luta pela Assembleia Constituinte livre e soberana, à participação no processo constituinte - obviamente são credenciadas para participar do processo eleitoral disputando cargos majoritários e legislativos. Assim como muitos parlamentares da Câmara Municipal que se apresentam como candidatos ou como pré-candidatos, homens e mulheres.

Quando tenho notícias de que a nobre Vereadora Mara Gabrilli poderá ser candidata a Deputada Federal, penso em quão estratégico será levar para a Câmara Federal os temas que S.Exa. debate na Câmara Municipal, os projetos de lei que apresenta acerca de acessibilidade, acerca da situação das pessoas que têm dificuldades de mobilidade ou deficiências. Não só isso: S.Exa. tem um olhar que lança sobre a Cidade, sobre todos os aspectos da vida pública que, com certeza, engrandecerá, se aceitar o desafio de participar como Deputada Federal levando esses temas para o Brasil todo. Assim como outros parlamentares da Câmara Municipal de São Paulo.

O momento é importante, é rico e os acontecimentos ocorrem em maior profusão, como, por exemplo, encontros de trabalhadores, que estão se reunindo no Pacaembu, no Juventus e em vários espaços da Cidade para discutir seus programas, desejando que sejam assumidos pelos candidatos, que, depois, os transformarão em programas de governo.

A disputa eleitoral é um momento de grande tensão, mas, sem dúvida, é o maior reflexo da democracia. Quiçá aquilo que se diz em campanha seja cumprido quando os candidatos chegarem à representação que tanto desejam ter, seja no Legislativo ou no Executivo. Por essa razão, não nos é estranho quando algum Vereador vem à tribuna explanar sobre a melhor posição que seu partido deve ocupar num determinado momento de debate.

Em junho, realizadas as convenções, encerrar-se-á esse processo e as coligações e as alianças já estarão formadas e as candidaturas já anunciadas. Será o momento, então, de apresentar à sociedade os programas de governo. Se bases para o futuro foram bem edificadas, não haverá quem as desmanche; se não foram, será passado, porque tudo aquilo que não tem sustentação obviamente se desfaz. Mas nada é estanque e a luta e a vida política são dinâmicas; e é bom que seja assim, porque é assim que o contraditório se expressa.

Portanto, a partir desse processo eleitoral – democrático e com a legitimidade de todas as propostas apresentadas – tomara que possamos oferecer à população uma vida melhor. Muito obrigado".

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