Jovem Pan
Apesar de terem feitos promessas de atender aos interesses da população e, particularmente, dos torcedores, os vereadores da cidade de São Paulo mostraram que a vontade do povo ficou só no discurso político. Ao todo, 37 dos 55 integrantes da Câmara Municipal de São Paulo votaram a favor da manutenção dos jogos às 10 da noite.
Ouça a matéria.
A firmeza nos posicionamentos, a defesa dos interesses dos munícipes só ficou nas palavras e manteve-se a preferência pela falta de segurança e transporte nas saídas dos estádios.
Projeto dos vereadores Antônio Goulart e Agnaldo Timóteo, a lei, que limitaria o final das partidas até as 23h15, foi aprovada por ampla maioria na Câmara, com 43 favoráveis e dois contrários, e, logo depois, foi vetada pelo prefeito Gilberto Kassab.
Na época do veto, os vereadores correram a se colocar defendendo a derrubada do veto. Antônio Goulart, até mesmo, declarou que o futebol não pode ficar refém das novelas.
“A impressão que se dá é que a pessoa que pode ir ao jogo, no dia seguinte não tem que trabalhar. (...) Eu não posso permitir que uma emissora de televisão determine o horário de jogo”, disse o autor do projeto.
Contudo, ontem, Antônio Goulart pediu aos colegas que votassem pela manutenção do veto do prefeito Kassab, para que uma outra proposta seja analisada pela Câmara. O detalhe que nos chama a atenção é que o outro projeto citado por Goulart não coloca em questão o horário dos jogos de futebol em São Paulo.
O outro autor do projeto, Agnaldo Timóteo, que dizia se sentir frustrado pela atitude de seus colegas em manter o veto de Kassab, nem compareceu à reunião de ontem.
O presidente da Câmara, Antônio Carlos Rodrigues, do PR, que disse que faria de tudo para derrubar o veto e que sonhava em acabar com o “fantasma da capital de São Paulo de deixar o pessoal dormir tarde”, ontem mudou de posicionamento e defendeu os jogos às 22h.
“Nós temos que tirar esse fantasma da capital de são Paulo de deixar o pessoal dormir tarde. (...) Sou a favor do projeto, vou lutar pra esse projeto ser aprovado e, se o prefeito vetar, eu vou fazer tudo para derrubar o veto logo em seguida. (...) Você imagina quem mora em Parelheiros, quem mora no Capão Redondo, quem mora em Perus, na Cidade Tiradentes, sair do estádio à meia noite e ir embora para casa”, disse o presidente da Câmara, que parece ter se esquecido do povo que sai do estádio à meia noite e tem de voltar para casa.
Os únicos vereadores que se colocaram ao lado dos moradores de São Paulo e que defenderam o final dos jogos até, no máximo, 23h15 foram: Celso Jatene, do PTB; Claudio Fonseca, do PPS; Cláudio Prado, do PDT; Marco Aurélio Cunha e Sandra Tadeu, ambos do DEM.
Contudo, mesmo com o evidente desprestígio com os interesses da população a vereadora Sandra Tadeu disse que não desistirá de tentar aprovar o fim dos jogos às 22h.
“São Paulo é uma cidade extremamente grande, é zona sul, é zona leste, quem anda pela periferia de São Paulo sabe o quanto é difícil você chegar nestes locais. A gente é mãe, cada vez que seu filho põe uma camisa a gente tem que levar em conta isso e eu mantenho. Vou lutar por isso, não desisti. Tem que começar a mostrar que a câmara de São Paulo tem que ter uma participação extremamente importante, então pra mim isso foi uma derrota, mas não vai parar aí”, declarou a vereadora.
Com a decisão da Câmara, os jogos com início às dez da noite estão mantidos. Claudio Fonseca, do PPS, lamentou a mudança de posicionamento de seus 37 colegas, que levou a manutenção dos riscos nas saídas dos estádios.
“Os vereadores alteraram o seu posicionamento por um pedido dos autores em relação ao veto. Eu mantive o voto que eu dei anteriormente pela fixação do horário do termino das partidas às 23h15 porque não me convenceram de que o melhor pra cidade é não ter o teto de horário para o término das partidas. Esse projeto foi bastante debatido, com a presença de representantes das empresas de comunicação, com a representação dos moradores, de associações do entorno do Pacaembu, por exemplo. Não houve argumento posterior à votação que me levasse a votar favoravelmente ao veto do prefeito”, apontou Claudio Fonseca.
Confira abaixo a lista dos vereadores que votaram pela manutenção do veto do prefeito Gilberto Kassab à limitação do término dos jogos às 23h15.
Do DEM: Carlos Apolinário, Domingos Dissei, Marta Costa, Milton Leite e Ushitaro Kamia.
Do PSDB: Carlos Alberto Bezerra Júnior, Dalton Silvano, Gilson Barreto, José Police Neto, Juscelino Gadelha, Mara Gabrilli, Natalini e Souza Santos.
Do PT: Alfredinho, Arselino Tatto, Chico Macena, Donato, Francisco Chagas, João Antonio, José Américo, Zelão, Juliana Cardoso e Senival Moura.
Do PMDB: o próprio autor Antonio Goular e Jooji Hato; do PTB: Adilson Amadeu e Paulo Frange.
Do PR: Antonio Carlos Rodrigues, Aurélio Miguel, Quito Formiga e Toninho Paiva.
Do PSB: Eliseu Gabriel, Gabriel Chalita e Noemi Nonato.
Do PV: Penna e Roberto Trípoli.
Do PRB: Atílio Francisco.
Abou Anni, do PV; Adolfo Quintas, Claudinho e Ricardo Teixeira, do PSDB, Agnaldo Timóteo, do PR; Ítalo Cardoso, do PT; Jamil Murad e Netinho de Paula, PC do B; Marcelo Aguiar; do PSC; Milton Ferreira, do PPS; Russomano e Wadih Mutran, do PP, deixaram de votar.
Apesar de terem feitos promessas de atender aos interesses da população e, particularmente, dos torcedores, os vereadores da cidade de São Paulo mostraram que a vontade do povo ficou só no discurso político. Ao todo, 37 dos 55 integrantes da Câmara Municipal de São Paulo votaram a favor da manutenção dos jogos às 10 da noite.
Ouça a matéria.
A firmeza nos posicionamentos, a defesa dos interesses dos munícipes só ficou nas palavras e manteve-se a preferência pela falta de segurança e transporte nas saídas dos estádios.
Projeto dos vereadores Antônio Goulart e Agnaldo Timóteo, a lei, que limitaria o final das partidas até as 23h15, foi aprovada por ampla maioria na Câmara, com 43 favoráveis e dois contrários, e, logo depois, foi vetada pelo prefeito Gilberto Kassab.
Na época do veto, os vereadores correram a se colocar defendendo a derrubada do veto. Antônio Goulart, até mesmo, declarou que o futebol não pode ficar refém das novelas.
“A impressão que se dá é que a pessoa que pode ir ao jogo, no dia seguinte não tem que trabalhar. (...) Eu não posso permitir que uma emissora de televisão determine o horário de jogo”, disse o autor do projeto.
Contudo, ontem, Antônio Goulart pediu aos colegas que votassem pela manutenção do veto do prefeito Kassab, para que uma outra proposta seja analisada pela Câmara. O detalhe que nos chama a atenção é que o outro projeto citado por Goulart não coloca em questão o horário dos jogos de futebol em São Paulo.
O outro autor do projeto, Agnaldo Timóteo, que dizia se sentir frustrado pela atitude de seus colegas em manter o veto de Kassab, nem compareceu à reunião de ontem.
O presidente da Câmara, Antônio Carlos Rodrigues, do PR, que disse que faria de tudo para derrubar o veto e que sonhava em acabar com o “fantasma da capital de São Paulo de deixar o pessoal dormir tarde”, ontem mudou de posicionamento e defendeu os jogos às 22h.
“Nós temos que tirar esse fantasma da capital de são Paulo de deixar o pessoal dormir tarde. (...) Sou a favor do projeto, vou lutar pra esse projeto ser aprovado e, se o prefeito vetar, eu vou fazer tudo para derrubar o veto logo em seguida. (...) Você imagina quem mora em Parelheiros, quem mora no Capão Redondo, quem mora em Perus, na Cidade Tiradentes, sair do estádio à meia noite e ir embora para casa”, disse o presidente da Câmara, que parece ter se esquecido do povo que sai do estádio à meia noite e tem de voltar para casa.
Os únicos vereadores que se colocaram ao lado dos moradores de São Paulo e que defenderam o final dos jogos até, no máximo, 23h15 foram: Celso Jatene, do PTB; Claudio Fonseca, do PPS; Cláudio Prado, do PDT; Marco Aurélio Cunha e Sandra Tadeu, ambos do DEM.
Contudo, mesmo com o evidente desprestígio com os interesses da população a vereadora Sandra Tadeu disse que não desistirá de tentar aprovar o fim dos jogos às 22h.
“São Paulo é uma cidade extremamente grande, é zona sul, é zona leste, quem anda pela periferia de São Paulo sabe o quanto é difícil você chegar nestes locais. A gente é mãe, cada vez que seu filho põe uma camisa a gente tem que levar em conta isso e eu mantenho. Vou lutar por isso, não desisti. Tem que começar a mostrar que a câmara de São Paulo tem que ter uma participação extremamente importante, então pra mim isso foi uma derrota, mas não vai parar aí”, declarou a vereadora.
Com a decisão da Câmara, os jogos com início às dez da noite estão mantidos. Claudio Fonseca, do PPS, lamentou a mudança de posicionamento de seus 37 colegas, que levou a manutenção dos riscos nas saídas dos estádios.
“Os vereadores alteraram o seu posicionamento por um pedido dos autores em relação ao veto. Eu mantive o voto que eu dei anteriormente pela fixação do horário do termino das partidas às 23h15 porque não me convenceram de que o melhor pra cidade é não ter o teto de horário para o término das partidas. Esse projeto foi bastante debatido, com a presença de representantes das empresas de comunicação, com a representação dos moradores, de associações do entorno do Pacaembu, por exemplo. Não houve argumento posterior à votação que me levasse a votar favoravelmente ao veto do prefeito”, apontou Claudio Fonseca.
Confira abaixo a lista dos vereadores que votaram pela manutenção do veto do prefeito Gilberto Kassab à limitação do término dos jogos às 23h15.
Do DEM: Carlos Apolinário, Domingos Dissei, Marta Costa, Milton Leite e Ushitaro Kamia.
Do PSDB: Carlos Alberto Bezerra Júnior, Dalton Silvano, Gilson Barreto, José Police Neto, Juscelino Gadelha, Mara Gabrilli, Natalini e Souza Santos.
Do PT: Alfredinho, Arselino Tatto, Chico Macena, Donato, Francisco Chagas, João Antonio, José Américo, Zelão, Juliana Cardoso e Senival Moura.
Do PMDB: o próprio autor Antonio Goular e Jooji Hato; do PTB: Adilson Amadeu e Paulo Frange.
Do PR: Antonio Carlos Rodrigues, Aurélio Miguel, Quito Formiga e Toninho Paiva.
Do PSB: Eliseu Gabriel, Gabriel Chalita e Noemi Nonato.
Do PV: Penna e Roberto Trípoli.
Do PRB: Atílio Francisco.
Abou Anni, do PV; Adolfo Quintas, Claudinho e Ricardo Teixeira, do PSDB, Agnaldo Timóteo, do PR; Ítalo Cardoso, do PT; Jamil Murad e Netinho de Paula, PC do B; Marcelo Aguiar; do PSC; Milton Ferreira, do PPS; Russomano e Wadih Mutran, do PP, deixaram de votar.
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