quarta-feira, 14 de abril de 2010

Representante do Conselho dos Enfermeiros presta depoimento à CPI

Site da Câmara

Maus tratos aos idosos e alto índice de mortalidade nas casas de repousos da cidade, além do número insuficiente de profissionais nos pronto-socorros e hospitais municipais, são alguns dos maiores problemas enfrentados pela fiscalização do Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo (Coren-SP).

As informações foram dadas pela superintendente técnica do Coren, Maria Angélica Azevedo Rosin, nesta terça-feira (13/4), aos integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura e averigua eventuais deficiências no desempenho da da Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa).

Maria Angélica informou ainda que o Coren tem uma parceria com a Covisa. “Nós encaminhamos todos os problemas que nossos fiscais detectam, e que não cabem a nós agirmos, à Covisa. A Coordenação de Vigilância em Saúde nos atende muito bem, porém sabemos das dificuldades estruturais do órgão e, por isso, a Covisa é um pouco morosa para o volume de problemas que encaminhamos para a coordenação”.

Palm Top

O vereador Paulo Frange (PTB) convidou Maria Angélica para que faça uma apresentação aos integrantes da CPI de como é feita a fiscalização pelo Conselho, cujo modelo deve ser copiado pela Prefeitura em todas as suas ações, principalmente pelas subprefeituras. “Trata-se de um Palm Top que é carregado toda manhã e entregue ao fiscal que tem de cumprir todos os detalhes, pois não passa para o próximo item sem estar atendido o primeiro. Não há jeitinho, não tem amigo, não tem corrupção. Esse é o modelo que dá certo no Conselho há muito tempo. É isso que queremos implantar na Prefeitura”, disse ele.

UBS

O vereador Jamil Murad (PCdoB) classificou de “excelente” a apresentação da representante do Coren. “O Conselho tem um retrato da realidade da saúde na cidade de São Paulo e, com isso, constatamos que Covisa não está cumprindo plenamente com suas atribuições. O Poder Público congela as verbas da Covisa, não conseguiu ainda abrir licitação para a contratação de veículos para transportar os funcionários em seus serviços de fiscalização, além de ser necessário, pelo menos, dobrar o número de funcionários que hoje é pouco mais de mil”.

Murad destacou ainda que, de acordo com a representante do Conselho, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) possuem apenas uma enfermeira, quando o “necessário seria pelo menos três ou quatro”.

Participaram da reunião os seguintes vereadores: Aurélio Miguel (PR), Jamil Murad (PCdoB), José Police Neto (PSDB), Paulo Frange (PTB), Milton Ferreira (PPS), Gilson Barreto (PSDB), José Ferreira Zelão (PT) e Noemi Nonato (PSB).

Um comentário:

  1. Engraçado. Na mesma reunião da semana passada a constatação foi que a Covisa não tem numero suficiente de funcionários. Passa mais uma semana de "trabalhos" e chegam a mesma conclusão. Sem nenhuma novidade e especulando sobre assuntos que fogem completamente da alçada da Covisa, como fiscalização de hospitais e informações mais relacionadas aos conselhos de classe do que propriamente a Covisa.

    Essa comissão está muito perdida. Não tem foco, não tem objeto de investigação...Desde quando CPI é para concluir que órgão público conta com pouca verba????

    Vamos acordar! Essa CPI é só mais um uso politico do Centrão para pressionar o prefeito!!!
    Fingem que investigam e escolheram o lugar errado para encontrar defeito...

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