quinta-feira, 6 de maio de 2010

Claudio Fonseca pede mais atenção para os assuntos educacionais


Foto - RenatodSouza/CâmaraMunicipal

O líder do PPS na Câmara Municipal de São Paulo, Professor Claudio Fonseca, em seu discurso durante o Pequeno Expediente nesta quinta-feira (6/5), elogiou o governo na questão das Operações Urbanas para a reurbanização da orla ferroviária e desenvolvimento da zona leste da cidade. “São projetos estratégicos para o desenvolvimento ordenado e para a reocupação do solo urbano da cidade”, ressaltou.

No discurso, Fonseca mencionou o evento realizado por seu gabinete que instalou a Frente Parlamentar do Cooperativismo Paulistano – 'Frencoop Paulistana' - "com o apoio de 29 vereadores". Ao final, criticou a postura de diversos parlamentares que, da tribuna, lamentam sobre a possibilidade de o Brasil perder a oportunidade de sediar a Copa 2014: “gostaria que os lamentos dos parlamentares fossem proporcionais às perdas que temos por falta de investimentos na educação, na saúde pública”. Veja a íntegra abaixo:

"Sr. Presidente, Srs. Vereadores, assumi o compromisso de iniciar o meu discurso falando bem do nobre Vereador Gilberto Natalini. Ele me pediu, mas ele merece. V.Exa. é um grande Vereador e esteve comigo, pela manhã, no Instituto de Engenharia de São Paulo junto com o Sr. Prefeito e vários Secretários quando tomamos conhecimento da contratação de três novos projetos urbanísticos para a cidade de São Paulo.

Lá estava também o nobre Vereador Floriano Pesaro, que não pediu para que falasse bem dele, mas falarei mesmo assim, S.Exa. é um bom Vereador.

Anunciaram, naquele momento, as Operações Urbanas para a reurbanização da orla ferroviária e desenvolvimento da zona Leste. São três grandes projetos para a cidade de São Paulo e, quando viabilizados e efetivados, causaram um impacto extraordinário em São Paulo.

São as Operações Urbanas Lapa – Brás; Mooca – Vila Carioca; Rio Verde – Jacu Pêssego. Esta última, em particular, atingirá o extremo da zona Leste que pode incrementar o desenvolvimento local, gerar empregos e fixar empreendimentos naquela região.

No eixo Sul, que atinge o bairro do Brás até a divisa de São Caetano, encontramos os grandes galpões, muitos dos quais tiveram um papel importante no desenvolvimento de São Paulo a partir do século retrasado havia uma instalação da ferrovia que ia até Santos para a exportação e transporte de café. Hoje, pode ter outra vocação, sem abandonar a vocação industrial que é necessária. No conceito de cidade compacta temos também moradia com possibilidade de emprego próximo.

Foi uma grande satisfação participar, no dia de hoje, com alguns outros Vereadores da contratação de projetos para a viabilização dessas operações. São projetos de grande impacto para a cidade de São Paulo.

Os projetos de lei para a viabilização das Operações Urbanas virão para a Câmara Municipal de São Paulo e teremos a oportunidade de debatê-las, mas não temos dúvida de que são projetos estratégicos para o desenvolvimento ordenado e para a reocupação do solo urbano da cidade.

No dia de ontem, lançamos a frente parlamentar de apoio e defesa ao cooperativismo que tem o apoio de 29 Vereadores.

Na ocasião, tivemos a satisfação de receber mais de 100 cooperativas, tanto cooperativas por segmentos, como centrais de cooperativas que estiveram presentes, então, quero agradecer a todos os Vereadores que integram a Frente Parlamentar Cooperativista, como também agradecer a todos aqueles presidentes de cooperativas e centrais de cooperativas que compareceram ontem na Câmara Municipal.

Tenho acompanhado, muitas vezes, as lamentações, os choros, de alguns Parlamentares, comentando que o Brasil pode perder a oportunidade de sediar uma Copa do Mundo. Gostaria que os lamentos dos Parlamentares fossem proporcionais às perdas que temos por falta de investimentos na educação, na saúde pública.

Só a cidade de São Paulo para poder viabilizar os jogos da Copa, terá de fazer investimentos da ordem de 27 bilhões e muitos dizem que é para dar oportunidade às pessoas assistirem aos jogos. Se você reunir todos os que terão oportunidade de assistir aos jogos da Copa do Mundo em estádio não chega a 800 mil pessoas. Os pobres, as pessoas despossuídas, afastadas dos bancos escolares, aqueles que lamentam a possibilidade de não ter uma vaga num leito hospitalar, são em número muito superior.

Os pobres vão assistir aos jogos da Copa na televisão. Não que não tenha que acontecer aqui no Brasil, é obvio que tem de ter, mas o País precisa de investimentos em saúde, educação, infraestrutura e saneamento. Achar que a grande questão é essa, que é estratégico investir em infraestrutura para sediar a Copa é importante, é lógico que deixa um legado, mas um pais tem de ter uma visão estratégica de futuro e investir em: educação, saúde, infraestrutura, saneamento básico, transporte e moradia popular, independentemente, da Copa. Isso é mais importante.

Se o Brasil perdesse a oportunidade de sediar a Copa para ter um incremento à saúde e educação, ainda assim valeria à pena".

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