segunda-feira, 10 de maio de 2010

Milton Ferreira vistoria Hospital João XXIII


Membro da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, o vereador Dr. Milton Ferreira (PPS) participou no último dia seis de maio de de vistoria ao Hospital João XXIII, localizado no bairro da Mooca, zona leste. A unidade de saúde é alvo de reclamações de diversos munícipes, principalmente pela demora no atendimento ao público.

A Comissão, representada também pelos vereadores petistas José Ferreira (Zelão) e Juliana Cardoso, foi recebida pelos médicos João Prata (Diretor Técnico), Walter Yasbek e Fábio da Silva. Também participaram da reunião com os parlamentares e os responsáveis pelo hospital os senhores Norberto e Márcia, membros do Conselho Gestor.

Questionado pelo Dr. Milton Ferreira sobre a não realização de cirurgias eletivas, João Prata afirmou: “nós não realizamos cirurgias eletivas devido à falta de equipamentos no centro cirúrgico. Temos cinco salas de cirurgia, porém apenas duas equipadas. Além disso, não há no hospital uma sala de enfermaria para o pós-operatório”.

A vereadora Juliana Cardoso questionou os números do hospital. De 2005 para 2009 , segundo dados da Comissão, caíram os números de atendimentos e aumentou o índice de mortalidade. Prata explicou: “Com a implantação da AMA, o número de atendimentos sem complexidade aumentou, porém o número de atendimentos da AMA não compõe os do hospital. Se forem somados os atendimentos da AMA com os do hospital, perceber-se-á um aumento significativo nos atendimentos”. E complementou: “com o desvio dos atendimentos mais simples para a AMA, o hospital dedicou-se aos casos mais graves, razão pela qual o índice de mortalidade aumentou, contudo, está dentro dos parâmetros aceitáveis”.


Outro questionamento foi quanto ao atendimento na área de obstetrícia, que, segundo os parlamentares, vem diminuindo. Prata atribuiu ao envelhecimento da população da Mooca, Vila Prudente e Ipiranga; à queda do índice de natalidade do município e ao aumento da oferta hospitalar pelo município, com a inauguração de hospitais em áreas mais distantes. Segundo ele, “o hospital está de portas abertas para as gestantes e que há leitos vagos na obstetrícia”.

O responsável pela unidade hospitalar informou que a grade de médicos e enfermeiros está praticamente completa e há defasagem apenas no número de técnicos de enfermagem. Segundo ele, o hospital já adquiriu um tomógrafo, porém aguarda a adaptação de uma sala para a instalação.


O Conselho Gestor elogiou a administração do hospital, "sempre pronta para ouvir as demandas e tentar corrigir as eventuais falhas". Para Norberto, a burocracia da autarquia dificulta a execução de projetos de melhorias no hospital. O vereador Zelão promteu estudar junto à Comissão de Saúde a possibilidade de agilizar os processos para a descentralização orçamentária, dando mais autonomia para os hospitais em sua gestão financeira.

Apesar da recente reforma do centro cirúrgico, os parlamentares constataram a falta de manutenção em algumas salas e corredores do hospital. Questionado, o médico Yasbek informou que esses reparos são feitos gradativamente para não comprometer a qualidade de atendimento. A AMA instalada ao lado do hospital também foi vistoriada e o tempo do primeiro atendimento era inferior a trinta minutos.

A Comissão deduziu que as reclamações originadas contra o Hospital João XXIII foram originadas por uma grande procura pela população, comprometendo a capacidade instalada. Ao final, Prata informou que por volta de 16 mil atendimentos são feitos a cada mês e que, segundo ele, é o limite operacional da unidade de saúde pública.

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