Com informações da Câmara Municipal
Fotos - Renato d Souza - CMSP
Organizado pelo PPS de São Paulo, e dirigido pela ex-vereadora Soninha Francine, o Seminário “O crack e o enfrentamento social, legal e político” debateu estratégias, resultados e perspectivas nos âmbitos da saúde, legislação e políticas públicas a respeito da droga na noite desta segunda-feira na Câmara Municipal de São Paulo. O evento foi transmitido ao vivo via internet.
O vereador Claudio Fonseca (PPS), líder do PPS e cicerone do evento, falou sobre a importância da discussão. “A Câmara não pode ficar indiferente a esse problema social e de saúde pública. O crack precisa receber um enfrentamento social, econômico e político. É importante que debatamos um conjunto de ações que envolva o governo municipal, estadual e a União e que dê a essa questão o tratamento que ela merece”. disse.
Participaram do debate como expositores os psiquiatras Ronaldo Laranjeira, da UNIFESP, e Thiago Marques, coordenador do setor de adultos do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes do Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina, além do promotor de Justiça da área de Saúde Pública, Dr. Reynaldo Mapelli Junior.
Os debates foram mediados pela ex-vereadora Soninha Francine. Segundo ela, eventos como esse são importantes para que as pessoas envolvidas possam trocar informação e experiência. “No atual estado de coisas, a universidade não sabe o que a política faz e vice-versa, por isso montamos essa mesa tão ampla, para que um inspire e informe o outro. É um assunto que preocupa e angustia a todos”.
Para Laranjeira, a chamada “Cracolândia” tem que ser dissolvida. “Não é uma solução policialesca. Temos que criar um sistema para tirar essas pessoas da rua. Não é para prender, mas evitar que elas sejam presas e enviá-las para um sistema complexo de auxílio social e psicológico. Se formos mesmo resolver, temos que investir substancialmente na criação dessa rede social”, disse o psiquiatra.
Já Thiago Marques explicou que depois de algum tempo de dependência, o crack deixa de dar prazer para o usuário e simplesmente alivia o sofrimento do corpo. Ele demonstrou ainda como a psiquiatria define quem é dependente de drogas: “esse indivíduo apresenta alta tolerância – precisa de cada vez mais -, sofre de abstinência e eleva o consumo por período de tempo prolongado e por quantidades maiores que o planejado”.
O médico lamentou o fato de não existirem estudos sobre remédios ou tratamentos para os usuários de crack e explicou que isso acontece porque é um tratamento lento: “Lidar com os pacientes dependentes torna o estudo mais difícil”.
Veja Mais
Reveja o Seminário, na íntegra, clicando aqui.
Em blog, Soninha Francine comenta o evento.
Aqui, as apresentações dos três expositores da noite; Dr. Laranjeira, Dr. Thiago Marques e Dr. Reynaldo Mapelli Jr.
Aqui, o livro O Tratamento do Usuario de Crack, de Ronaldo Laranejeira.
O promotor Reynaldo Mapelli Jr. criticou seus colegas (da promotoria) que apenas “fazem processos e ficam atrás da mesa no escritório”. Para ele, a função de um promotor nos dias de hoje é deixar o gabinete, entender os problemas da sociedade civil e apresentar elementos jurídicos para auxiliar na elaboração políticas públicas que os combatam.
Ele defendeu os direitos que os dependentes têm por sua condição especial: “o melhor tratamento no sistema de saúde, tratado pelos meios menos invasivos possíveis”.
Também participaram do evento na mesa de debates o Dr. Luiz Alberto C. de Oliveira “Laco”, coordenador de Atenção às Drogas – Comuda; Célia Cristina Whitaker, Secretária Executiva da Secretaria Especial de Direitos Humanos de São Paulo; Dra. Rosangela Elias, coordenadora da Área Técnica de Saúde Mental, Álcool e Drogas da Secretaria Municipal de Saúde; Dr. Cláudio Loreiro, coordenador clínico do Projeto Quixote, psicólogo especialista em álcool e drogas; Edsom Ortega Marques, Secretário Municipal Segurança Urbana; Euclides Conradim, Inspetor Regional da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo e Wagner Abril Souto, diretor de projetos especiais do Centro de Referência de álcool, tabaco e outras drogas, da Secretaria de Saúde do Estado.
Fotos - Renato d Souza - CMSP
Organizado pelo PPS de São Paulo, e dirigido pela ex-vereadora Soninha Francine, o Seminário “O crack e o enfrentamento social, legal e político” debateu estratégias, resultados e perspectivas nos âmbitos da saúde, legislação e políticas públicas a respeito da droga na noite desta segunda-feira na Câmara Municipal de São Paulo. O evento foi transmitido ao vivo via internet.
O vereador Claudio Fonseca (PPS), líder do PPS e cicerone do evento, falou sobre a importância da discussão. “A Câmara não pode ficar indiferente a esse problema social e de saúde pública. O crack precisa receber um enfrentamento social, econômico e político. É importante que debatamos um conjunto de ações que envolva o governo municipal, estadual e a União e que dê a essa questão o tratamento que ela merece”. disse.
Participaram do debate como expositores os psiquiatras Ronaldo Laranjeira, da UNIFESP, e Thiago Marques, coordenador do setor de adultos do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes do Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina, além do promotor de Justiça da área de Saúde Pública, Dr. Reynaldo Mapelli Junior.
Os debates foram mediados pela ex-vereadora Soninha Francine. Segundo ela, eventos como esse são importantes para que as pessoas envolvidas possam trocar informação e experiência. “No atual estado de coisas, a universidade não sabe o que a política faz e vice-versa, por isso montamos essa mesa tão ampla, para que um inspire e informe o outro. É um assunto que preocupa e angustia a todos”.
Para Laranjeira, a chamada “Cracolândia” tem que ser dissolvida. “Não é uma solução policialesca. Temos que criar um sistema para tirar essas pessoas da rua. Não é para prender, mas evitar que elas sejam presas e enviá-las para um sistema complexo de auxílio social e psicológico. Se formos mesmo resolver, temos que investir substancialmente na criação dessa rede social”, disse o psiquiatra.
Já Thiago Marques explicou que depois de algum tempo de dependência, o crack deixa de dar prazer para o usuário e simplesmente alivia o sofrimento do corpo. Ele demonstrou ainda como a psiquiatria define quem é dependente de drogas: “esse indivíduo apresenta alta tolerância – precisa de cada vez mais -, sofre de abstinência e eleva o consumo por período de tempo prolongado e por quantidades maiores que o planejado”.
O médico lamentou o fato de não existirem estudos sobre remédios ou tratamentos para os usuários de crack e explicou que isso acontece porque é um tratamento lento: “Lidar com os pacientes dependentes torna o estudo mais difícil”.
Veja Mais
Reveja o Seminário, na íntegra, clicando aqui.
Em blog, Soninha Francine comenta o evento.
Aqui, as apresentações dos três expositores da noite; Dr. Laranjeira, Dr. Thiago Marques e Dr. Reynaldo Mapelli Jr.
Aqui, o livro O Tratamento do Usuario de Crack, de Ronaldo Laranejeira.
O promotor Reynaldo Mapelli Jr. criticou seus colegas (da promotoria) que apenas “fazem processos e ficam atrás da mesa no escritório”. Para ele, a função de um promotor nos dias de hoje é deixar o gabinete, entender os problemas da sociedade civil e apresentar elementos jurídicos para auxiliar na elaboração políticas públicas que os combatam.
Ele defendeu os direitos que os dependentes têm por sua condição especial: “o melhor tratamento no sistema de saúde, tratado pelos meios menos invasivos possíveis”.
Também participaram do evento na mesa de debates o Dr. Luiz Alberto C. de Oliveira “Laco”, coordenador de Atenção às Drogas – Comuda; Célia Cristina Whitaker, Secretária Executiva da Secretaria Especial de Direitos Humanos de São Paulo; Dra. Rosangela Elias, coordenadora da Área Técnica de Saúde Mental, Álcool e Drogas da Secretaria Municipal de Saúde; Dr. Cláudio Loreiro, coordenador clínico do Projeto Quixote, psicólogo especialista em álcool e drogas; Edsom Ortega Marques, Secretário Municipal Segurança Urbana; Euclides Conradim, Inspetor Regional da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo e Wagner Abril Souto, diretor de projetos especiais do Centro de Referência de álcool, tabaco e outras drogas, da Secretaria de Saúde do Estado.
Estiveram presentes na platéia o presidente nacional do PPS, o deputado federal Roberto Freire, e o presidente municipal do PPS em São Paulo e subprefeito da Lapa, Carlos Fernandes.
Matéria do Jornal da TV Câmara
Nenhum comentário:
Postar um comentário