Com informações do sítio da Câmara
Dados do Censo Demográfico de 2010 revelam um envelhecimento da população da cidade de São Paulo. Segundo números apresentados em reunião da Comissão Extraordinária Permanente do Idoso e de Assistência Social realizada nesta terça-feira (10/5), hoje existem mais de 900 mil pessoas acima de 65 anos, ou cerca de 8% dos moradores da capital. Em 2000, esse número era de 560 mil (5,35%).
Na outra ponta, a pirâmide etária de São Paulo indicou uma redução na proporção de crianças entre 0 e 4 anos: em 2010, elas correspondiam a 3% da população, contra o percentual de 4% registrado dez anos antes, em 2000.
Para Wagner Silveira, coordenador de divulgação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), esses números mostram a necessidade de investimentos em saúde para a população de mais idade. "Daqui alguns anos, vão sobrar vagas em escolas de ensino fundamental e vai aumentar a procura por equipamentos de saúde. Os gestores deverão pensar em menores investimentos em educação básica e maiores em educação técnica, ensino superior e, principalmente, em saúde".
Para dimensionar o universo de cidadãos com mais de 65 anos em São Paulo, Silveira comentou que se todos eles formassem um município, este seria o 18º maior do país, superando inclusive capitais como Teresina e Natal.
Ainda de acordo com as estatísticas apresentadas pelo coordenador do IBGE, em 2000 a capital paulista tinha pouco mais de 10 mil pessoas acima de 90 anos, e em 2010 essa realidade dobrou, passando para 20 mil pessoas. Nesse mesmo período de uma década, a idade preponderante da população também aumentou: passou de 20 a 24 anos em 2000 para 25 a 29 anos em 2010, confirmando a tendência de envelhecimento dos paulistanos.
Por regiões, os dados apontaram a região de Vila Mariana com a maior quantidade (em números absolutos) de pessoas acima de 65 anos: são mais de 25 mil. Em 2000, cerca de 17 mil estavam nessa faixa de idade.
Já o Jardim Paulista tem a maior proporção: quase 22% da população tem mais de 65 anos. Sobre o crescimento percentual, a região de Sapopemba foi o destaque do levantamento, com uma alta de 82% no contingente de paulistanos idosos.
“Esses números que foram trazidos pelo representante do IBGE demonstram a necessidade da cidade construir mais centros de referência do idoso por toda a cidade”, disse o vereador Milton Ferreira (PPS), responsável pelas emendas que ajudaram na construção do Centro de Referência do Idoso do Itaim. Em recente encontro, o parlamentar pediu ao governador Geraldo Alckmin a instituição de uma secretaria voltada para o atendimento dos idosos no Estado.
"Os dados apresentados pelo IBGE são importantíssimos. Com eles, podemos pensar nas políticas públicas que serão realizadas nos próximos anos e priorizar, por exemplo, as periferias que têm deficiência na área da saúde", comentou o presidente da Comissão do Idoso e de Assistência Social, vereador Claudio Prado (PDT).
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