quinta-feira, 9 de maio de 2013

Ricardo Young discute a questão do "Estado mínimo"




Ricardo Young (PPS), em Comunicado de Liderança nesta quinta-feira (9/5), abordou a questão da transparência no serviço público e rebateu o vereador Paulo Fiorilo (PT) que, no plenário, criticou o PSDB ao afirmar que os tucanos são favoráveis ao "Estado mínimo”, ao contrário do PT. “O mais importante para a população não é o tamanho do Estado, mas o Estado presente e competente. O Estado mínimo com incompetência máxima ou o Estado máximo com incompetência máxima não interessa a ninguém”, disse Young. Veja abaixo a íntegra do discurso. 

"Sr. Presidente, gostaria de dizer ao nobre Vereador Paulo Fiorilo que me parece que a Bancada do PT está com certo açodamento em relação ao final de semana. A Liderança do Governo já desejou um bom final de semana e V.Exa. fala do domingo florido etc. Quero só lembrar a Casa que estamos na quinta-feira e sexta-feira é dia de trabalho.

A fala do Governador foi realmente muito infeliz, porque igualou todos os políticos, como se todos fossem iguais. No entanto, a fala do Governador obriga aqueles que não traem, não abusam, não maltratam o povo, e aqueles que não têm o que ocultar do povo a exercitar transparência. Obriga e convoca os vereadores desta Casa a serem ainda mais transparentes e ainda mais responsáveis com a população e seus eleitores. O erro do Governo ao fazer essa infeliz declaração não deve se constituir como nenhuma salvaguarda para que qualquer vereador, deputado ou membro do Executivo possa agir com pouca transparência.

Quando o nobre Vereador Andrea Matarazzo traz uma decisão como essa em relação aos transportes, fico pensando se nós todos, políticos, estamos preparados para o exercício da transparência, porque tenho visto nesta Casa algumas decisões que têm pecado pela falta de transparência. Então acredito que o erro do Governador não deve se constituir em uma salvaguarda para que político algum possa agir com falta de transparência.

Por último, gostaria de voltar à questão que o Vereador Paulo Fiorilo adora, que é a questão do Estado mínimo e do Estado máximo. O PT insiste em acusar o PSDB em torno do conceito de Estado mínimo e não fala da competência do Estado. O mais importante para a população não é o tamanho do Estado, mas o Estado presente e competente. O Estado mínimo com incompetência máxima ou o Estado máximo com incompetência máxima não interessa a ninguém.

O que temos visto é que toda a vez que a administração resolve se imiscuir na gestão direta, seja de empresas públicas, autarquias, seja de parques, como V.Exa. citou, o resultado tem sido muito aquém daquilo que gostaríamos. Se o Estado fosse competente na gestão dos parques, os parques não estariam inseguros como estão; não estariam cheios de mato como estão; e não seriam invadidos como têm sido.

O que devemos perguntar não é se a privatização deve ou não ser feita, mas o que precisa ser feito para que os parques possam ter o melhor funcionamento possível e a população, em vez de ter medo dos parques, passe a usá-los efetivamente. Se isso passar pela privatização, por que não? Afinal de contas, faz parte do poder público a fiscalização, o monitoramento e o rompimento com as concessionárias que não administram bem o objeto da sua concessão.

Gostaria de sair um pouco desse debate ideológico, Vereador Paulo Fiorilo, para discutir o que é consistente, que é a competência e eficiência de gestão. Como disse ontem, o que interessa é o Estado necessário, ou seja, aquele que esteja presente no atendimento das demandas públicas da Cidade. Muito obrigado”.

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