segunda-feira, 27 de junho de 2011

Claudio Fonseca debate Operação Urbana Água Espraiada com moradores da região

O líder do PPS, Professor Claudio Fonseca, participou na manhã desta segunda-feira (27/6) de audiência pública do projeto que altera a Operação Urbana “Água Espraiada” (PL 25/11). Em pauta, a construção de um túnel de 2,3 quilômetros ligando o piscinão do Jabaquara até à Avenida Ricardo Jafet e de um parque linear de 600 mil m².

O secretário municipal de Infraestrutura Urbana, Elton Santa Fe, afirmou ao sítio da Câmara Municipal que as mudanças na Operação Água Espraiada, projeto aprovado em 2001, são uma evolução do projeto inicial. "Administrações anteriores acabaram concluindo que o projeto como estava não era viável", declarou.

Elisabete França, da Secretaria de Habitação, também ao portal da Câmara, disse que a região, com o novo projeto, ganhará tanto em mobilidade quanto em drenagem do solo e outros benefícios trazidos pelo parque.

As intervenções previstas no PL 25/2011 levariam a 1,3 mil desapropriações ante 900 do projeto inicial. Serão mais de oito mil casas demolidas, se somadas as moradias precárias. Segundo a Prefeitura, todos os desapropriados serão indenizados com valores justos (avalizado pela Procuradoria do Município) e receberão novas moradias na própria região, porém vereadores e representantes dos munícipes do local reclamam da falta de dados sobre os investimentos (indenizações) e a localização das novas residências.

“Um projeto como esse carrega conflitos, e não são poucos”, afirmou Claudio Fonseca, que votou favorável ao projeto em primeira votação. O parlamentar lembrou que em 2001, na gestão da prefeita Marta Suplicy, os vereadores aprovaram o projeto que criou a Operação Urbana Água Espraiada e que “aquele projeto já previa impacto social, ambiental, viário e de desapropriação”.


Ouça aqui o áudio da manifestação de Claudio Fonseca


O líder do PPS também ressaltou a importância da construção do parque linear no projeto atual da Prefeitura. “Eu sou favorável a construção de parques em toda a cidade, é uma questão ambiental e necessária para todos”.

Fonseca lembrou aos moradores presentes à audiência pública que os vereadores discutiram com o Poder Executivo uma maneira de reduzir o impacto das 400 novas desapropriações. “Não é só oferecer indenização, mas também dar a possibilidade para que as famílias adquiram seus novos imóveis na própria área que será valorizada”.

Outra preocupação dos moradores que serão desapropriados é a questão das indenizações feitas em precatórios. Claudio Fonseca esclareceu que “não haverá precatórios já que os pagamentos serão feitos pela SP Obras, que irá considerar o valor de mercado, e não o valor venal”.

Outra reclamação dos moradores da região é a falta de informação do impacto financeiro das desapropriações. O líder do PPS solicita a Secretaria de Infraestrutura Urbana que, se possível, faça uma projeção de quanto a cidade vai gastar com as indenizações aos moradores. “Isso vai gerar conforto e confiança na negociação e afasta a suspeita da legitimidade do processo”.

Ao final, esclareceu que votou no projeto 25/11 em primeira votação por suas convicções, jamais subordinado por ninguém. “Votei de forma transparente. E agora estou dialogando como Executivo para abrigar as mudanças que sejam suportáveis do ponto de vista do projeto, considerando que ele é necessário para a cidade”.

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