terça-feira, 21 de junho de 2011

Padeiros ganham homenagem da Câmara Municipal de São Paulo


Renan Geishofer – Liderança do PPS
Fotos - Ronaldo Gama


O papo leve e a amizade vistas nos balcões e caixas das padarias paulistanas estiveram presentes no Plenário da Câmara Municipal de São Paulo na noite desta segunda-feira (20/11). Por iniciativa do vereador Professor Claudio Fonseca, líder do PPS na Casa, foi realizada Sessão Solene em comemoração ao Dia do Padeiro e aos 80 anos de fundação do Sindicato dos Padeiros de São Paulo.

Em discurso, Claudio Fonseca destacou o crescimento da população da cidade de 1930, ano da fundação do Sindicato, para 2011. “Na época, tínhamos um milhão de habitantes e agora, em 2011, 11 milhões e 200 mil pessoas morando na cidade. Quantos profissionais da panificação não alimentaram esses moradores?”, questionou o vereador ao público presente.

Antes de receber uma homenagem das mãos do presidente do Sindicato dos Padeiros, Chiquinho Pereira, o vereador finalizou sua fala destacando a presença da família de Chiquinho na vida dele. “Vindo de uma família com pais que multiplicaram filhos (13 no total), o Chico veio a São Paulo para multiplicar os pães”, finalizou o vereador.

O multiplicador de pães

O presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo, Francisco Pereira de Souza Filho, o Chiquinho Pereira, lembrou toda a trajetória de atuação intensa e destacada dos panificadores em São Paulo nos últimos 80 anos.

“Hoje, nesta Casa, queremos mostrar a amizade que os trabalhadores da panificação têm com o conjunto da sociedade, pois também temos a responsabilidade de transformá-la em uma sociedade melhor. E isso ocorre desde 1930, mesmo parecendo anônimos, já que esses profissionais trabalhavam por muito tempo nas madrugadas. E com essas atividades, muitos trabalhadores se beneficiaram e se beneficiam do trabalho das padarias todas as manhãs”, disse Chiquinho.


De acordo Pereira, muitas pessoas doaram esforços e, em alguns casos, a própria vida para lutar por melhorias no setor e, também, na sociedade. “É uma satisfação fazer homenagens a todas as diretorias do Sindicato, pois sabemos que a organização dos padeiros era muito difícil, pois a maioria dos trabalhadores não tinha registro e, embora não estejamos navegando em mares calmos, temos uma situação melhor”, relembrou o também é Secretário Nacional de Organização em Política Sindical da União Geral dos Trabalhadores (UGT).

Sobre o futuro do Sindicato, Chiquinho espera que as próximas gerações deem continuidade ao trabalho sindical “de cabeça erguida por tudo o que o Sindicato já fez pela categoria e pela sociedade”.

“Um exemplo de dedicação por 80 anos”

Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), destacou os relevantes trabalhos que o Sindicato e Chiquinho Pereira realizaram nos últimos 80 anos. “O Chiquinho e os diretores do Sindicato trazem um exemplo de dedicação”.

Patah disse que a atividade da panificação tem a origem bíblica, pois o pão já estava presente na história da humanidade na Santa Ceia. Por fim, ele relembrou algumas conquistas recentes da categoria: o aumento real de salário o ganho de assistência médica. “Ele (Chiquinho) vai nos ajudar a construir um país melhor”, concluiu o presidente da UGT.


Novos paradigmas

O secretário de estado do trabalho, Davi Zaia, analisou a mudança que a atividade da panificação presenciou desde a fundação do Sindicato. “Nesses 80 anos, muita coisa mudou. O Brasil era rural e hoje é urbano. E a atividade da panificação é muito mais urbana do que rural”, disse.

Zaia também destacou que, como consequência da militância dos profissionais da panificação, se viram “novos paradigmas nas lutas dos trabalhadores”. “A categoria conscientizada, com ação organizada, deu uma grande contribuição na batalha contra a Ditadura Militar, na luta pela anistia dos presos políticos e pelas eleições diretas”, concluiu o secretário.

Também compuseram a Mesa Solene o vereador Claudio Prado (PDT); Claudio Blanc, autor do livro Tempos de Luta e Glória A História do Sindicato dos Padeiros de São Paulo (1930 a 2010) e a Dra. Aparecida Maria Luiza Mota, delegada de polícia e professora da Academia de Polícia Civil de São Paulo. O vereador Juscelino Gadelha (sem partido) também passou pelo Plenário durante a solenidade.


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