Sítio da Câmara
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Acessibilidade recebeu nesta terça-feira (13/9) representantes de cinco faculdades de arquitetura e urbanismo da cidade de São Paulo, que falaram tanto sobre a formação dos futuros arquitetos quanto das possíveis contribuições que os acadêmicos podem dar aos vereadores no embasamento técnico da legislação relacionada à acessibilidade. O vereador Dr. Milton Ferreira (PPS), integrante da CPI, participou da reunião.
Questionado sobre a ausência de uma disciplina específica de acessibilidade nos cursos de arquitetura, Fabio Mariz Gonçalves, da Universidade de São Paulo (USP), afirmou que é contra a criação de uma cadeira sobre o tema, e que sua opinião é consenso entre os acadêmicos.
"Da mesma forma que não existe uma disciplina para tratar de evacuação de incêndio ou sobre janelas, porque são itens fundamentais, todos os profissionais concordam que seria um absurdo criar disciplina específica para acessibilidade", disse. Mariz Gonçalves explicou que os docentes de todas as disciplinas se preocupam em orientar seus alunos para que criem sempre projetos acessíveis e sustentáveis.
Paula Katakura, das Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAM), acredita que "todas as escolas estão abordando a acessibilidade". Ela também é contrária à existência de uma disciplina específica. Já Maria Prolin, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, afirmou que leciona uma matéria optativa que trata, entre outros temas, da acessibilidade de maneira aprofundada, porém concorda que o mais importante é ter o assunto como parte de todas as disciplinas de projeto.
O vereador Gilberto Natalini (PV), presidente da CPI, afirmou estar satisfeito com a forma com que os cursos de arquitetura estão preparando os profissionais. "Me parece que o trabalho tem sido feito", disse o parlamentar, referindo-se tanto ao ensino técnico quanto à orientação sobre legislação. Em todos os cursos, docentes afirmaram que há especialistas em leis.
Os representantes das cinco faculdades de arquitetura presentes na reunião da CPI concordaram em contribuir com a Câmara Municipal no sentido de buscar mudanças na legislação que tornem a cidade São Paulo mais acessível. "As leis dão conta de algumas questões, mas ficam devendo em outras. Não adianta, por exemplo, construir rampas em edifícios onde a própria topografia do bairro já condena a mobilidade", disse Mariz Gonçalves, que destacou as calçadas como entrave à mobilidade urbana.
Para ele, São Paulo enfrenta um problema "muito maior do que a adaptação dos prédios" e está muito atrasada. "Até em países mais pobres, como o Paraguai, você vê as calçadas tratadas. É uma questão de cidadania", argumentou o arquiteto.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Acessibilidade recebeu nesta terça-feira (13/9) representantes de cinco faculdades de arquitetura e urbanismo da cidade de São Paulo, que falaram tanto sobre a formação dos futuros arquitetos quanto das possíveis contribuições que os acadêmicos podem dar aos vereadores no embasamento técnico da legislação relacionada à acessibilidade. O vereador Dr. Milton Ferreira (PPS), integrante da CPI, participou da reunião.
Questionado sobre a ausência de uma disciplina específica de acessibilidade nos cursos de arquitetura, Fabio Mariz Gonçalves, da Universidade de São Paulo (USP), afirmou que é contra a criação de uma cadeira sobre o tema, e que sua opinião é consenso entre os acadêmicos.
"Da mesma forma que não existe uma disciplina para tratar de evacuação de incêndio ou sobre janelas, porque são itens fundamentais, todos os profissionais concordam que seria um absurdo criar disciplina específica para acessibilidade", disse. Mariz Gonçalves explicou que os docentes de todas as disciplinas se preocupam em orientar seus alunos para que criem sempre projetos acessíveis e sustentáveis.
Paula Katakura, das Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAM), acredita que "todas as escolas estão abordando a acessibilidade". Ela também é contrária à existência de uma disciplina específica. Já Maria Prolin, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, afirmou que leciona uma matéria optativa que trata, entre outros temas, da acessibilidade de maneira aprofundada, porém concorda que o mais importante é ter o assunto como parte de todas as disciplinas de projeto.
O vereador Gilberto Natalini (PV), presidente da CPI, afirmou estar satisfeito com a forma com que os cursos de arquitetura estão preparando os profissionais. "Me parece que o trabalho tem sido feito", disse o parlamentar, referindo-se tanto ao ensino técnico quanto à orientação sobre legislação. Em todos os cursos, docentes afirmaram que há especialistas em leis.
Os representantes das cinco faculdades de arquitetura presentes na reunião da CPI concordaram em contribuir com a Câmara Municipal no sentido de buscar mudanças na legislação que tornem a cidade São Paulo mais acessível. "As leis dão conta de algumas questões, mas ficam devendo em outras. Não adianta, por exemplo, construir rampas em edifícios onde a própria topografia do bairro já condena a mobilidade", disse Mariz Gonçalves, que destacou as calçadas como entrave à mobilidade urbana.
Para ele, São Paulo enfrenta um problema "muito maior do que a adaptação dos prédios" e está muito atrasada. "Até em países mais pobres, como o Paraguai, você vê as calçadas tratadas. É uma questão de cidadania", argumentou o arquiteto.
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