Vereador Professor Claudio Fonseca
Patrimônio histórico imaterial e identidade cultural do nosso povo, o samba nasceu das batidas dos terreiros dos valentes negros escravos. Do recôncavo baiano às ruas cariocas, ele se aperfeiçoou, ganhou corpo. Apesar do cerco policial – sambistas eram considerados “malandros” até os anos 30 – ganhou sua primeira gravação em 1917: “Pelo Telefone”, samba de Donga e Mauro de Almeida, que marca o início da canção carnavalesca.
No ritmo da batida de compositores do quilate de Noel Rosa, Wilson Batista, Pixinguinha, João da Baiana, Cartola, entre outros, surge o advento da “escola de samba”. Em 12 de agosto de 1928, a “Deixa Falar” ganhava as ruas cariocas e a Praça Onze, reduto do samba e da boemia, e reunia os bambas cariocas.
Já em São Paulo, os batuques de Pirapora do Bom Jesus foram importantes para a caracterização do samba paulista. Com o êxodo rural, boa parte dos negros libertos veio para cá e, expulsos do centro sofisticado, foram para a periferia (Barra Funda, Bexiga) e lá desenvolveram suas raízes.
Nos anos 20, a cidade já contava com eventos carnavalescos feitos somentes para os ricos e brancos. Diferente do Rio, o bumbo marcava os desfiles dos cordões paulistanos. Da marginalidade, surge o “Cordão Barra Funda”, o primeiro movimento cultural organizado pelos negros e primeiro cordão da cidade, embrião da Camisa Verde e Branco. Nem tão distante dali, na Bela Vista, nascia o cordão Vae-Vae (ortografia da época) – dissidência do Cai Cai.
Somente em 1934 temos notícia do envolvimento do Poder Público Municipal no Carnaval ao promover o primeiro desfile carnavalesco dos cordões existentes à época. Em 1937, São Paulo ganha a sua primeira escola de samba: “Lavapés”, fundada por Madrinha Eunice.
Desde então, o Carnaval de São Paulo tomou corpo, ganhou força e realeza. Data dos anos 50 as primeiras escolas de samba inspiradas nas agremiações cariocas. Os desfiles eram dominados pelas tradicionais Lavapés, Unidos do Peruche e Nenê de Vila Matilde. O Vai-Vai e a Camisa Verde e Branco viraram escolas nos anos 70.
O primeiro desfile das escolas de samba paulistanas realizou-se no Ibirapuera, em 1955. Somente em 1967, através do prefeito carioca Faria Lima, e da Lei 7.100/67, é que o carnaval foi regularizado pela Prefeitura. A lei, junto com a criação da Secretaria de Turismo e Fomento, ajudou a criar em 1970 a Anhembi Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo S/A, (hoje SPTuris).
Já o primeiro desfile oficial das escolas de São Paulo aconteceu em 1968, na Avenida São João. A Nenê de Vila Matilde, com o enredo "Vendaval Maravilhoso”, tornou-se a primeira campeã. Com o apoio da Prefeitura, e o surgimento da UESP – União das Escolas de Samba Paulistanas, o carnaval ganha força. Em 1977, o palco é Avenida Tiradentes, um espaço com arquibancadas que comportavam 30 mil pessoas.
Após alguns anos, surge a Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo – LigaSP, que passaria a cuidar das escolas do Grupo Especial e do Grupo de Acesso. Já a UESP, das escolas dos grupos inferiores. Em 1990, a prefeita Luiza Erundina sanciona a Lei 10.831/90, que “oficializa o Carnaval da Cidade de São Paulo” e responsabiliza a Prefeitura a organizar a festa carnavalesca por meio da Anhembi S/A. A lei também reconhece e institucionaliza as escolas de samba. Em 1991, o Pólo Cultural Grande Otelo, atual Sambódromo, passa a ser o palco dos desfiles. Agora, em 2012, a cidade deve ganhar a “Fábrica dos Sonhos”, que reunirá os barracões de todas as agremiações.
Porém, a maioria das sedes das escolas, e seus barracões, continuam irregulares, uma vez que os terrenos pertencem à Prefeitura. O Decreto Municipal 49.156/08 permite o uso das áreas públicas pelas escolas, mas coloca inúmeras contrapartidas que as escolas encontram dificuldades em cumprir. Isso é ruim para a cidade e para o mundo do samba.
Portanto, chegou a hora de discutir o espaço do samba na cidade de São Paulo. É tarefa do nosso mandato estimular, em todas as frentes, que a Prefeitura reconheça esses espaços como centros de cultura, lazer e trabalho, facilitando a regularização dos terrenos usados pelas escolas de samba – sedes e barracões.
É também nossa intenção estimular na sociedade civil a criação do Fórum das Artes Carnavalescas da Cidade, objetivando acompanhar a evolução do samba paulistano na agenda das políticas públicas da Capital nos doze meses do ano e não somente durante o reinado de Momo.
Patrimônio histórico imaterial e identidade cultural do nosso povo, o samba nasceu das batidas dos terreiros dos valentes negros escravos. Do recôncavo baiano às ruas cariocas, ele se aperfeiçoou, ganhou corpo. Apesar do cerco policial – sambistas eram considerados “malandros” até os anos 30 – ganhou sua primeira gravação em 1917: “Pelo Telefone”, samba de Donga e Mauro de Almeida, que marca o início da canção carnavalesca.
No ritmo da batida de compositores do quilate de Noel Rosa, Wilson Batista, Pixinguinha, João da Baiana, Cartola, entre outros, surge o advento da “escola de samba”. Em 12 de agosto de 1928, a “Deixa Falar” ganhava as ruas cariocas e a Praça Onze, reduto do samba e da boemia, e reunia os bambas cariocas.
Já em São Paulo, os batuques de Pirapora do Bom Jesus foram importantes para a caracterização do samba paulista. Com o êxodo rural, boa parte dos negros libertos veio para cá e, expulsos do centro sofisticado, foram para a periferia (Barra Funda, Bexiga) e lá desenvolveram suas raízes.
Nos anos 20, a cidade já contava com eventos carnavalescos feitos somentes para os ricos e brancos. Diferente do Rio, o bumbo marcava os desfiles dos cordões paulistanos. Da marginalidade, surge o “Cordão Barra Funda”, o primeiro movimento cultural organizado pelos negros e primeiro cordão da cidade, embrião da Camisa Verde e Branco. Nem tão distante dali, na Bela Vista, nascia o cordão Vae-Vae (ortografia da época) – dissidência do Cai Cai.
Somente em 1934 temos notícia do envolvimento do Poder Público Municipal no Carnaval ao promover o primeiro desfile carnavalesco dos cordões existentes à época. Em 1937, São Paulo ganha a sua primeira escola de samba: “Lavapés”, fundada por Madrinha Eunice.
Desde então, o Carnaval de São Paulo tomou corpo, ganhou força e realeza. Data dos anos 50 as primeiras escolas de samba inspiradas nas agremiações cariocas. Os desfiles eram dominados pelas tradicionais Lavapés, Unidos do Peruche e Nenê de Vila Matilde. O Vai-Vai e a Camisa Verde e Branco viraram escolas nos anos 70.
O primeiro desfile das escolas de samba paulistanas realizou-se no Ibirapuera, em 1955. Somente em 1967, através do prefeito carioca Faria Lima, e da Lei 7.100/67, é que o carnaval foi regularizado pela Prefeitura. A lei, junto com a criação da Secretaria de Turismo e Fomento, ajudou a criar em 1970 a Anhembi Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo S/A, (hoje SPTuris).
Já o primeiro desfile oficial das escolas de São Paulo aconteceu em 1968, na Avenida São João. A Nenê de Vila Matilde, com o enredo "Vendaval Maravilhoso”, tornou-se a primeira campeã. Com o apoio da Prefeitura, e o surgimento da UESP – União das Escolas de Samba Paulistanas, o carnaval ganha força. Em 1977, o palco é Avenida Tiradentes, um espaço com arquibancadas que comportavam 30 mil pessoas.
Após alguns anos, surge a Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo – LigaSP, que passaria a cuidar das escolas do Grupo Especial e do Grupo de Acesso. Já a UESP, das escolas dos grupos inferiores. Em 1990, a prefeita Luiza Erundina sanciona a Lei 10.831/90, que “oficializa o Carnaval da Cidade de São Paulo” e responsabiliza a Prefeitura a organizar a festa carnavalesca por meio da Anhembi S/A. A lei também reconhece e institucionaliza as escolas de samba. Em 1991, o Pólo Cultural Grande Otelo, atual Sambódromo, passa a ser o palco dos desfiles. Agora, em 2012, a cidade deve ganhar a “Fábrica dos Sonhos”, que reunirá os barracões de todas as agremiações.
Porém, a maioria das sedes das escolas, e seus barracões, continuam irregulares, uma vez que os terrenos pertencem à Prefeitura. O Decreto Municipal 49.156/08 permite o uso das áreas públicas pelas escolas, mas coloca inúmeras contrapartidas que as escolas encontram dificuldades em cumprir. Isso é ruim para a cidade e para o mundo do samba.
Portanto, chegou a hora de discutir o espaço do samba na cidade de São Paulo. É tarefa do nosso mandato estimular, em todas as frentes, que a Prefeitura reconheça esses espaços como centros de cultura, lazer e trabalho, facilitando a regularização dos terrenos usados pelas escolas de samba – sedes e barracões.
É também nossa intenção estimular na sociedade civil a criação do Fórum das Artes Carnavalescas da Cidade, objetivando acompanhar a evolução do samba paulistano na agenda das políticas públicas da Capital nos doze meses do ano e não somente durante o reinado de Momo.
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