quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Ricardo Young critica “truculência” e “arrogância” do Governo Haddad



Em discurso realizado durante a sessão ordinária desta quarta-feira (30/10), o líder do PPS, vereador Ricardo Young, criticou com veemência o modus operandi do Governo Haddad em relação ao encaminhamento de seus projetos à Câmara. Segundo ele, o Governo encaminha seus interesses de forma truculenta, atribulada, confusa e arrogante. “E isso tem demonstrado que o Sr. Prefeito, simplesmente, não respeita o povo de São Paulo”. Leia a íntegra abaixo: 

“Sr. Presidente, nesse comunicado de liderança quero dizer que estou muito preocupado, estou bastante preocupado com a forma que o Governo, a Prefeitura, vem encaminhando as coisas. 

Hoje, por exemplo, nesta tarde, aqui na Câmara, onde os Srs. Vereadores estão comentando e avaliando as consequências de uma das decisões mais importantes que foram tomadas, houve uma tentativa de derrubar o Expediente - e várias pessoas da base do Governo, simplesmente, não estão presentes. É como se tivessem cumprido uma ordem e não o exercício da atividade que, legitimamente, têm na representação da população de São Paulo. 

Agora, isso que ocorre aqui é um reflexo do que tem ocorrido nesse governo: a forma truculenta, atribulada, confusa e arrogante do encaminhamento de todos os PLs a essa Casa. E isso tem demonstrado que o Sr. Prefeito, simplesmente, não respeita o povo de São Paulo. Não respeita o povo de São Paulo na figura de seus representantes. Não respeita o povo de São Paulo na sua melhor expressão nas manifestações de rua. Ele, simplesmente, chegou ao poder: experimentem a pílula amarga do Governo do PT.

O PT é ótimo em citar participação quando está almejando cargos e quando está disputando eleições. Ao chegar ao poder, é o exercício do mais rigoroso e desprezível autoritarismo. É um autoritarismo explícito que considera que quem está no poder não tem de prestar contas, não tem de agir de forma transparente. 

E, uma vez no poder, pensa: “Temos a máquina para nos garantir aqui, eternamente. Não precisamos do povo. Povo? Isso já era, pois já estamos no poder. Em cima da máquina, vamos orientar a coisa pública da forma que queremos”.

Conheço o Prefeito Haddad pessoalmente, de muito tempo. Acompanhei o trabalho de S.Exa. no Ministério. Estive com S.Exa. por várias vezes e estou surpreso. Jamais imaginei que uma pessoa da qualidade, da integridade do Prefeito Haddad, seria capaz de estar à frente de um governo tão desastrado, tão obscuro, cujos interesses são cada vez mais assustadores. 

De duas, uma: ou o Prefeito Haddad não é aquele super-homem que parecia ser nas campanhas e perdeu o controle da máquina; ou a máquina é, sim, muito mais poderosa do que S.Exa. e o está controlando. 

E se a máquina está controlando o Sr. Prefeito, eu fico muito preocupado com o que vai ocorrer. Não só porque nada aconteceu até agora - como disseram o nobre Vereador Natalini, a nobre Vereadora Patrícia Bezerra e outros que me precederam -, mas pelo que virá acontecer no ano que vem, ano eleitoral. 

Se, num ano pré-eleitoral, a Prefeitura age dessa forma, devemos ficar muito, muito preocupados. Agora, nem tudo é má notícia. A base do Governo está acordando. A base, que era de 42, ontem se mostrou muito mais frágil do que era no início. O PSD já saiu da base do Governo. Há fraturas em outros partidos. O próprio Vereador Ota acabou de dar o seu depoimento aqui, embora sendo da base do Governo, mostrando o quanto não poderia votar contra o desastre que essa medida do IPTU representou contra os comerciantes. 

Sr. Presidente, registro a minha posição, de um Vereador que quer o bem de São Paulo e o bem do Sr. Prefeito, mas existem formas de atuação política muito superiores às práticas que estão sendo utilizadas por esse Governo, práticas que nós já rejeitamos, já repelimos e não vamos aceitar para o futuro. Muito obrigado”.

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