terça-feira, 1 de setembro de 2009

Líder do PPS ressalta a importância do debate em torno do Plano Diretor

Liderança do PPS

A 67ª sessão ordinária da Câmara Municipal ocorreu na tarde desta terça feira (1º/9), no Plenário 1º de maio da Câmara Municipal de São Paulo.

O líder da bancada do PPS na Câmara, Professor Claudio Fonseca, em comunicado de liderança, destacou o trabalho dos vereadores Carlos Apolinário (DEM) e José Police Neto (PSDB) nas audiências públicas que abordam a revisão do Plano Diretor Estratégico (PDE). Fonseca afirmou que quem não foi a pelo menos uma audiência perdeu uma grande oportunidade de participar e tomar contato da importância do debate. “É uma escola para quem tem participado”, salientou.

Consciente de como um vereador tem que se portar, o parlamentar afirmou que “é impossível ser vereador e não tomar conhecimento sobre os problemas da cidade”. Completou seu comunicado lembrando a importância de se levar o debate para dentro da Câmara: “É importante dar continuidade na discussão, pois serão os vereadores os responsáveis por votar a decisão final do debate”.

Seguem, a seguir, os pareceres dos demais parlamentares:

Pequeno Expediente

Floriano Pesaro (PSDB) destacou em seu discurso o aprimoramento dos Telecentros durante a gestão de José Serra (PSDB) na prefeitura de São Paulo (2005/06). Para Pesaro, a Internet também é muito importante para o ofício dos parlamentares, que têm possibilitada a comunicação com os munícipes. “O homem público, eleito pelo povo, deve se comunicar com ele (o povo) e a Internet fornece essa possibilidade de comunicação”, relatou. O tucano ainda lembrou que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, está entrando na Web com um blog, que ficou fora do ar no primeiro dia de publicação.

Francisco Chagas (PT) lembrou a situação das obras da DERSA (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) na Avenida Jacu Pêssego. Chagas afirmou que a empresa rodoviária está fazendo “uma verdadeira lambança” com o meio ambiente da região, uma vez que retira árvores de locais que estão fora do traçado da obra definido originalmente.

Gabriel Chalita (PSDB) fez referência a uma reportagem publicada sobre a situação da qualidade do ensino acadêmico no Brasil. Para Chalita, a faculdade “não vai fazer um milagre” de melhorar o nível da educação no país, uma vez que este problema é decorrente da formação dos alunos no ensino básico e médio. “É preciso valorizar a educação básica”, frisou. Ainda defendeu os professores dizendo que eles não são os culpados por isso. Os culpados são os gestores responsáveis pela educação (secretários, por exemplo).

O vereador Antonio Goulart (PMDB) justificou sua ausência à mesa.

Jamil Murad (PCdoB) discursou em comemoração ao aniversário dos 30 anos da anistia, que libertou os presos políticos e iniciou o processo de democratização da política brasileira. “Após a anistia, o povo foi às ruas e lutou pelas Diretas”. Murad disse ainda que embora muitos tenham visto a Ditadura Militar como sendo uma “Ditabranda”, ela foi muito dura, pois os militares, entre outros atos, fecharam o Congresso por três vezes, censuram a imprensa e prenderam mais de 200 mil pessoas até o final do regime.

Jooji Hato (PMDB) lembrou o problema da violência na cidade de São Paulo. Ele fez referência ao assalto à casa do Secretário Estadual de Emprego por São Paulo, Guilherme Afif Domingos (DEM), dizendo que “todos querem morar em uma cidade segura”. Defendeu a política denominada de “Tolerância Zero” na cidade, com blitz em pontos estratégicos da cidade a fim de diminuir a incidência de delitos.

José Américo (PT) deu destaque para o debate “Mídia, Democracia e Sociedade Civil”, ocorrido na última segunda-feira (31/8) no Salão Nobre da Câmara. O debate foi idealizado pelo também vereador petista, Francisco Chagas. Américo deu ênfase às diferenças existentes na herança do jornalismo nacional, pois, segundo ele, “o ofício tupiniquim recebeu influências européias e estadunidenses”.

José Ferreira, o Zelão (PT), retomou um discurso já feito sobre o terminal de ônibus de São Mateus (zona leste da cidade). Para Zelão, as obras demoraram muito para serem concluídas e só foram entregues na atual gestão municipal. “O atual governo só termina as obras dos outros. Não começa nenhuma nova”, ironizou.

O vereador José Olímpio (PP) encaminhou sua participação à mesa por escrito, justificando a ausência.

A vereadora Juliana Cardoso (PT) fechou o Pequeno Expediente atentando para a situação da prestação de contas das secretarias da saúde do município. Para a petista, existe falta de investimento na área.

Grande Expediente

João Antonio (PT) destacou a redução da receita da cidade nos setores da saúde, educação, limpeza urbana, entre outros. Outro assunto discutido pelo petista foi o caso dos servidores municipais com nível superior que não recebem gratificação. Os servidores estavam presentes na galeria do Plenário 1º de Maio.

Jooji Hato (PMDB) continuou o seu discurso do Pequeno Expediente. O peemedebista disse ter o sonho de viver em uma cidade segura e próspera. Expôs que foi um grande erro do Executivo vetar seu PL que dispõe sobre acabar com as garupas das motos, evitando assim, segundo ele, “uma facilitação para assaltos sobre duas rodas”. Como médico, Hato atentou para o fato de que a população sofre muito com as síndromes do pânico e do medo, mesmo quem nunca foi assaltado. “Quem é assaltado pode ser morto”, finalizou.

José Américo (PT) também seguiu o discurso do Pequeno Expediente. Frisou que a mídia brasileira tem empresas familiares que noticiam os fatos segundo pontos de vista próprios, tornando as reportagens tendenciosas. Ainda defendeu que as emissoras brasileiras são apenas produtoras de vídeo, ao contrário das emissoras estadunidenses que têm participação imparcial nas coberturas jornalísticas. “A informação é um bem necessário para a sociedade moderna, desde que não tenha nenhum interesse por trás”, finalizou o petista.

Zelão (PT) afirmou ter protocolado documento relativo a políticas urbanas e ao meio ambiente.

Alfredinho (PT) fez referência à situação dos funcionários públicos que estão sem receber gratificação. Para ele, a maior parte do patrimônio público é fruto do trabalho do funcionalismo público e que ao investir nesse setor é justificado o gasto e o investimento nesses profissionais.

O petista ainda notificou que enquanto discursava mais de dois mil guardas civis estavam em frente à Prefeitura continuando a greve que vêm fazendo. “O prefeito e o secretário fizeram guerra de braço ao dizerem que enquanto a greve não acabar não vão negociar”, frisou o parlamentar. Porém Alfredinho sinalizou que pode haver esperança de que este situação se resolva logo, pois a o Governo havia sinalizado que mostraria uma proposta para a GCM (Guarda Civil Metropolitana) hoje (1/9). “Espero que essa greve acabe hoje”, finalizou.

Juliana Cardoso (PT) seguiu a mesma linha de raciocínio do colega Alfredinho. Ela destacou positivamente o programa “Pró Jovem”, do Governo Federal, que auxilia os jovens a finalizarem os estudos para a obtenção do primeiro emprego.

Wadih Mutran (PP) enfatizou que todos os vereadores querem ajudar a Guarda Civil, mesmo que a GCM não colabore com o trabalho dos parlamentares.

Juliana Cardoso (PT) replicou a fala de Mutran dizendo que o vereador não “deixa o povo se expressar”, avaliando como legítima a greve da Guarda Civil.

Mutran, por sua vez, respondeu à petista dizendo que não estava proibindo ninguém de falar nada e reiterou que como ele, os outros 54 vereadores querem ajudar a GCM. “Só tenho interesse de resolver o problema deles”, finalizou.

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