Populares, autoridades e representantes de diversas entidades ligadas ao movimento negro lotaram o Salão Nobre da Câmara Municipal na noite de sexta-feira (11/9) para reverenciar o professor Eduardo Joaquim de Oliveira, que na oportunidade foi agraciado com a Medalha Anchieta e Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo por iniciativa do líder do PPS na Câmara Municipal, Professor Claudio Fonesca.
Ao lado de amigos e familiares, Oliveira, uma das figuras mais importantes da luta contra a discriminação e o preconceito racial na cidade de São Paulo, agradeceu a homenagem “que recebo de um grande amigo e um grande irmão” (Claudio Fonseca). Para ele, passou da hora do negro ingressar na política, com força, lutando pelo poder. “Só assim vamos conquistar nossos objetivos e o respeito de toda a sociedade”.
Nascido em 1944 no bairro do Tucuruvi (zona norte), Oliveira, a convite do governador Franco Montoro, em 1983, presidiu o Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo, primeiro órgão público voltado para a defesa dos direitos da população negra.
“Na época estavam acontecendo muitos ataques de neonazistas a negros na cidade e um rapaz foi brutalmente agredido em um ônibus na Avenida Paulista. Ele me procurou no Conselho e fiquei muito sensibilizado com a situação. Marcamos uma audiência pública onde estavam presentes, além do Movimento Negro, a Comunidade Judaica, a Associação dos Nordestinos, a Secretaria de Segurança Pública e a Secretaria de Justiça. Então decidimos criar a delegacia e as coisas se acalmaram”, relembra Oliveira.
O homenageado também recordou passagens da sua intensa ligação com a música, principalmente com as escolas de samba de São Paulo. “Fui presidente da União das Escolas de Samba de São Paulo, de 1984 a 1989, com muito orgulho. Fizemos muito pelo nosso samba”. Hoje, lamenta que as escolas de samba tenham crescido e deixado de lado o verdadeiro artista do carnaval, o sambista. “Hoje o samba está em um momento de gigantismo. Tenho medo porque tudo que fica grande escapa da população mais carente. Precisamos investir no ser humano, naqueles que são verdadeiros artistas e não são reconhecidos”.
Para o líder do PPS, e autor da homenagem, Professor Claudio Fonseca, Oliveira é um exemplo na luta emancipacionista dos negros Brasil. “Ele é uma pessoa diferenciada, desde jovem assumiu a luta pela igualdade entre as pessoas buscando a justiça social. Ele ajudou a combater a discriminação e valorizar a cultura negra”, elogiou o vereador.
Fizeram parte da mesa: Marc Fortuna, presidente da Fundação Ulysses Guimarães; Affonso Della Monica Neto, representando o secretário dos Esportes, Walter Feldman; Adalberto Camargo Junior, presidente Câmara de Comércio Afro-Brasileira; Walter Pereira Carvalho; representando a Comunidade Negra de Santos; José Mendes, tataraneto de Zumbi dos Palmares; e o padre Valdinei Felix.
A Constituição denominada cidadã, depois de 20 anos, não assegura a Igualdade a todos os cidadãos.É missão da sociedade, de organismos sociais e estatais garantir direitos fundamentais em sua plenitude, como patrimônio de todos.
ResponderExcluirParabenizo o Vereador Claudio Fonseca pela merecida (porém tardia) homenagem a esse homem que é hoje considerado o Mandela Brasileiro.
ResponderExcluirA homenagem a Eduardo Joaquim de Oliveira é uma homenagem a todos os cidadãos da raça negra, mas também simbolicamente uma homenagem a todos os cidadãos dos grupos chamados "minorias". É também uma homenagem à classe dos professores e umahomenagem à classe artística, principalmente ligada ao samba... um dos orgulhos brasileiros.
Parabéns !
Orgulhoso pela merecida Homenagem,Parabenizo meu tio Eduardo Joaquim de Oliveira,de seus sobrinho.
ResponderExcluirCaio Alexandre Oittica!Amanda Souza Pereira Belem
de acordo com a igreja católica esse tal padre valdinei felix aí é um padre falso...http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2009/10/08/igreja-catolica-alerta-para-falsos-padres-que-rezam-missa-celebram-casamentos-em-sp-767959798.asp
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