quarta-feira, 20 de março de 2013

Cidadãos precisam entender que lixo é recurso, diz Ricardo Young


Sítio da Câmara

O vereador Ricardo Young (PPS) presidiu na segunda-feira (18/3) o Seminário “Resíduos Sólidos - da Referência Nacional à Realidade Local”, que tratou de temas como a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a questão da reciclagem na cidade de São Paulo e soluções para aumentar a coleta seletiva na cidade.

“Dentro da concepção de resíduos sólidos você tem um conceito de gestão sustentável. O Plano de Gestão de Resíduos Sólidos é uma nova forma de entender que lixo não é lixo, é recurso, pode gerar renda e negócios, além de tornar a cidade mais saudável”, afirmou o vereador Ricardo Young (PPS). Segundo ele, existe um movimento da sociedade que deseja a implantação rápida do Plano, mas alguns interesses políticos e empresariais emperram a implantação. “A reunião hoje traz esclarecimentos e compõe uma pressão que para que a gente acelere a implantação do Plano de Resíduos Sólidos”, afirmou.

Para Rogério Santos, presidente do grupo ambiental Poeiras, um dos caminhos para melhorar a coleta seletiva na cidade, seria a profissionalização dos catadores e das cooperativas de reciclagem. “É preciso que esses profissionais estudem comércio exterior, saibam vender e separar da forma correta”. Segundo ele, também é necessário que a população seja educada para a questão da reciclagem, de modo a facilitar a vida que quem faz a separação, além de avançar no respeito à dignidade desses trabalhadores. “Porque o catador tem de usar a carrocinha?”, questionou.

De acordo com Gina Rispah Besen, doutora em Saúde Ambiental pela Faculdade de Saúde Pública da USP e especialista em coleta seletiva, o poder público precisa criar mecanismos para incentivar os catadores a serem organizados e exigir mais responsabilidade social por parte dos intermediários. “Muitos catadores não querem ser cooperados. Não podemos proibir a catação, nem podemos obrigar o catador a se cooperar, mas podemos fechar o que é ilegal. Isso pode fazer com que o catador autônomo veja a cooperativa como alternativa”, afirmou.

O vereador Nabil Bonduki (PT) destacou a importância de fazer com que toda a população compreenda a importância da implantação da coleta seletiva e cobrem isso de seus candidatos. “É preciso convencer as pessoas que é necessário reduzir, mudar hábitos, incentivar a compostagem”, destacou. Segundo ele, é preciso tomar cuidado para que medidas relacionadas ao tema não sejam mal recebidas pela população como foi a taxa do lixo, implantada no governo da ex-prefeita Marta Suplicy.

De acordo com o presidente da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (AmLurb), Silvano Silvério da Costa, “de todos os resíduos recolhidos na cidade, apenas 2% são enviados à coleta seletiva”.

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