sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Troca de legenda causa debate ideológico na Câmara


Na sessão ordinária desta quinta-feira, o vereador Eliseu Gabriel (PSB) criticou o fato de o PSDB entrar na Justiça para rever o mandado do vereador Gabriel Chalita, que trocou a legenda tucana pelo PSB. Em seguida, Floriano Pesaro (PSDB) manifestou seu descontentamento com Chalita pela troca de legenda: “O cargo é do partido”. Logo depois, o próprio se defendeu: “sempre tive uma grande relação com o PSDB e com suas lideranças. Tive, de fato, uma dificuldade em expor minhas ideias neste partido, por isso saí”, disse.

O novo vereador do PSB, diante dos colegas, disse ainda que em sua gestão como secretário estadual da Educação no governo Geraldo Alckmin “os professores jamais fizeram greves”. Afirmou também que a sua gestão foi avaliada como positiva por cerca de 80% da população do Estado, segundo pesquisa Datafolha.

O líder do PPS, Professor Claudio Fonseca, pediu a palavra, em comunicado de liderança, e ressaltou que é preciso rever e modificar a lei eleitoral para “que fatos como esse, de troca de legenda, não causem transtornos e desentendimentos”.

Claudio Fonseca disse a Gabriel Chalita que existiram greves dos profissionais da educação em seu período como secretário – o líder do PPS mostrou matéria jornalística da época - e que o ex-tucano foi alvo de constantes ataques das bancadas do PT e do PCdoB na Assembléia Legislativa.

O líder do PT, vereador João Antonio, atacou politicamente Claudio Fonseca. O petista disse que o “líder do PPS não demonstra descontentamento com a atual gestão da Prefeitura, mesmo sendo presidente do sindicato dos professores”.

Claudio Fonseca lembrou que a maior greve dos profissionais da educação aconteceu na gestão do prefeito Kassab. “Foram 17 dias de paralisação”, explicou ele, que também preside o sindicato dos profissionais de educação do município.

O tucano Gilberto Natalini encerrou o embate ao defender o Professor Claudio Fonseca. “O Professor é um batalhador, luta pelas suas idéias e convicções. Tanto é que foi perseguido pela bancada governista na época da prefeita Marta Suplicy e, como conseqüência, perdeu a legenda para concorrer à reeleição em 2004”.

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