quarta-feira, 4 de março de 2009

Contas de Celso Pitta continuam sem aprovação

Logo após a realização das reuniões das diversas comissões temáticas da Câmara Municipal, teve início a sessão ordinária desta quarta-feira, quatro de março.

O primeiro a usar o uso da tribuna foi o vereador petista Antônio Donato, que criticou a dívida pública da cidade de São Paulo e mostrou perplexidade com a quantidade de precatórios que não foram pagos pelo Município. O parlamentar citou matéria veiculada em um grande jornal da cidade que mostra que a prefeitura não usará o valor de R$ 1 bilhão em investimentos no Metrô, previsto originalmente no Orçamento.

Em seguida, o tucano Floriano Pesaro abordou a questão das dificuldades enfrentadas pela população de rua. “Muitos vão para a bebida, viram alcoólatras, ou acabam contraindo problemas mentais”. O vereador defendeu o trabalho em conjunto entre a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Secretaria Estadual de Assistência Social e as secretarias estadual e municipal da Saúde.

Seu colega de PSDB, Gabriel Chalita, justificou seu projeto de lei contra o “bullying” (agressão que crianças sofrem nas escolas) e deu conhecimento ao plenário do número de estudantes que se suicidaram por essa razão.

Já o líder do PT, vereador João Antônio (PT), criticou o aumento dos gastos com publicidade pela administração municipal a partir, principalmente, da margem de remanejamento do Orçamento.

Jooji Hato, líder do PMDB na Casa, mostrou-se preocupado com o aumento da criminalidade na cidade. Ele novamente fez um apelo aos colegas vereadores para que os mesmos apóiem o veto ao seu projeto de lei que acaba com as famosas “garupas” das motocicletas.

José Police Neto, líder do Governo, criticou o pronunciamento do vereador Donato. Segundo ele, “os investimentos em Metrô se concretizaram numa maior participação do Município e no aprofundamento da parceria entre Governo do Estado e Prefeitura”.

Juscelino Gadelha (PSDB) abordou os desafios que terá pela frente como relator da recém-instalada CPI dos Danos Ambientais. O colega Marcelo Aguiar (PSC) também comentou sobre o que espera dos trabalhos da CPI da Pedofilia.

Logo em seguida, teve início o Grande Expediente. O primeiro orador a usar a palavra foi o vereador petista Francisco Chagas, que criticou o modelo capitalista da atualidade. Segundo ele, “a crise econômica mundial mostra que a filosofia do Consenso de Washington está ultrapassada”. O parlamentar elogiou as ações do Governo Federal para conter os efeitos da crise no Brasil.

Em seguida, Gilberto Natalini, do PSDB, também aproveitou a oportunidade para criticar o atual modelo econômico no mundo capitalista, que, segundo ele, “causam terríveis tragédias sociais”. “Enquanto uns ganham muito, outros não ganham nada. Até o Papa Bento XVI, que é um conservador, criticou esse modelo em vigência”. Natalini afirmou que o modelo econômico atual “vende a ilusão do lucro fácil”.

O petebista Paulo Frange pediu um aparte a Natalini para dizer que a crise econômica é um assunto importante, que deve mesmo ser discutido no âmbito da Câmara Municipal. O parlamentar lembrou que, mesmo com o advento da crise, “não houve redução de ISS na cidade. Uma notícia boa para nós paulistanos”.

Natalini retomou a palavra para anunciar que a bancada do PPS, em conjunto com o seu gabinete e do vereador Floriano Pesaro, fará no próximo dia 20 de março, na Câmara Municipal, um debate para discutir a crise econômica na cidade de São Paulo. “Estamos dando a nossa contribuição”. O tucano aproveitou para criticar o Governo Lula: “A economia vai bem porque o trabalho foi bem feito no governo Fernando Henrique Cardoso. O Governo Lula só manteve esse trabalho”, afirmou.

E o tucano permaneceu na tribuna, pois foi agraciado pelo tampo de seu colega de PSDB, vereador Glison Barreto. Na sua segunda fala, Natalini citou a audiência pública na Casa que discutiu as mudanças climáticas na cidade de São Paulo, que,com as fortes chuvas, causam diversos alagamentos. “Todo político deve ter o compromisso com esse assunto, ou seja, questionar o que estamos fazendo para conter a destruição do meio ambiente”, disse.

O líder do PV, vereador Penna, pediu um aparte para dizer que a camada mais pobre da população é a que mais sofre com os danos causados à natureza.

Floriano Pesaro, do PSDB, elogiou o início de trabalho do secretário Edsom Ortega Marques, responsável pela Secretaria Municipal da Segurança Urbana.

Comunicados de Liderança

Abou Anni, do PV, parabenizou o comandante Malta, da Guarda Civil Metropolitana, mas criticou o secretário Edsom Ortega.

Aurélio Miguel lembrou que alguns dos requerimentos feitos por ele na CPI do IPTU foram publicados, “coincidentemente”, no Diário Oficial do Município. Porém, disse que irá analisá-los com cuidado.

O líder do PT João Antônio disse que o vereador Natalini “cometeu incorreções” ao criticar o governo Lula. Ele aproveitou a oportunidade para comparar as duas administrações, citando diversos números.

Penna (PV) elogiou o discurso do vereador Natalini e aproveitou para dizer que “é preciso mudar esse modelo de desenvolvimento. Não podemos mais despejar carros nas ruas da cidade, temos que parar com essa cultura de fazer as pessoas a acumular bobagens”.

Logo em seguida, foi aprovada a realização de sessões solenes nas próximas quintas. No dia 5 de março, serão homenageadas as vítimas do Holocausto da II Guerra Mundial; No dia 12 de março haverá uma homenagem às mulheres em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Já no dia 19 será homenageada a CNBB e a Campanha da Fraternidade.

Contas Rejeitadas

Em seguida, o presidente da Casa, vereador Antônio Carlos Rodrigues (PR) deu início à 10ª sessão extraordinária da 15ª Legislatura.

O vereador Paulo Frange (PTB) comunicou que, por decisão dos membros da CPI dos Danos Ambientais, convidará os membros do Ministério Público e da Polícia Civil para acompanhar os trabalhos. “Vamos comunicar os delitos às autoridades em tempo real”. O parlamentar lembrou que convidará, também, servidores da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e deputados da Assembléia Legislativa, “que também estão realizando uma CPI sobre o tema”.


Em seguida, os vereadores aprovaram o arquivamento de seis projetos de lei de ex-vereadores. Confira aqui.

Logo na seqüência, os vereadores votaram nos pareceres favoráveis do Tribunal de Contas do Município sobre as contas da gestão do ex-prefeito Celso Pitta nos anos de 1997 e 1998. Para rejeitar os pareceres, são necessários os votos de 2/3 dos membros da Câmara.

Para o parecer favorável da contas do ano de 1997, 26 votaram contra, dois a favor e seis abstenções (1º foto).

Já para o parecer favorável das contas do ano de 1998, 24 votaram contrários, três votaram a favor e três se abstiveram (2º foto).

Os dois pareceres ficaram pendentes de votação, ou seja, serão votados numa próxima oportunidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário