quinta-feira, 16 de abril de 2009

Comissão de estudos analisará concessão do estádio do Pacaembu


Durante o prolongamento do Pequeno Expediente da 26ª sessão ordinária da Câmara Municipal na tarde desta quarta-feira (15), foi realizado um debate que acabou com a conseqüente aprovação de uma comissão de estudos para viabilizar, ou não, a concessão do estádio do Pacaembu.

O vereador Dalton Silvano (PSDB) discursou sobre o tema que, segundo ele, “está em pauta” no Governo, na Câmara e na imprensa. Ele afirmou que o estádio gasta mais do que arrecada, uma preocupação do secretário de Esportes, Valter Feldman. Respondendo ao vereador Arselino Tatto, que disse que “estão querendo entregar o Pacaembu ao Corinthians", Silvano lembrou que “a própria Lei Orgânica do Município garante que somente será feita a concessão através de licitação aprovada por esta Casa”.

O petista Arselino Tatto voltou à tribuna para dizer que o Corinthians possui terrenos públicos, como 1/3 do estacionamento do Parque São Jorge, e que o mesmo não dá a sua contra-partida à população. “Sou contra conceder o Pacaembu ao Corinthians”.

Antonio Goulart (PMDB) e Jamil Murad (PCdoB) defenderam a concessão do estádio ao Corinthians. Já Marco Aurélio Cunha (DEM) disse que o time do Parque São Jorge necessita de uma arena esportiva, atividade que o Pacaembu não pode oferecer.

Fazem parte da comissão de estudos para a concessão do estádio do Pacaembu: Dalton Silvano (PSDB), Arselino Tatto (PT), Juscelino Gadelha (PSDB), Goulart (PMDB), Toninho Paiva (PR), Juliana Cardoso (PT) e Marco Aurélio Cunha (DEM)*.

* a confirmar.

Pequeno Expediente

O tucano Dalton Silvano, vice-presidente da Câmara Municipal, foi o primeiro orador do Pequeno Expediente. O parlamentar parabenizou os vereadores pelo empenho em debater e discutir, diariamente, todos os projetos de vereadores.

“Votamos, até o momento, 103 projetos. Todos eles, de autoria dos vereadores e do Executivo, estão sendo debatidos exaustivamente em diversas sessões extraordinárias”, afirmou.

Donato, do PT, falou sobre a visita do secretário de Transportes, Alexandre Moraes, à Câmara Municipal na última segunda-feira (13). Segundo o petista, o secretário Moraes confirmou “o corte de subsídios às empresas que prestam serviço à cidade”.

Segundo ele, a Prefeitura cortou 90% dos valores pagos às empresas pela substituição dos ônibus antigos por novos e as empresas já avisaram que poucos ônibus da cidade serão trocados. “Isso contradiz o plano de metas da Prefeitura, que afirma que renovará 25% da frota. É um discurso incoerente”.

Eliseu Gabriel, do PSB, falou da terceirização dos serviços públicos. “A questão da terceirização da merenda é um processo sério. Sou contra”, afirmou. Alertou que, por calote, existem inúmeros processos de prestadores de serviços públicos contra o Pode Público. Ele citou ainda projeto de sua autoria que prevê a criação de empresa pública de transporte coletivo para operar 7% do sistema.

O tucano Floriano Pesaro criticou a falta de “engenharia de tráfego” na CET. “Quando eu critico uma empresa pública, eu critico com o interesse de um cidadão, o interesse dos 32 mil eleitores que votaram em mim”.

Para ele, que sofreu com o trânsito na volta do feriado de Páscoa à cidade, faltam mais engenheiros de tráfego dentro da Companhia. “A CET precisa dialogar com o cidadão para tomar medidas inteligentes sobre o trânsito”, finalizou.

O petista Francisco Chagas protestou contra o Projeto de Lei do Executivo que prevê a concessão de serviço público à Sabesp. “Serão 30 anos de concessão, renováveis por mais 30. Isso é um cheque em branco para a Sabesp”, disse. Segundo ele, a Sabesp “não tem transparência, não presta contas com o cidadão”.

Gabriel Chalita, do PSDB, falou da situação dos moradores de rua e do trabalho da Comissão de Direitos Humanos para ajudar a resolver esse grave problema social.“Os vereadores da Comissão foram ver de perto a situação dessas pessoas. A cidade de São Paulo, com essa pujança econômica, não pode ter dificuldade para cuidar de 15, 16 mil moradores de ruas”.

Para ele, o preconceito atrapalha e toda a sociedade deve ajudar na questão: “As pessoas já olham o morador de rua com desdém, como se fizesse parte da paisagem da cidade. É papel de toda a sociedade, não apenas da Prefeitura, solucionar a vida dos moradores de rua”.

Habitação foi o tema escolhido pelo tucano Gilson Barreto. “O projeto habitacional do Governo Federal é excelente. Espero que as normas estabelecidas pelo sistema financeiro não atrapalhe esse projeto”.

Segundo o parlamentar, a Caixa Econômica Federal está exigindo do cidadão, para dar entrada na documentação da casa, carteira assinada, comprovante de renda, nome limpo, entre outros: “Precisa mudar. Se manter esse modelo de exigências, nós não vamos atender a enorme demanda”.

Goulart, do PMDB, afirmou que a política voltada para o morador de rua na cidade de São Paulo “é errada. E não só agora, está errada há um bom tempo”. O parlamentar reclamou da existência de um albergue, na zona sul, que não atende as necessidades dos moradores de rua. “Temos que dar ocupação a essas pessoas ao longo do dia”, afirmou.

Em seguida, disse que alguns dirigentes da CET fizeram o plano de governo da candidata derrotada à prefeitura, Marta Suplicy. “Então, já que perderam as eleições, porque deveriam trabalhar?”, criticou.

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